Um Olhar Crônico Esportivo

Um espaço para textos e comentários sobre esportes.

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sábado, outubro 06, 2007

Democracia à moda da casa


Meus comentários sobre o projeto de lei que poderá permitir a transmissão de qualquer evento pelas emissoras de televisão chamadas de “públicas” e pelas chamadas de “educativas”, receberam uma crítica forte e despropositada no Jogo Aberto.

Emerson, sua aversão ao PT tá te levando à paranóia.

Eu, sou paulista, são-paulino e mestre em Comunicação pela UFRJ, no Rio. Estou preparando um projeto de doutorado que é na área de Políticas de Comunicação. Por isso tenho lido muito a respeito já tem quase um ano.

Algumas constatações são claras. O Brasil é um dos países mais liberais (na minha opinião, no aspecto negativo do termo) e com menos regulação sobre a radiodifusão no mundo.

Não acho que devemos discutir esse assunto aqui, porque é complexo e obviamente não ia levar a nada fértil.

Mas só pra vc ficar tranquilo, o governo do PT está totalmente comprometido com as grandes redes de tb do Brasil. Isso ficou mais que claro nas discussões sobre a implantação da tv digital no país, quando o governo ignorou completamente os debates travados na esfera acadêmica.

Se quiser mais detalhes, busca na net o site do coletivo Intervozes, fomada por intelectuais da área de comunicação do Brasil. http://www.intervozes.org.br/

Rocha | 04/10/07 19:59:37

Bom, eu não tenho aversão ao PT, tenho, sim, aversão à camarilha que o dirige, e que durante anos – desculpem o próximo verbo – cagou regras sobre moral, ética, honestidade e outras coisas igualmente nobres, para, no poder, descambar para o que conhecemos: corrupção extremada, mensalão, Waldomiro Diniz (lembram dele?), ministro mandando a lei pro lixo e abrindo sigilo bancário de um cidadão humilde, etc, etc, etc, tudo isso alinhavado por um presidente que só sabe falar duas frases:

“Nunca antes nesse país...”

“Eu não sei de nada”

Sim, tenho aversão, mas é a isso.

Quanto a ser paranóico, a própria realidade desse partido e as palavras de seu presidente desmentem o acadêmico Rocha, mestre em comunicações.

“Questionado sobre a proposta, Berzoini preferiu manter o tom cauteloso, mas confirmou que o partido pretende se lançar em uma campanha para mobilizar o Congresso e a sociedade em torno do tema. “Entendemos que é uma necessidade do Brasil discutir a democratização da legislação de concessões dos meios de comunicação”, disse Berzoini.”

Fonte: O Estado de S.Paulo de hoje, página 17 - "PT vai propor contratos públicos para TVs"

Portanto, longe de ser paranóico, estou apenas discutindo a "democratização (sic) da legislação de concessões dos meios de comunicação", como foi proposto pelo Berzoini.

Esse tema a que se refere a pergunta feita ao presidente do partido no poder, é justamente a política de concessão para emissoras de televisão. Como de hábito, manifestações contra emissoras, contra o “monopólio” de informações e sei lá que mais, estão sendo preparadas. A campanha está começando.

O governo lulla da Silva criou a TV Pública. Mais um cabide de empregos, mais um canal, entre muitos, para comunicar o que interessa ao governo. Nada a ver com televisão pública de fato, como é a BBC. Longe, muito longe disso.

O projeto do deputado que eu citei não é o único, é um dentre vários, reunidos numa só proposta. Essa idéia disparatada e, ela sim, monopolista no fundo, é perigosa de fato.

Portanto, meu caro acadêmico e mestre Rocha, eu não sou nem um pouco paranóico. Pelo contrário.

Mas tenho aversão, de fato, a essa camarilha que está no poder, no Brasil e nesse partido que um dia foi dos trabalhadores, hoje é dos trambiqueiros.


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quinta-feira, outubro 04, 2007

Direitos de TV ameaçados

Uma ameaça

Antes de comentar qualquer coisa, uma notícia muito preocupante.

