Um Olhar Crônico Esportivo

Um espaço para textos e comentários sobre esportes.

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sábado, outubro 20, 2007

G5, C 13 e negociações isoladas


Fabio Koff é ex-presidente do Grêmio e dirige o C13 há 12 anos. Quer ficar mais 3 anos e depois, aproveitando o novo estatuto, outros 3 anos. Nesse caso, dirigiria o Clube dos Treze por nada menos que 18 anos. A essa altura dos acontecimentos, é inevitável que se pense em seus desejos como sendo apenas a expressão de um projeto de vida, nada tendo a ver com o sucesso e bem-estar dos clubes associados.

Affonso Della Monica é presidente do Palmeiras. Teoricamente, deveria estar alinhado com os interesses de Flamengo e São Paulo, mas dificilmente vai ficar ao lado do Tricolor, por força de velhas rixas que ganharam força internamente nos últimos anos.

Eurico Miranda é o Vasco. Seu estilo administrativo torna difícil qualquer análise baseada na lógica, exceto uma: ele,e por extensão o clube, estará sempre do lado oposto ao que estiver o Flamengo.

Andrés Sanches é o novo presidente corintiano. Para ser gentil, o mínimo que se pode dizer é que está perdido no emaranhado que se tornou o clube do Parque São Jorge. Ainda não descobriu o tamanho da dívida, mas sabe que é gigantesca e em sua maior parte vencendo a curto prazo. Pior: em sua maior parte é dívida que não poderá entrar na negociação da Timemania. Comenta-se que o clube já teria recebido adiantamentos da Globo sobre o ano de 2008, hipótese na qual esse blog não acredita, mas que dá uma boa imagem do tamanho do imbróglio que Sanches recebeu (e ajudou a criar, não se pode esquecer). Mais ainda que Vasco e Palmeiras, o Corinthians deveria estar na linha de frente contra a gestão Koff e, principalmente, contra o atual modelo de distribuição dos direitos de TV. O alinhamento com o C 13 e a declaração de Fernando Carvalho que o Corinthians continuaria negociando seus direitos juntamente com os demais clubes são sintomáticos e indicativos do momento de fragilidade que vive o clube.

Fernando Carvalho, nome de prestígio entre os dirigentes mais recentes, deve ter calculado que é mais interessante ao seu Internacional manter-se ao lado e à frente da maioria, apostando na sobrevivência do C 13, do que arriscar-se a um vôo oposicionista ao lado de forças que ele não conseguirá controlar (Flamengo e São Paulo).

Fluminense e Grêmio, assim como o Palmeiras, abdicaram de exercer papeis de protagonistas e permanecem a bordo do mesmo navio, onde sentem-se confortáveis.

O mesmo ocorre com o Santos, talvez o mais confortável dos quinze passageiros do navio C 13.

Rivalidades clubísticas, projetos pessoais e clubes enfraquecidos parecem ser determinantes no funcionamento e fixação de objetivos do C 13. A reclamação do presidente do Flamengo contra a atuação inexistente dessa entidade continuará sendo verdadeira. Mesmo que Fernando Carvalho seja candidato a presidente e vença, ou continue como vice de Fábio Koff, mas com papel mais determinante no dia-a-dia do Clube, a ausência ou oposição dos clubes do G5 vai tirar boa parte do peso da nova administração.

Mar de rosas no G5?

Longe disso. Mares de rosas são verdadeiros nas imediações do porto seguro em que começam. Logo depois as rosas diminuem e os espinhos aparecem. Num certo ponto, as rosas inexistem e os espinhos são a única realidade.

O primeiro imbróglio possível, mas não provável, é o rebaixamento para a série B que ameaça, ainda, o Atlético. Um pouco, talvez, o Botafogo, mas isso muito mais por um momento que pode e deve ser passageiro. Isso quebraria parte da pouca uniformidade que apresentam esses clubes.

O segundo imbróglio aparecerá quando (e se) forem negociados os direitos de TV para 2009. Os apetites de Flamengo e São Paulo serão muito maiores, como já se pode ver hoje, e um choque com os apetites dos demais passa a ser previsível, mesmo porque a realidade dos clubes é muito dinâmica e sujeita a alterações de peso em função de resultados dentro dos gramados. Isso e mais as fortes lutas políticas que marcam alguns dos membros do G5, acaba levando a constantes trocas de posições políticas.

Creio que, a curto ou no máximo a médio prazo, o G5 estará às voltas com insolúveis problemas de convivência. O resultado direto disso tudo, inevitavelmente, será a negociação direta dos clubes com a TV. Hoje, com a presença solidificada da Globo, os clubes precisam de união para uma boa negociação. Amanhã, com a possível presença da Record e a concorrência com a Globo, a negociação isolada deixará de ser perigosa e passará a ser muito atraente.

