Um Olhar Crônico Esportivo

Um espaço para textos e comentários sobre esportes.

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sexta-feira, julho 25, 2008

Rolando pelo mundo da bola e das patas olímpicas


Manchester United de olho na Índia

A Índia era a mais preciosa das jóias da coroa britânica, até conquistar sua independência. Agora, pelo visto, está voltando a ser encarada novamente como uma ‘jóia da coroa’, mas dessa vez da coroa futebolística do campeão europeu, o Manchester United. O país é hoje o maior e mais fascinante mercado potencial a ser descoberto e explorado pelo esporte mais popular do planeta, depois das bem sucedidas incursões pela China. Se o Império do Centro tem a economia que mais cresce no planeta, o país dos marajás e elefantes não fica muito atrás, tanto em população (1,1 bilhão de habitantes), como no crescimento econômico, com taxas assombrosas. Tal como na China, centenas de milhões de pessoas vivem, ainda, dentro de padrões de miséria, mas uma classe média toda própria e diferente das ocidentais ganha cada vez mais corpo e poder. Na Índia, hoje, essa nova classe ávida por consumo, já passa dos 150 milhões de habitantes – mais de três quartos da população total brasileira.

Foi justamente pensando na abertura do mercado indiano que o São Paulo excursionou por várias cidades da Índia no início de 2007, excursão que serviu, num primeiro momento, para revelar o novo futebol de Hernanes como volante. Ele embarcou em Cumbica como promessa não muito confiável e meio confuso sobre onde jogar, e voltou para assumir e não perder mais a condição de titular da equipe. Infelizmente, porém, o calendário do futebol brasileiro não permite aos grandes clubes nenhum trabalho mais sério no exterior, ao contrário do que fazem, por exemplo, os times argentinos. Hoje, Boca e River são muito mais conhecidos que qualquer clube brasileiro, tanto na Europa como na Ásia. O certo seria o retorno do São Paulo, com o time principal, para pelo menos um jogo ou dois, reforçando a marca, criando mercado.

Exatamente o que está nos planos do United, como disse David Gill, seu presidente-executivo:

“A India é interessante. Temos nos aproximado do país e estamos olhando com muito interesse algumas oportunidades para fundarmos escolas de futebol lá. Nossa intenção é entrarmos nesse mercado e permanecermos.”

Segundo Gill, dos 333 milhões de torcedores do United em todo o mundo (nota do Olhar Crônico Esportivo: mais “seguidores” ou simpatizantes que propriamente torcedores), 20 milhões moram nas cidades indianas, e mais da metade já se diz torcedores mesmo, de coração.

David Gill falou sobre a Índia durante a excursão de pré-temporada que o time realiza na África do Sul, país que, por sinal, abriga grande contingente de imigrantes indianos. Disse, inclusive, que está nos planos do clube realizar um amistoso no país no próximo verão (2009).

Bom, enquanto isso, em certa república ao sul do Equador...



Lá, como cá, o caos

Ok, a China é a China.

Os Jogos Olímpicos de Pequim estão sendo preparados para serem no mínimo grandiosos.

A China, o Império do Centro, assim o exige.

Apesar de tudo, a poluição continua cobrindo Pequim com um manto cinzento.

Apesar de tudo, as algas continuam entupindo as águas onde serão disputadas as regatas. A explosão populacional das algas é fruto da poluição, no caso, da água.

Apesar de tudo, a falta de liberdades e a perseguição a quem ousa pensar diferente, continua.

Apesar de tudo, e apesar da chama olímpica cruzar o Himalaia, o Tibet continua oprimido e sob dominação violenta.

Apesar de tudo isso, finalmente, a venda de ingressos segue dentro dos mais rigorosos padrões de descalabro ocidentais.

Ah, sim, mesmo para o descalabro há que ter padrões, coisa que nós, brasilianos, sabemos muito bem.

As filas têm sido formadas com milhares de pessoas, só controláveis com a ação enérgica da polícia. É bom lembrar que ‘ação enérgica da polícia chinesa’ é algo muito, muito mais enérgico do que conhecemos por aqui.

Segundo a BBC, 820.000 ingressos foram vendidos em poucas horas, mesmo com o limite de dois ingressos por pessoa.