Há um projeto em tramitação na Câmara dos Deputados, apresentado pelo deputado Edson Duarte (PV – BA), ao qual foram apensados alguns outros, segundo o deputado Gilmar Machado, estabelecendo que todo e qualquer evento esportivo ou cultural ou de entretenimento realizado no Brasil, ceda gratuitamente o sinal de transmissão para as emissoras de televisão públicas e educativas, como a nova TV Pública, as inúmeras emissoras educativas, a da Câmara, a do Senado... O projeto estabelece, inclusive, que os estádios deverão ter local próprio para essas emissoras. No caso de evento fora do Brasil, a emissora que fizer a transmissão deverá ceder o sinal para as emissoras públicas, sempre gratuitamente. É uma ameaça catastrófica, para dizer o mínimo. Se aprovada tal proposta, ela seria um golpe mortal nas finanças de todos os clubes, que dependem em alto grau da verba da televisão.

Esse projeto, cuja relatoria está também em mãos do deputado Gilmar Machado, foi discutido no programa Arena Sportv, de 2 de outubro, que foi a fonte que gerou esse post. Entretanto, parte das informações e todas as conclusões que vêm a seguir, são de minha responsabilidade.

A importância da televisão

Antes de mais nada, vamos ver, percentualmente, o que representam os direitos de televisão nas 5 maiores ligas européias e no Brasil:

DIR TV

PATROC

BILH

Inglaterra

45

25

30

Itália

55

28

17

Espanha

41

30

29

França

57

25

18

Alemanha

25

25

25

Brasil

66

23

11

(Fonte: Globo Esporte)

Reparem que no Brasil a participação da TV é a maior de todas, enquanto a participação da bilheteria é a menor. Ou seja, no quadro de receitas sem as transferências de jogadores, a televisão, sozinha, responde por dois terços de toda a receita dos clubes brasileiros da 1ª divisão, sendo, portanto, fundamental para a sobrevivência de nossos clubes.

Para efeito comparativo, vemos a seguir a distribuição das receitas de nossos clubes da 1ª divisão, incorporando a renda obtida com as transferências de jogadores:

Bilheteria

8%

Televisão

46%

Patrocínios

15%

Transferências

31%

Mesmo agregando às receitas o valor das transferências, prática não recomendável, uma vez que é um valor que não permite uma correta previsão sobre sua realização, vemos que a importância das verbas da venda dos direitos de transmissão é muito alta.

A estrutura da televisão no Brasil

Em toda a Europa, o futebol é produto das emissoras fechadas e do pay-per-view – ppv. Isso ocorreu porque a tv européia era monótona e sem sabor, sem apelo. Com a chegada das emissoras fechadas na década de 90, o mercado transformou-se, pois as novas emissoras tinham programações muito mais atraentes. E elas compraram os direitos de transmissão do futebol, tornando-se ainda mais interessantes para o consumidor.

No Brasil o sistema é diferente. Tendo o modelo americano como exemplo, nossa televisão desenvolveu-se com diversas redes competindo entre si, com alcance nacional e total penetração junto aos mais diversos públicos. Por características culturais próprias, e seguindo muito do que faziam as redes americanas em termos de conteúdo, também, a tv aberta brasileira sempre foi bastante atraente e detentora de grandes índices de audiência. A entrada dos canais pagos pouco mudou, ainda, nesse modelo. A transmissão do futebol nas emissoras abertas é uma tradição e tem um grande audiência, sustentada pelo mercado publicitário. Com as mudanças no sistema, entrando os canais pagos e, posteriormente, os canais ppv, o futebol foi encontrando seu novo caminho e estrutura, entre os três formatos de transmissão.

Hoje, praticamente 100% dos lares brasileiros são atingidos pela televisão aberta, mas apenas 9% o são pelas emissoras de sinal fechado. Apesar disso, do valor total que será pago aos clubes em 2008 somente pelo Campeonato Brasileiro – 310 milhões de reais (120 milhões de euros ou 170 milhões de dólares) – nada menos que 42% virão da tv fechada e do ppv.