Se você enfrenta um adversário muito grande e muito forte, você precisa, para equiparar-se a ele, juntar-se aos seus iguais, ganhando força.

Se você enfrenta adversários que disputam o mesmo objetivo, você pode agir isoladamente, aproveitando-se da disputa entre os adversários.

Hoje, para negociar só com a Globo, a união é fundamental, seja de treze, vinte ou de cinco.

Amanhã, alguém atuando isoladamente poderá dar-se bem.

Acho que é esse o futuro.


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G5 à vista


A última pergunta do Um Olhar Crônico Esportivo para Fernando Carvalho, vice-presidente do C13, e Marcelo Portugal Gouvêa, diretor de planejamento do São Paulo, foi respondida da mesma maneira: os cinco clubes que deixaram a assembléia do último dia 16 não sairiam do C13. Como disse o ex-presidente tricolor, “Saímos da assembléia, não do Clube”.

Essa posição continua valendo, porém de uma forma relativa, de acordo com declaração feita ontem, no Rio de Janeiro, por Márcio Braga, presidente do Flamengo e um dos participantes da saída em bloco da assembléia.

“A partir de agora, quem negociará o futuro contrato com a Globo ou com qualquer outra emissora seremos nós. O Clube dos 13 não nos representa mais. Ele já acabou há muito tempo”, disse o presidente rubro-negro. Já há pelo menos três anos que alguns clubes vêm brigando dentro do C13 por maior participação na verba da televisão. O último grande embate teve o Santos como protagonista, que conseguiu ampliar sua cota de 15 para 18 milhões de reais, contra a vontade de Flamengo, Corinthians e São Paulo. Esses são os clubes com maiores torcidas, principalmente os dois primeiros, e donos das maiores audiências – nesse ponto a maior presença técnica do São Paulo em campo compensa o menor tamanho de sua torcida. No início desse ano, alguns indícios apontavam para a possibilidade de alguns clubes negociarem seus direitos de TV isoladamente, seguindo o exemplo dos grandes espanhóis, e esse blog chegou a indicar essa decisão como provável, o que acabou não se concretizando. Atualmente, quem ventila essa idéia, mesmo sem maior embasamento, é o novo presidente corintiano, Andrés Sanches. A tendência, porém, é que os clubes continuem negociando os direitos de transmissão de forma coletiva, com o Corinthians dentro do C13, como antecipou Fernando Carvalho, e como deu a entender Márcio Braga, em relação ao G5 – Atlético Mineiro, Botafogo, Cruzeiro, Flamengo e São Paulo.

Esse pano de fundo tem o tempero, ainda, da gestão inócua de Fábio Koff, há 12 anos à frente do C13, com uma atuação pífia ou inexistente, ausente dos debates dos grandes temas que movimentaram o futebol brasileiro nos últimos anos, como o caso das arbitragens manipuladas, em 2005. Como o regime administrativo do Clube é presidencialista, Koff atua sem problemas, uma vez que conta com boa base de apoio entre os demais participantes, e dá munição para Márcio Braga e Juvenal Juvêncio reclamarem da falta de democracia na gestão do Clube dos Treze.

Embora não tenha sido citada por Márcio Braga, a participação na verba negociada de clubes que não disputam a Série A há anos, como Bahia, Vitória e Guarani, também deve estar pesando no desejo desses clubes negociarem seus próprios direitos de transmissão. Outro ponto em discussão: o pay-per-view (PPV). Essa modalidade vem ganhando espaço ano a ano, e apresentou um grande índice de crescimento em 2007, com excelentes perspectivas para 2008. Na verdade, chega a espantar que as verbas dessa mídia não sejam direcionadas para os clubes conforme o percentual de seus torcedores que assinam os pacotes ou compram os jogos isoladamente, tarefa facilitada pelo fato da maioria dos contratos serem firmados com pessoas físicas.

Essa provável criação do G5 e suas implicações, somada à chegada da Timemania e sua alteração em 2010, premiando os clubes com maior participação de torcedores nas apostas, e os novos contratos de patrocínio, o crescimento do licensing, com o maior combate à pirataria, mostram que as mudanças no futebol brasileiro são irreversíveis, e que o velho modelo de gestão e participação que durou muitas décadas tem seus dias contados. Infelizmente, ou felizmente, não haverá espaço para entidades mal administradas, com desvios de recursos, amparadas por medidas paternalistas, garantindo sobrevivências artificiais, como doentes em coma em unidades de terapia intensiva. Por mais triste que possa ser, a sobrevivência cobra um preço, que nesses tempos globalizados é ainda mais alto, seja para empresas, seja pessoas comuns, seja para clubes de futebol. Não há exceções.

Em tempo: o G5 nascerá já com suas próprias contradições e não terá vida muito longa. Inevitavelmente, pelas características de nosso futebol, os grandes clubes negociarão seus direitos isoladamente.