Não há, simplesmente, mais nada à venda. Os ingressos para a corrida dos 110 m com barreiras, onde Liu Xiang tem grandes chances de vitória, esgotaram em menos de trinta minutos.

Bom, pensando bem, apesar de tudo isso o caos chinês é menos caótico que o caos que vivenciamos por aqui rotineiramente, como, por exemplo, na venda dos ingressos para o jogo final da Libertadores.

Lá, se algumas pessoas fizessem com os torcedores o que foi feito por aqui, provavelmente suas famílias já estariam pagando às forças de segurança o custo da bala.

Apesar de tudo isso, como o ser humano é o mesmo, quer na China, quer no Brasil, quer na Noruega, relatam-se casos de ingressos vendidos por cambistas por até cem vezes – isso mesmo, 100 vezes – seu valor oficial.

Nem cobrando o preço da bala...



Amigos em Pequim e Hong Kong

Felipe Barreto, a quem não conheço pessoalmente, mas é filho do meu amigo Barreto, o Roberto Barreto de Catende, como assina muitas de suas deliciosas crônicas, inaugurou o blog ‘Olimpíadas Pequim 2008’, agora feito em parceria com outros jornalistas. Felipe mora em Pequim desde o início do ano, onde trabalha como redator no Departamento de Português da Rádio Internacional da China ou, simplesmente, Rádio de Pequim. Link nos favoritos deste Olhar Crônico Esportivo.

Cláudia Leschonski, amiga e mestra, minha segunda instrutora de equitação – a primeira foi a Monika Lilly Keller, suíça radicada em Santa Rita do Passa Quatro ao abrigo do frio enregelante dos Alpes – também estará na China, mas não em Pequim, e sim em Hong Kong. Cláudia integrará o pessoal de apoio da equipe brasileira de CCE Concurso Completo de Equitação – a mais fascinante, e às vezes assustadora, de todas as provas hípicas.

A Cláudia é blogueira, finalmente, autora do ‘Cavalos Entusiasmados’, que, é claro, também está entre os favoritos deste Olhar Crônico Esportivo. E do calor sufocante de Hong Kong ela irá nos contar detalhes dessa competição apaixonante. Não percam, tanto o blog como a cobertura da tv. Vale a pena.

Adivinhem o que este blogueiro estará assistindo endoidecido...

Estou de partida, novamente, para o Sítio das Macaúbas, onde a Albinha, filha da Alba, pariu um bezerrinho hoje, também ela pela primeira vez. Vamos ver a cara do bichinho e pensar num nome para ele.

Bom final de semana para todos.


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De dez milhões em dez milhões...

... os cofres acabarão vazios.

Flamengo: segundo notas divulgadas na coluna Painel, da Folha de S.Paulo, e não desmentidas, a BWA, empresa que produz os ingressos utilizados na maioria dos estádios brasileiros, emprestou a quantia de 10 milhões de reais ao Flamengo. Esse valor será pago por meio de descontos nas rendas do clube, no decorrer dos próximos 4 anos. Sobre o valor incidirá um total de juros da ordem de 30%, ou seja, 3 milhões de reais. Para fazer esse empréstimo, denominado nos documentos como ‘adiantamento’, Clube de Regatas Flamengo e BWA assinaram novo contrato pelo qual, até 2014, o clube compromete-se a usar os serviços e produtos da empresa. O valor dos juros é fixo, independentemente do tempo que demore o ressarcimento do adiantamento ou empréstimo. A empresa, contudo, acredita que o valor retornará aos seus cofres no prazo máximo de quatro anos, considerando as médias de público do clube.


Corinthians: de acordo também com a Painel, o Sport Club Corinthians Paulista renovou contrato com a empresa até 2011, e pegou um empréstimo de pelo menos 1,5 milhão de reais, com os mesmos juros.


Palmeiras: segundo informação divulgada pela Rádio Jovem Pan, e também publicada há alguns dias na própria Painel, o Palmeiras busca dez milhões de reais no mercado para pagamento em 70 dias. Para isso, o clube conta com negociação com a Federação Paulista de Futebol e com o Clube dos 13, visando o adiantamento de cotas de TV de 2009.