Essa é a distribuição prevista:

Milhões Reais

% s/ total

Sinal aberto

180

58

Sinal fechado

40

13

PPV

90

29

Além do Campeonato Brasileiro, temos também os estaduais, obedecendo a uma distribuição semelhante, mas com valores diferentes para cada um dos campeonatos. E mais as participações na Libertadores e Sul Americana, onde os direitos de transmissão são pagos via CONMEBOL, que é quem os detêm, negocia e repassa.

Patrocínio e exclusividade

A negociação dos direitos de televisão baseia-se num princípio simples: a emissora compra os direitos de transmissão com o dinheiro dos patrocinadores e anunciantes, cujo interesse primeiro e único é atingir a maior audiência possível de potenciais consumidores de seus produtos e serviços entre os torcedores de futebol.

Pois bem, todo esse castelo, toda essa estrutura, portanto, baseia-se na exclusividade da imagem. O patrocinador paga o que paga para veicular seus comerciais em programas, os jogos, que serão vistos somente no canal e horário que ele patrocina. A partir do momento em que essa mesma imagem estiver disponível em emissoras públicas e educativas, vai haver uma erosão, uma perda de audiência, que será compensada, naturalmente, por uma diminuição nos valores pagos pelos patrocínios. Claro, pois haverá menor quantidade de pessoas vendo as mensagens publicitárias dos anunciantes.

No caso do ppv o efeito será igualmente dramático, com uma queda enorme no total de assinaturas, lembrando que metade do valor de cada assinatura tem os clubes como destinatários. Eventualmente, dependendo do apetite que as emissoras públicas e educativas demonstrarem, o ppv no futebol pode, simplesmente, acabar.

Séria ameaça

Portanto, essa brincadeira – pois não passa disso, a meu ver – de alguns deputados, pode representar o sucateamento definitivo dos clubes brasileiros e nossa resignação absoluta a um futebolzinho de sexto mundo. Se com esse dinheiro de hoje a situação já é complicada e a audiência da Champions League e das ligas inglesa, espanhola e italiana cresce ano a ano, com os times sucateados tudo que restará para quem quiser assistir futebol serão os jogos europeus.


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quarta-feira, outubro 03, 2007

Legislação, Estaturo, CLT e Futebol



Ontem tive o prazer – e a sorte, já que a tarde foi tranqüila – de assistir a um dos melhores programas esportivos dos últimos tempos - o Arena Sportv, comandado pelo Cleber Machado.

Já esperava por isso, motivo pelo qual gravei o programa, também, no que fiz muito bem, pois tanta coisa foi falada que precisei rever tudo e anotar ponto a ponto.

Os convidados do programa deram o toque de diferença:

Marcelo Portugal Gouvêa – ex-presidente do São Paulo e seu atual diretor de planejamento.

Marcelo de Campos Pinto – diretor da Globo Esporte, o braço global que negocia e compra os direitos de transmissão do futebol.

Mauro Hozmann – diretor de marketing do Clube Atlético Paranaense.

Deputado Gilberto Machado – PT – MG – relator do projeto do Estatuto do Desporto.

E mais Cleber Machado e Marco Antonio Rodrigues, pelo Arena.

A conversa era para girar em torno da relação futebol/tv, mas foi mais ampla, incluindo legislação, também, até aproveitando a presença do deputado. Vou relatar os principais pontos discutidos.

Legislação

Dois pontos importantes foram discutidos dentro desse tema: a proteção ao clube formador de atletas e a necessidade de uma legislação específica para o futebol dentro do Estatuto do Desporto e na legislação trabalhista.

Proteção ao clube formador

Esse é um ponto fundamental para os clubes brasileiros, mas esbarra num problema além-fronteiras: a posição da FIFA. De acordo com e entidade máxima do futebol mundial, o prazo máximo do primeiro contrato de um jogador de futebol é de três anos. Como o primeiro contrato pode ser assinado a partir dos 16 anos de idade, significa que, aos 19, o atleta está livre para renovar ou mudar. Para nossos clubes, o ideal seria ter a garantia de ter o jogador até os 23 ou, pelo menos, 22 anos de idade.

Isto porque é somente a partir dos 20 ou 21 anos que se pode aferir com relativa certeza a qualidade do jogador (exceto, naturalmente, no caso de jogadores como Kaká e Robinho, ou agora, do zagueiro Breno, do São Paulo).