É apenas questão de tempo.


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sexta-feira, outubro 19, 2007

O Dinheiro da TV – algumas correções



Dias atrás, após ouvir o Clube dos Treze, publiquei um texto com a distribuição do valor pago pela televisão pelos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. Houve, entretanto, um erro na origem dos dados, e agora, após nova e esclarecedora conversa com o pessoal da entidade, tenho a informação correta. Os números, inclusive, e que me sirva de lição, agora fecham inteiramente e duas novas informações, importantes para a compreensão da mecânica de distribuição dos recursos, são acrescentadas: a participação de associados que não estão na Série A e o pagamento das despesas de viagem e estadia.

Nesse ano de 2007, a TV está pagando ao C 13 o valor de trezentos milhões de reais pelos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. É importante esclarecer, para entender a participação de alguns clubes, que o C 13 funciona, nesse caso, mais como uma empresa e menos como um agente apenas encarregado de negociar um contrato. Vamos, então, à divisão, lembrando que são valores brutos, nesse caso, e sobre eles incidem 5% de INSS, outros 5% de direito de arena e 1,75% para taxa de administração:

Grupo I

Flamengo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Vasco da Gama

Cada um recebe 21 milhões de reais por ano

Grupo II

Santos

Recebe 18 milhões de reais por ano

Grupo III

Grêmio, Internacional, Botafogo, Fluminense, Cruzeiro, Atlético Mineiro

Cada um recebe 15 milhões de reais por ano

Grupo IV

Atlético Paranaense, Goiás, Sport,

Cada um recebe 11 milhões de reais por ano

Não-Associados ao C 13

Esses clubes têm negociação à parte e contrato assinado em paralelo com o Clube dos Treze e com a Rede Globo, detentora dos direitos de transmissão

Paraná, Figueirense, Juventude

Cada um recebe 4.749.787,92

Náutico, América

Cada um recebe 3.392.705,40

Associados ao C 13 fora da Série A

O clube associado que cai da Série A, recebe 50% do valor de seu grupo no primeiro ano, 30% no segundo ano, 25% no terceiro e, daí em diante, 20%.

Bahia

Recebe 20% sobre o Grupo III – 3.000.000

Portuguesa, Vitória, Coritiba

Cada um recebe 25% sobre o Grupo IV – 2.750.000

Guarani

Cada um recebe 20% sobre o Grupo IV – 2.200.000

Viagens e Estadia

Essa é outra informação nova, por sinal desconhecida pela maioria dos torcedores: o Clube dos Treze banca as despesas de viagem e estadia dos vinte clubes que disputam a Série A, tanto associados como não-associados.

Em 2007, o valor estimado para esse benefício é de doze milhões de reais.

Premiação de final de ano

No final dessa temporada, o Clube dos Treze distribuirá 7,5 milhões de reais em prêmios ao campeão e aos melhores do campeonato.

O valor total desses pagamentos e despesas dá 300 milhões de reais, que é o orçamento de 2007.

O Causlos, leitor desse blog em Porto Alegre, questionou os valores pagos a dois clubes, e sua dúvida somou-se a outras que andei lendo em diversos sites. Ao conversar com o C 13 para saber de alguma eventual repercussão interna sobre os episódios da última terça-feira (não, não houve repercussão, tudo continua como dantes no quartel de abrantes, mas há, sim, uma divisão latente dentro do Clube; fica a dúvida, para o futuro, de como essa situação irá evoluir), aproveitei e chequei esses dados financeiros.

Confesso que fiquei surpreso com o fato dos clubes fora da Série A continuarem recebendo pagamentos por parte do Clube dos Treze. Confesso que essa surpresa foi uma falha minha, pois eu sabia, por leituras apressadas há dois ou três anos, que os clubes rebaixados recebiam pagamentos, sim, mas em valores reduzidos. Ontem recebi uma explicação mais detalhada sobre o Clube e toda essa mecânica. O associado que for rebaixado, receberá no primeiro ano 50% do valor da cota a que teria direito se estivesse na Série A. Esse percentual cai para 30% no segundo ano, 25% no terceiro e do quarto ano em diante estabiliza em 20%.

Sem entrar no mérito da questão, esse fato só aumenta o tamanho da incompetência dos dirigentes de clubes como, principalmente, o Bahia e o Guarani, que mesmo dispondo desses recursos bastante razoáveis, permanecem na terceira divisão do futebol brasileiro. Na verdade, para a realidade da terceira divisão, esses valores são bem mais do que simplesmente razoáveis.

Peço desculpas a todos por essa falha, que é toda minha, pois deveria ter checado melhor a informação e ter feito uma lição de casa básica: multiplicar e somar os valores e conferir os números. Teria constatado uma diferença grande, que precisaria ser explicada, o que teria conduzido a uma nova conversa com o C 13 e o esclarecimento mais imediato.