Rotina e exceção: na verdade, essa operação está se tornando rotineira no Palestra Itália, pois já foi feita em 2007. No caso, e provavelmente será da mesma forma nesse ano, o clube negocia com a FPF o adiantamento, e dá como garantia parte de suas cotas sobre o Campeonato Brasileiro de 2009, através do Clube dos 13.

Como este blog já informou anteriormente, a Globo não faz adiantamentos antes de dezembro e da consolidação do quadro de equipes na Série A para o ano seguinte. Mas, embora sem confirmação oficial, dá-se como certo que será aberta exceção para o Corinthians, que precisa de forte afluxo financeiro nos próximos 60 dias, fato que, como sabem os leitores deste Olhar Crônico Esportivo, está na origem da movimentação do clube da oposição para a situação dentro do Clube dos 13, e a conseqüente assinatura do novo acordo de venda de direitos de TV negociado entre o Clube e a Globo e Globosat.


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quinta-feira, julho 24, 2008

PPV e futebol em nova realidade


Na Europa, o grosso do dinheiro da Tv para os clubes vem dos canais por assinatura e, mais especificamente, dos canais PPV. No Brasil, a importância desses canais para o futebol ganha crescente influência a cada nova temporada.

Em post de 13 de dezembro de 2007, este Olhar Crônico Esportivo relatava que o setor atingira a marca há muito perseguida de 5 milhões de assinantes, e que atingiria o número de 5,14 milhões até o final do ano. Na verdade, o ano de 2007 terminou com o número de 5,3 milhões de assinaturas. Naquele mesmo post, baseado em informações e projeções do mercado e algum feeling, fiz a previsão de 2008 fechar com pelo menos 6 milhões de assinantes. Naturalmente, nem todo assinante de tv compra os canais pay-per-view, mas aqui no Brasil, tal como na Europa, é justamente o acesso a esses canais uma das maiores, senão a maior mola propulsora do crescimento dos mesmos.

Com base nesses números e na manutenção de uma realidade econômica sem sobressaltos, e como a receita PPV pode variar para cima em função das vendas dos pacotes, considerava factível que o valor de 90 milhões de reais pago aos clubes por esse segmento em 2007, poderia atingir 115 a 120 milhões ainda durante 2008..

O trecho a seguir foi postado em 11 de março desse ano, já com as negociações entre Globo e Clube dos 13 em andamento:

A se confirmarem os números de crescimento previstos para a TV por Assinatura e as previsões feitas para o aumento na venda das assinaturas do futebol, teremos em 2009 valor próximo a 160 milhões de reais a ser pago pelo PPV, talvez até mais. Sabe-se que a possibilidade de ver o futebol sem restrições é hoje o maior impulsionador para o crescimento desse segmento.

Quando escrevi esse trecho, lembro que cheguei a pensar que esse número era meio exagerado, otimista demais, mas pensando a respeito cheguei à conclusão que era, sim, um número possível, desde, é claro, que o país se mantivesse com crescimento econômico de razoável para bom, sem sustos, sem sobressaltos, sem “novidades” na política econômica e cambial. Hoje, revendo essas projeções, constato que elas continuam plenamente factíveis e já não devem causar grandes surpresas, como veremos a seguir.


Novo acordo assinado

Em reunião realizada há pouco mais de dez dias, os clubes assinaram o contrato referente aos direitos de transmissão do Brasileiro da Série A pelas emissoras de sinal fechado e, principalmente, pelo pay-per-view. O acordo fechado para o período 2009/2011, garante aos clubes os seguintes valores mínimos:

2009

110 milhões

2010

125 milhões

2011

135 milhões

Esses valores mínimos são interessantes e apresentam bom crescimento sobre os números atuais, mas já nascem defasados, pois a receita desse ano já poderá superar a meta mínima de 2009.

Duas novidades foram discutidas e aprovadas para esse novo contrato:

- remuneração dos clubes de acordo com seu percentual de participação nas vendas dos pacotes;

- transferência do valor que exceder ao mínimo para a cota de premiações do Campeonato, ampliada para pagar prêmios do 1º ao 16º colocado.

Pagamento proporcional

O primeiro ponto, o pagamento de acordo com a participação de cada torcida na venda dos pacotes ppv, já era desejo antigo de muitos dos participantes e enfrentava obstáculos na própria Globosat. Basicamente, a empresa alegava, como ainda alega, dificuldades técnicas para fazer a venda dos pacotes por clubes.