Nossos clubes já ficariam muito satisfeitos com a extensão desse prazo máximo para cinco anos, garantindo o jogador até os 21 anos de idade. Já seria um avanço.

Outro ponto importante, levantado pelo Marcelo P Gouvêa, é a necessidade das multas iniciais serem muito mais altas do que estabelece hoje a legislação brasileira, como 500 vezes o salário. Multas dessa magnitude, entre quatrocentos mil e 2 milhões de reais, sequer fazem cócegas nos cofres dos clubes europeus.

Um ponto que os participantes acharam interessante é que agora, com a aprovação da Copa 2014 prestes a sair, seria o momento ideal para pleitear essas mudanças junto à FIFA, tarefa que, necessariamente, deveria ficar a cargo de Ricardo Teixeira e Julio Grondona, presidentes da CBF e da AFA, ambos com muito prestígio – e poder – dentro da FIFA.

Uma legislação desse tipo será bem vista, também, por africanos e europeus do Leste, mas enfrentará forte resistência dos clubes compradores, ou seja, a totalidade dos membros do poderoso G14. Essa é a luta: enfrentar o G14.

CLT x Futebol

Futebol e CLT são incompatíveis. O ex-presidente do São Paulo foi claro: toda vez que um jogador deixa um clube insatisfeito (ou seja, toda vez que ele não vai para a Europa ganhando 6, 7, 10, 20 vezes mais do que ganhava), ele procura a justiça trabalhista. Seu advogado, ou advogada, pleitea, então, horas extras pelo tempo passado na concentração, descanso semanal remunerado, pois trabalha aos domingos e adicional noturno, pelos jogos noturnos. Normalmente, ele ganha essas pendências, pois a lei é geral e muitos juízes preferem não entender a especificidade do futebol e a validade do contrato assinado entre as partes, considerando o futebolista como um trabalhador comum. Segundo Marcelo, o próprio Presidente da República já se manifestou favorável a essa proposta, pois, como ele disse, “se minha obrigação contratual é trabalhar domingo e de noite e me concentrar, como é que eu vou pedir hora extra?”

Esse é um dos pontos da legislação que causam prejuízos aos clubes, mas há outros, até mesmo envolvendo as multas rescisórias. Os clubes entendem que deve ficar claro que a multa rescisória é devida ao clube como detentor do direito federativo e direito econômico, e não ao atleta. E que a multa paga pelo clube em caso de rescisão contratual deve ficar claro, também, que é limitada a algo como 50% do que o clube tem que pagar. Claro que, nesse ponto, principalmente, haverá muita objeção dos atletas, por meio de seus sindicatos, e o resultado final deverá sair de uma negociação.

O Deputado Gilmar Machado adiantou que o futebol terá um estatuto à parte dentro do Estatuto do Desporto, por ser uma atividade própria com características muito diferentes da maioria dos outros esportes.


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terça-feira, outubro 02, 2007

Grosseria e Ignorância


Dizem, e eu acredito, que não é bom escrever com raiva. Eu, quando escrevo com esse sentimento, olho para o produto dos meus dedos e... deleto. Faço muito isso em textos que deveria postar no Um Olhar Crônico, e, coincidência ou não, os textos que releio e jogo no lixo eletrônico sempre são sobre política.

Costumo fazer a mesma coisa nos comentários que escrevo no Jogo Aberto. Aliás, ali faço isso com mais regularidade. Afinal, responder a imbecilidades com textos raivosos vai tão somente alimentar a imbecilidade. Melhor deixar quieto e não dar ibope, ou, jornalisticamente, não repercutir.

Esse texto que ora escrevo não o faço mais tomado pela raiva. Estou tomado, sim, pela indignação, por um sentimento que beira a revolta, e até por um sentimento de incredulidade. Realmente, é difícil acreditar em algumas coisas, mas elas acontecem, ou, nesse caso, aconteceram, foram ditas, estão gravadas e transcritas.