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quinta-feira, outubro 18, 2007

Timemania mudará em 2010


Vamos relembrar algumas regras da Timemania, antes de falar sobre essa mudança e a importância do marketing de cada time para garantir sua renda ou mudar de grupo, para cima ou para baixo.

A divisão do bolo total apostado será feita da seguinte forma:

- 46% para os prêmios;

- 22% para os clubes participantes;

- 20% para custeio e manutenção do serviço;

- 3% para o Ministério do Esporte;

- 3% para o Fundo Penitenciário Nacional – FUNPEN;

- 3% para o Fundo Nacional de Saúde;

- 2% para finalidades diversas previstas em leis;

- 1% para a securidade social.

O total de 22% destinado aos clubes será dividido em duas partes: 2% para a categoria “Time do Coração” e 20% para distribuição direta entre os 80 clubes participantes, divididos em 4 grandes grupos.

Grupo I – os 20 times que estão na Série A do Campeonato Brasileiro.

Grupo II – os 20 times que estão na Série B do Campeonato Brasileiro.

Grupos III e IV – clubes participantes da série C e outros, selecionados a partir de critérios técnicos e mercadológicos.

Essa parcela de 20% do bolo total terá a seguinte divisão:

- 65% para os clubes do Grupo I;

- 25% para os clubes do Grupo II;

- 10% para os clubes dos Grupos III e IV.

“Time do Coração” – ao fazer seu prognóstico, o apostador poderá identificar o seu “time do coração”. O valor total desses dois por cento, será dividido entre todos os participantes dos Grupos I, II e III, de acordo com o percentual de preferência como “time do coraçao”, premiando, assim, os times que tiverem mais torcedores apostando. Alguns times receberão, portanto, valores bem razoáveis, enquanto outros receberão quantias irrisórias. A cada um conforme o peso de sua torcida entre os apostadores.

Essa é a distribuição básica dos recursos.

Agora, porém, surgiu um fato novo na Timemania, desconhecido ou pouco entendido pela maioria dos participantes: “A partir de 2010, a quantidade de vezes que uma equipe aparecer nas apostas definirá em que grupo de remuneração ele aparecerá", disse Paulo Toncovitch, responsável pelo setor de loterias da CEF, em recente seminário na Fundação Getúlio Vargas de São Paulo. Portanto, aparecer mais vezes nas apostas terá outro impacto além de aumentar a fatia no bolo de 2%: determinará se o time do coração do torcedor ficará no grupo em que se encontra ou se mudará de grupo, para cima ou para baixo.

Essa medida, quase com certeza, será muito benéfica para times de grandes torcidas como Bahia, Vitória, Remo, Paysandu e alguns outros, que estão na segunda e até na terceira divisão. Por outro lado, já se configura ameaçadora para muitas equipes que hoje estão na primeira divisão, mas têm torcidas pequenas. Para esses times, principalmente, haverá a necessidade de trabalhar muito bem sua imagem, buscando ampliar sua presença entre os vinte times mais apostados.

João Gonçalves Filho, vice-presidente financeiro do Figueirense, queixou-se dessa regra, até então desconhecida, pois imaginava, como todos os demais, que os grupos da CEF seriam sempre formados pelos participantes das séries A e B do Campeonato Brasileiro. Diante da mudança, ele disse que agora será preciso estudar maneiras de aumentar a força e presença do Figueirense em todo o estado de Santa Catarina, deixando de ficar restrito apenas à região da capital, Florianópolis.

Somente ter torcida grande não será suficiente, se o time se arrastar em campo e os recursos forem administrados como vêm sendo há muito tempo, na maioria dos clubes. Haverá necessidade de trabalho inteligente, sério e planejado, tanto a curto como a médio e longo prazo, mantendo a torcida junto ao time, de fato. Podemos chamar a isso de fidelização do cliente.

Tratar o torcedor como cliente?

Que loucura...

Será?


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quarta-feira, outubro 17, 2007

C 13 - Repercussões


O imbróglio do C 13 repercutiu apenas mais ou menos, tanto na internet como na imprensa escrita. Nos programas de televisão, salvo alguma escapada, nada foi falado. Curioso, isso. Um erro de arbitragem gera toneladas de páginas, milhares de horas de rádio e televisão, telas e telas de internet tomadas por comentários, ofensas, ameaças, enfim, todas as reações possíveis a tão grave crime.

Entretanto, a possível definição do que acontecerá com o próprio clube nos próximos anos passa em brancas nuvens, ou quase isso, com parte das pessoas apegando-se a detalhes e perdendo de vista o panorama geral de hoje e, principalmente, dos próximos anos.