Nesse ano, para contornar esse problema e fornecer os números para a divisão do bolo já em 2009, a Globosat contratará uma empresa especializada que fará uma pesquisa junto aos assinantes para estabelecer o percentual de cada uma das torcidas na base de compradores do pay-per-view. Dessa maneira, a forma de venda não será afetada e, com a pesquisa, os clubes serão atendidos no desejo de receberem de acordo com o que suas torcidas compram. Não foi informado, provavelmente porque ainda não há decisão executiva, como será calculada a participação do Corinthians, por exemplo, que certamente estará na Série A em 2009, mas atualmente disputa a Série B.

Recentemente, foram divulgadas algumas informações sobre a base de assinantes da NET, mas essa pesquisa teve caráter bastante limitado e, ao que parece, ficou restrita ao universo de assinantes da operadora NET. Portanto, suas informações não serão levadas em consideração, uma vez que a base de compradores do pay-per-view é bem maior e disseminada por todo o país, em regiões em que a presença NET é reduzida ou mesmo inexiste.

Premiação “européia”

Em post de 21 de março, este Olhar Crônico Esportivo mencionava que a premiação prevista para esse ano seria por volta de 11 milhões de reais, valor que, muito provavelmente, será ultrapassado, graças ao maior crescimento da venda dos pacotes de assinaturas.

Na reunião em que foi acertado o acordo para as três próximas temporadas, ficou decidido que o valor excedente ao mínimo garantido por contrato seria destinado à premiação no final do campeonato. Antevendo a possibilidade desse valor crescer muito acima do previsto, o presidente corintiano, Andrés Sanches, propôs o teto de 30 milhões de reais como valor destinado às premiações. O que excedesse esse valor deveria ser incorporado ao total distribuído proporcionalmente entre os clubes, fato que, sem dúvida, favoreceria os donos das duas maiores torcidas do país e, em condições normais, maiores compradoras dos pacotes de assinatura. Na votação dessa proposta, entretanto, Sanches foi derrotado e prevaleceu a decisão anterior: todo o excedente será usado nas premiações.

Um dos atrativos do novo modelo é que os prêmios não estarão limitados ao campeão e vice, e cobrirão do 1º ao 16º colocado. Tal como na Formula 1, o campeão terá uma diferença boa para o vice e deste para o terceiro, diminuindo a diferença gradativamente, à medida que vai avançando rumo ao fim da fila.

Diante da nova realidade de mercado criada pelo crescimento da Tv paga, comenta-se no Clube dos 13 que o BR, talvez já em 2009, estará pagando prêmio “europeu” ao seu campeão.

Ainda é um pouco cedo para pensar em números, mas o valor de 5 milhões de reais (2 milhões de euros, hoje) para o campeão já nesse ano de 2008, não é nenhum exagero. Com esse nível de premiação aumentando em 2009, começa a crescer a impressão que o BR pagará ao seu campeão o mesmo ou até mais do que ganham os campeões de algumas ligas européias de peso. Para comparar: em 2007 o Milan recebeu 7 milhões de euros pela final e pelo título da maior e mais rica competição de clubes do planeta, a UEFA Champions League, cabendo ao Liverpool 4 milhões de euros.

Bastidores I

Alvimar Perrela lançou sua candidatura à vice-presidência que era ocupada por Eurico Miranda. Dessa forma, serão três os candidatos à vaga: Roberto Horcades, ainda tido como favorito, Roberto Dinamite e o novo postulante.

Dinamite, segundo informações colhidas por este blog, contaria hoje somente com os votos de Flamengo, São Paulo e Botafogo, além do seu próprio, é claro. Horcades e Perrella disputariam, portanto, os outros 16 votos.