Ontem à noite não assisti ao Bem, Amigos. Coisa rara, pois é um dos meus programas favoritos. Mas, ontem eu tinha uma excelente razão para não sintonizar o canal 39: o trainee Dunga era o entrevistado. Ora, para que iria eu perder meu tempo com tal indivíduo? Não gosto e nunca gostei dele, não reconheço nele a mínima condição para exercer o cargo de treinador daquele que, para mim, foi durante muitos anos nosso mais importante time de futebol. Um cargo ao qual se chega como o coroamento de uma carreira, curta ou longa, vitoriosa, séria, bem sucedida. O nome seleção contém um conceito óbvio, em teoria: uma escolha dos melhores. Isso, necessariamente, aplica-se também ao treinador. Mas não foi o que aconteceu e não pela primeira vez. Escolheram para treinar a seleção principal do país alguém que nunca havia treinado nada, sequer o time de garotos da escola do bairro.

Já no cargo, o elemento em questão desandou a convocar fulanos e beltranos por ceca e meca. Típico de sua postura autoritária e arrogante, convocou e colocou no banco de reservas Kaká e Ronaldinho Gaúcho. Ganhou, é bem verdade, uma Copa América de maneira pífia, indecente, para quem acredita que o Brasil tenha, como tem, os melhores jogadores do mundo.

Agora, o aprendiz de técnico fez sua primeira convocação para a Copa 2010. Sim, porque a Copa começa agora, com fase de classificação. Apesar de alguns nomes muito duvidosos, apesar de uma fixação doentia e colonizada (para não pensar em outras coisas e motivos) por jogadores de times obscuros de países idem (no mundo do futebol), como ele é o treinador, mesmo não passando de mero aprendiz, convoca quem quer, quando quer, para onde quer. É sua prerrogativa e, que eu saiba e prefiro acreditar, somente sua.

Bom, voltando ao Bem, Amigos da noite de ontem, como disse não assisti ao programa, mas ainda antes da meia-noite já recebi e-mail com transcrição de algumas de suas habituais pérolas de sabedoria futebolística. Passei batido e nada li, até que um dos itens chamou minha atenção: ele falou sobre Rogério Ceni. Eis a transcrição e a matéria do Estadão on line:

Em entrevista ao programa Bem Amigos, da SporTV, o técnico da seleção brasileira, Dunga, deixou claro, nesta segunda-feira, que o goleiro do São Paulo, Rogério Ceni não é uma opção sua para a equipe. "O Rogério é o maior ídolo do futebol brasileiro. Eu acho que é um jogador que serve perfeitamente para a seleção brasileira, mas eu preciso de um jogador para a Copa do Mundo", explicou.

Um dos preferidos da torcida brasileira para a posição - onde um dos grandes contestados do grupo de jogadores faz parte, o arqueiro da Roma, Doni -, Ceni é considerado pelo treinador como não tendo experiência suficiente. "Preciso de um jogador com experiência em competição, não em amistosos", alfinetou Dunga.

Mal-educado, grosseiro, deselegante, além de burro, é claro.

O contrário perfeito de Rogério Ceni, que há dias vem dizendo, claramente, aos jornalistas que o entrevistam, para não pressionarem Dunga e deixarem-no trabalhar à vontade, trabalho que, segundo Rogério Ceni, vem sendo bem feito.

De um lado a elegância e a educação. De outro, a agressividade e ignorância.

Esse sujeito, cujo nome me causa engulhos, mesmo não estando com raiva, desconhece a carreira de Rogério. Se esse atleta não é experiente, quem o é, então? Rogério vem jogando em altíssimo nível há muitos anos. É um vitorioso em sua carreira. É o melhor jogador brasileiro em ação no Brasil, isso na opinião de grande parte da imprensa esportiva de todo o país. É respeitado e admirado por toda a América Latina, a começar pela Argentina. Basta ler as matérias de jornais como Olé e Clarín.

Mas, basta.

Basta de Dunga e sua corte. Até porque, como escrevi nesse blog há poucos dias, esse é um assunto sobre o qual passarei batido. Menos nesse caso, infelizmente. O que deixou-me indignado não foi a ausência de Rogério Ceni em sua lista, coisa que já sabíamos que iria acontecer. O problema, e o motivo desse post, foi sua grosseria e ignorância.

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