Coisas do futebol brasileiro.


Um ponto importante não abordado ontem por esse blog, foi a proposta, também recusada pelos 15 clubes que votaram na Assembléia, de estabelecer o mandato do presidente em dois anos, com direito a uma só reeleição. Esse, por sinal, é o modelo adotado há muitos anos no São Paulo. Prevaleceu a proposta da atual direção do C 13, de mandato de três anos e uma reeleição.


Se Fábio Koff for candidato novamente, e isso é possível, sua vitória poderá representar, com uma possível reeleição, nada menos que 18 anos à frente do Clube dos Treze. Esse é um dos pontos fortes para justificar as propostas dos cinco clubes que estão batendo de frente com a administração Koff.



Negociações isoladas?

Carvalho e Gouvêa descartaram a possibilidade de alguns clubes negociarem seus direitos de transmissão isoladamente, inclusive no caso do Corinthians, como disse o ex-presidente do Internacional e vice-presidente do C 13.

Realmente, essa não parece ser uma grande possibilidade, ainda mais nesse momento. É bom lembrar que só em 2006 os poderosos Real Madrid e Barcelona passaram a negociar diretamente seus direitos de transmissão de TV, mesmo assim depois que o caminho foi aberto de forma pioneira pelo Sevilla.

Todavia, tão logo isso aconteceu, o faturamento com TV dos dois clubes deu um grande salto e ambos fecharam acordos de grande vulto. Válidos por vários anos, e que começaram com 130 milhões de euros para o Barcelona e 140 milhões de euros para o Real Madrid, a partir dessa temporada em curso.

Como comparação, em 2006 o Barcelona recebeu 56 milhões de euros por seus direitos de TV da Liga Espanhola e Copa do Rei. É bom ressaltar que a participação na UEFA Champions League está fora desses valores, que cobrem somente o campeonato Espanhol e a Copa do Rei.

Com certeza, muitos dirigentes brasileiros sonham com algo parecido para seus clubes, mas, aparentemente, esse não é o momento.

As uvas estão verdes, digamos.


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terça-feira, outubro 16, 2007

Clube dos Treze – Racha à vista?

C 13 – Racha à vista?

Durante a reunião do Clube dos Treze hoje, em São Paulo, Márcio Braga, presidente do Flamengo, disse que, diante da posição tomada por quinze dos vinte membros do C13, nada mais havia a discutir e deixou a reunião, acompanhado pelos presidentes e representantes do São Paulo, Botafogo, Cruzeiro e Clube Atlético Mineiro.

Essa atitude gerou novos comentários sobre uma possível divisão e até mesmo um racha no C 13.

Um lado: Fernando Carvalho não acredita em racha

Ouvido pelo Um Olhar Crônico Esportivo, o ex-presidente do Internacional e vice-presidente do Clube dos Treze, Fernando Carvalho, disse não acreditar em racha e minimizou a saída intempestiva dos representantes dos cinco clubes.

- Isso já aconteceu antes umas quatro ou cinco vezes. Não acredito que vá resultar em nada de divisão.

Na reunião de hoje, de acordo com ele, discutiu-se, basicamente, uma mudança estatutária, pela qual todos os clubes passam a ter o mesmo peso nas votações do C 13.

Hoje, dezesseis clubes votam com peso 3 e outros quatro com peso 2.

Fernando Carvalho disse que tudo se resumiu a “aumentar quatro pontos no total de pesos, um para cada clube que tinha peso 2, somente isso”, permitindo, a partir de suas palavras, a interpretação que é um assunto muito pequeno para tanta polêmica, e deixando o caminho livre para que se pense, então, no porque de tanta agitação.

Entretanto, além desse ponto, outra razão para a divisão parece estar na proposta apresentada por Flamengo e São Paulo para que seja criada uma comissão formada por 8 clubes que ficaria incumbida de negociar os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, podendo, inclusive, contratar uma empresa para fazer isso, principalmente visando os mercados de outros países e, possivelmente, no entender desse editor, também as novas mídias que vêm ganhando força dia a dia.

Perguntado se essa possível divisão não seria prejudicial à entidade e aos interesses do futebol, indo contra o que o ex-presidente do São Paulo, Marcelo Portugal Gouvêa disse no programa Arena Sportv (a disputa entre os clubes deve ficar dentro do campo, fora dele os clubes devem unir-se e lutar por seus interesses de forma conjunta), o vice-presidente do C 13 disse que o São Paulo falava isso, mas agia contra, ao se comportar fora da ética nas negociações de jogadores.

“O São Paulo não pode pregar a união porque ele desagrega, ao aliciar jogadores de forma anti-ética”, nas palavras de Fernando Carvalho, que ressalvou, em seguida, não ter tido nenhum problema com o clube paulista, mas que essa era a opinião de outros clubes.

Sobre os direitos de TV, disse que as reclamações feitas pelo Flamengo carecem de base, pois o atual acordo foi negociado por uma comissão presidida pelo Flamengo e apresentada aos demais, sem discussão. Sobre o futuro, Fernando Carvalho elogiou a Globo, segundo ele uma grande parceira, mas disse ser importante ouvir o que a Record tem a propor. E que esses direitos serão negociados por todos, inclusive pelo Corinthians, apesar de seu novo presidente, Andrés Sanches, ter declarado que pensa em negociar isoladamente os direitos de transmissão dos jogos do Corinthians.

Outro lado: Portugal Gouvêa diz que direção do C 13 foi anti-ética

Ouvido pelo Um Olhar Crônico Esportivo, o ex-presidente e atual diretor de planejamento do São Paulo, Marcelo Portugal Gouvêa, disse que o São Paulo sempre defendeu a união dos clubes, visando obter o máximo de benefícios para todos. Abordou rapidamente a acusação de que o São Paulo agiria fora da ética em negociações com jogadores, dizendo que o clube jamais agiu fora da lei, pelo contrário, sempre cumpriu-a rigorosamente.

Marcelo Gouvêa disse que a direção do C 13 hoje comportou-se de forma anti-ética. De acordo com suas palavras, as reuniões do Clube são marcadas para as 11:00 em primeira convocação e 11:30 em segunda convocação, o que já se tornou praxe nas reuniões e assembléias. Isso é necessário em função dos deslocamentos de muitos dirigentes, que vêm de outros estados por via aérea, o que, normalmente, como se sabe, é sinônimo de problemas. Ele disse que os representantes do São Paulo, Flamengo, Botafogo, Atlético Mineiro e Cruzeiro, entraram na sede do Clube dos Treze às 11:30, a tempo, portanto, para a segunda convocação. Para surpresa de todos, entretanto, a pauta do dia já havia sido votada, uma vez que havia quorum para isso, sem que se aguardasse a chegada dos representantes desses cinco sócios e mais os presidentes do Corinthians e da Portuguesa. Essa postura, em sua opinião, configurou-se claramente como anti-ética, uma vez que foi rompida a prática já estabelecida, e justamente com a ausência de sócios que tinham posições contrárias à matéria em votação.

Também já havia, disse ele, uma posição fechada contra a criação do Conselho Administrativo, decisão que teria sido tomada graças à distribuição de cargos entre os votantes. Diante disso, continuou o ex-presidente tricolor, não havia mais o que discutir e o grupo retirou-se da assembléia, fato que veio a gerar muita especulação no mundo do futebol.

Para Portugal Gouvêa, o Conselho Administrativo, que seria formado por representantes de oito clubes, é uma necessidade para o Clube dos Treze e teria como missão atuar de forma mais ágil na tomada de decisões que seriam, em seguida, implementadas pela direção da entidade, que passaria a ser, de fato, uma direção executiva. Segundo nota publicada na Folha de S.Paulo de hoje, o Conselho poderia, também, contratar empresas especializadas para, por exemplo, negociar a venda dos direitos de TV para o exterior, tarefa para a qual a direção atual não estaria preparada, pois exige pessoal com experiência e conhecimento na área.

Outro ponto importante que seria atendido pelo Conselho Administrativo, na visão dos clubes que querem sua criação: ampliar a participação dos clubes nas decisões, hoje prejudicada pelo regime presidencialista da entidade.

Sobre a questão da igualdade de direitos nas votações, Marcelo disse ser preocupante, uma vez que pode levar à situação hipotética em que um grupo de clubes se una e, com onze participantes apenas, consiga sobrepujar os votos dos maiores clubes do Brasil em número de torcedores. O ex-presidente do São Paulo não falou, mas essa é uma situação com a qual convivem os grandes clubes brasileiros em suas federações, e que se multiplica por outros esportes e também nas confederações.

Perguntado sobre uma possível divisão do Clube dos Treze, Marcelo Portugal Gouvêa foi claro e direto:

- Os clubes saíram da Assembléia, não do Clube dos Treze.

Foi além, e tal como Fernando Carvalho, no único ponto em que ambos coincidiram suas declarações, disse que ninguém irá negociar isoladamente os direitos de transmissão para a televisão. Quanto ao futuro, declarou, esses clubes que hoje foram oposição, continuarão defendendo seus direitos e lutando para democratizar mais o Clube dos Treze, com maior participação dos clubes em seus destinos.

Fica claro pelas palavras dos dois dirigentes, que há divisões de pensamento dentro do Clube dos Treze, mas não há, aparentemente, nenhuma iniciativa no sentido de um racha e a criação de outra entidade representativa ou na linha de alguns clubes negociarem de forma isolada seus direitos, comentário, por sinal, que há meses circula pelo mundo da bola.

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Post scriptum I


NOTA OFICIAL

É PRECISO REPENSAR O CLUBE DOS TREZE !

SPFC - 16/10/2007

OS CLUBES SIGNATÁRIOS APRESENTARAM UMA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO ESTATUTÁRIA PARA CRIAR UM CANAL DE PARTICIPAÇÃO PERMANENTE DOS ASSOCIADOS, GARANTIR A OBSERVÂNCIA DE PRINCÍPIOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA NA GESTÃO DA ENTIDADE E RESPEITAR VALORES DEMOCRÁTICOS. ESTA PROPOSTA NÃO FOI TRATADA COM O DEVIDO RESPEITO !

EM RAZÃO DISSO, OS CLUBES SIGNATÁRIOS, EXERCENDO O DIREITO QUE LHES CONFERE O ESTATUTO DO CLUBE DOS TREZE, NOS ARTIGOS 7º, PARÁGRAFO 1º, E 45, DECIDIRAM SE AUSENTAR DA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA CONVOCADA PARA ESTE DIA 16 DE OUTUBRO DE 2007, ÀS 14 HORAS.

A PARTIR DE AGORA, ESTES CLUBES SE ENCONTRAM EM SESSÃO PERMANENTE E, JUNTOS, TOMARÃO AS MEDIDAS NECESSÁRIAS A DEFESA DE SEUS INTERESSES, SEMPRE ABERTOS AO DIÁLOGO E AOS DEMAIS CLUBES.

SÃO PAULO, 16 DE OUTUBRO DE 2007.


BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS
CLUBE ATLÉTICO MINEIRO
CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGO
CRUZEIRO ESPORTE CLUBE
SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE



Post scriptum II



Muitas pessoas já esqueceram ou desconhecem os vinte clubes que são sócios do Clube dos Treze. Vamos lá:

Os treze fundadores:

Atlético Mineiro Bahia Botafogo Corinthians Cruzeiro Flamengo Fluminense Grêmio Internacional Palmeiras Santos São Paulo Vasco da Gama

Convidados:

Atlético Paranaense Coritiba Goiás Guarani Portuguesa Sport Vitória

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domingo, outubro 14, 2007

CALENDÁRIO 2008


Parabéns à CBF. Estamos na primeira quinzena de outubro e já temos o calendário do futebol brasileiro para o ano de 2008.

Esse, porém, é o único elogio que esse calendário merece. Apesar das recomendações de preparadores físicos, médicos e fisiologistas, além da experiência internacional, uma vez mais nossos atletas que jogam futebol não terão uma pré-temporada antes de iniciar as disputas por títulos regionais e pelo título da Libertadores. As férias terminam dia 6 de janeiro e já no dia 16 começam os campeonatos estaduais. No dia 30 começa a fase Pré-Classificatória da Copa Santander Libertadores, e no dia 13 de fevereiro começa a Copa do Brasil.

CAMPEONATOS

DATAS

Estaduais

16 de janeiro a 4 de maio

Copa do Brasil

13 de fevereiro a 11 de junho

Libertadores

30 de janeiro a 2 de julho

Brasileiro - Série A

11 de maio a 7 de dezembro

Brasileiro - Série B

11 de maio a 30 de novembro

Brasileiro - Série C

6 de julho a 23 de novembro

Sul-Americana

13 de agosto a 3 de dezembro

Mundial de Clubes

14 a 21 de dezembro

JOGOS DA SELEÇÃO

6 de fevereiro

Amistoso (data Fifa)

26 de março

Amistoso (data Fifa)

15 de junho

Paraguai x Brasil (eliminatórias)

18 de junho

Brasil x Argentina (eliminatórias)

20 de agosto

Amistoso (data Fifa)

7 de setembro

Chile x Brasil (eliminatórias)

10 de setembro

Brasil x Bolívia (eliminatórias)

12 de outubro

Venezuela x Brasil (eliminatórias)

15 de outubro

Brasil x Colômbia (eliminatórias)

19 de novembro

Amistoso (data Fifa)

Pré-temporada?

Não, tecnicamente não. Dez dias é pouco tempo a mais que o necessário para as avaliações médicas e físicas dos jogadores. O ideal seria um período de 40 a 45 dias, pelo menos, suficiente para permitir aos jogadores adquirir uma boa performance física, trabalhando lentamente, de forma a diminuir os riscos de contusões pelos esforços excessivos que toda competição acarreta. Naturalmente, dentro desse período, na sua metade final, não há mal algum em começar a jogar, desde que amistosos, sem o peso e intensidade que têm uma competição oficial. Real Madrid, Barcelona e outros grandes europeus fazem isso, alguns até com exagero, como o Madrid em 2005 e o Barça em 2006, mas amistoso é uma coisa, competição oficial é outra, bem diferente.

Realmente, chamar dez dias de pré-temporada não é errado, é ridículo.


Campeonatos Estaduais

Começarão já no dia 16 de janeiro. Pelas características e história do futebol brasileiro, a maioria dos torcedores ainda valoriza essas competições, resultando em cobranças aos jogadores por vitórias e títulos. Com isso, o organismo começa a ser exigido em alta intensidade muito prematuramente.

Essas competições ocupam três meses e meio do calendário, o que significa exatamente um terço do tempo dedicado ao futebol no ano. Um terço da temporada a troco de... Em termos efetivos, quase nada. Um título de expressão regional que se encerra em si próprio. Mesmo com os novos valores pelos direitos de TV, principalmente em São Paulo, são competições de baixo retorno financeiro.

Os times e federações do Nordeste reclamam da falta de tempo para organizarem as copas regionais, que fizeram muito sucesso em toda a região. Esse latifúndio de tempo poderia ser usado pelos grandes clubes para melhor preparação, além de jogarem amistosos por todo o país. Há nada menos que dezoito capitais do país sem times na 1ª Divisão, além de grande número de cidades de porte, capazes e interessadas em receber os grandes times brasileiros que seus moradores não vêem há muitos anos em muitas delas.

Os estaduais engessam seus participantes aos seus próprios quintais, transformam nossos grandes clubes em paroquiais, simplesmente.


Copa do Brasil

Como sempre, sem a presença dos cinco, às vezes seis, clubes que estão disputando a Copa Libertadores. Isso a transforma numa aberração, mesmo porque seu único prêmio é dar ao vencedor uma vaga na Libertadores seguinte, uma vaga que os melhores times do ano ficam proibidos de disputar.

Ora, essa regulamentação faz da Copa do Brasil uma competição de menor importância, e faz com que seu prêmio seja injusto. Da forma como está hoje, há mais mérito em passar essa vaga da Libertadores para o quinto colocado do Campeonato Brasileiro.

Outro problema dessa competição é a época em que é jogada, o que faz com que seu vencedor encare o segundo semestre com menor motivação, a menos que esteja de fato na disputa do título brasileiro. Caso contrário, o campeão entra em campo para cumprir tabela, ora mais, ora menos.


“Datas FIFA”

Nada menos que dez, sendo quatro para amistosos, cuja única finalidade é arrecadar euros e dólares para o caixa da Confederação.

Na Europa, os campeonatos são interrompidos nessas datas. No Brasil, sequer se pensa nessa possibilidade, primeiro porque a seleção habitualmente só convoca jogadores que estão atuando no exterior, e segundo porque a CBF não se incomoda com a situação dos clubes brasileiros e se terão de jogar sem alguns de seus atletas, eventualmente convocados.


Campeonato Brasileiro

Fica com respeitáveis sete meses, ou dois terços da temporada. Com um gravíssimo problema, porém: justamente em sua metade, os clubes têm de conviver com a janela européia de verão para contratações. Dessa forma, o torcedor conhece o time que começa a competição, mas nunca tem a menor idéia do time que irá terminá-la.

A única forma de eliminar esse problema é adequando o calendário brasileiro ao europeu, o que traria muitos outros benefícios aos clubes, desde, é claro, que os torneios estaduais acabassem ou fossem drasticamente reduzidos.


Copas Continentais

Libertadores e Sul Americana: o correto seria que ocorressem simultaneamente, da mesma forma que as copas européias. Essa vontade existe, mas esbarra em obstáculos, como os times argentinos que fazem questão de disputar as duas (outros países também têm esse desejo em seus clubes, mas não têm o mesmo peso dos argentinos), e também, mas aqui é suposição, em problemas com os patrocinadores da Sul Americana que talvez não queiram competir na audiência com os jogos da Libertadores.

Haveria outro problema caso a Toyota ainda patrocinasse a Libertadores. Como a Nissan patrocina a Sul Americana, essa ficaria com uma imagem de “2ª divisão” perante a grande concorrente. Todavia, com a entrada do Santander como patrocinador da Libertadores, esse obstáculo deixa de existir. Se é que chegou a existir, pois nunca li nada a respeito e fiz essa dedução pensando como profissional de marketing.



Bem ou mal, temos um calendário e ele já está publicado e será seguido à risca, como vem ocorrendo nos últimos anos. Um ponto muito positivo, sem dúvida, e que consolidou-se com a introdução da disputa por pontos corridos, principalmente a partir do momento em que consolidou-se com a presença de vinte participantes.

Já é alguma coisa, ou muita coisa, se compararmos com a bagunça de anos anteriores.

Mas há muito, ainda, a evoluir.


Oportunamente, analisarei o calendário para as séries B e C – nessa última, infelizmente, com sinais de abandono e tragédia para muitos clubes.


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