A princípio, dava-se como certo o apoio de Sanches a Roberto Dinamite, mas hoje é quase certeza que o presidente corintiano votará em Horcades ou Perrella. No início de sua gestão, Andrés Sanches declarou-se independente dentro do Clube dos 13 e disse que iria lutar por melhores cotas para o Corinthians. Depois desse início, passou a votar com o grupo majoritário, posição que abandonou há alguns meses, quando uniu-se aos dissidentes Flamengo, São Paulo e Botafogo, na negociação dos direitos de transmissão. Como este blog informou, Luiz Paulo Rosemberg, vice de marketing e membro da Comissão de TV, passou a representar nas mesmas a posição do São Paulo e também do Flamengo e Botafogo. Recentemente, contudo, premido pela necessidade de conseguir dinheiro grosso a curto prazo para poder fechar 2008 com o mínimo de drama, Andrés Sanches assinou o acordo com a Globo sem comunicar aos então parceiros de oposição, tal como esse blog previu alguns dias antes. É boa a possibilidade do Vasco, sob nova direção, aliar-se aos dissidentes, o que, nesse momento, entra em choque com a postura corintiana, daí a retirada do apoio que talvez nunca tenha existido.

Bastidores II

Na votação da proposta corintiana para que o valor que excedesse 30 milhões de reais fosse repartido entre os clubes de acordo com suas cotas de vendas de pacotes de assinatura, Marcelo Portugal Gouvêa, diretor de planejamento e ex- presidente do São Paulo, votou contra.

Ao ouvir o voto, Andrés Sanches, em outro ponto da sala, falou um ‘monte’ contra Marcelo e o São Paulo. Entre as frases mais suaves ditas aos companheiros de mesa, estava “Ele que venha agora querer marcar reuniãozinha, almocinho, para discutir isso e aquilo...”.

O voto são-paulino, aparentemente, foi movido pela crença de que ao clube interessa mais valores maiores na premiação, onde tem chances de ficar melhor colocado e portanto ganhar mais do que se recebesse proporcionalmente à venda dos pacotes.

Como se diz ou dizia nas colunas sociais, não convidem Andrés e Marcelo para o mesmo almoço. Ou, pelo menos, para a mesma mesa.


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terça-feira, julho 22, 2008

Lá se foi o primeiro terço do BR 08




O campeonato desse ano está animado, mais ainda que o do ano passado nessa mesma altura. Não vou chover no molhado, pois isso já foi abordado com extrema propriedade e maior competência por vários sites e blogs, sem falar da mídia mais convencional.

A janela de verão continua fazendo vítimas, inclusive esse blogueiro, que acreditou na venda do Léo, que vai acontecer, está acontecendo, mas ainda não aconteceu. O mais provável, pelo menos na visão dos dirigentes do São Paulo, é que o mercado fique mais aceso e muito mais interessante mais próximo do fechamento da janela.

Muito interessante principalmente para quem olha do Norte para o Sul do Equador. Quem está ao Sul, geralmente, ou quase sempre, tem grande necessidade de vender os direitos de alguns de seus jogadores. Os compromissos começam a pesar e se nenhuma venda acontece e a janela aproxima-se do fim, os nervos afloram.

A necessidade de fazer dinheiro para pagar os eternos e sempre atrasados compromissos começa a pesar e a falar mais alto. Se não venderem nessa janela, depois, com sorte, só em janeiro, na curta janela de inverno. O problema é como sobreviver até lá.

É quando os nervos estão à flor da pele e os bolsos começam a dar sinais de inquietude que os povos do Norte do Equador atacam. Lembro-me, sei lá porque, dos bárbaros cercando Roma e depois caindo sobre a Cidade Eterna, apesar dos alertas dos gansos do Capitólio.

(Curiosamente, quanto mais penso nessa comparação esdrúxula, mais gosto dela. Atrevo-me a dizer, do alto de nossa empáfia e arrogância, que no futebol somos a civilização, e os europeus, ainda que ricos, são os godos, visigodos, ostrogodos & cia. bela, vindos dos gelos árticos e subárticos para a cálida civilização tupiniquim.

Haahahahaha...

Espero que ninguém leve muito a sério, assim como tampouco deve levar só na conta da galhofa.)

Então, o ataque principal ainda está por vir.

Estão deixando o cerco fazer seu papel depressivo de ânimos, rações, energias...

As baixas serão fortes.


Enquanto isso...

... na manhã de ontem a Morena dava à luz sua primeira cria.

O bezerrinho nasceu bem, tranqüilo, rapidinho, tomou seu
primeiro “banho” da mãe e no final da tarde estava lépido e
fagueiro, já tendo mamado um bocadinho do rico colostro materno.

Na manhã de hoje estava bem bonitinho, mas a câmera estava longe.

Ficam, então, as fotos do primeiro banho, minutos depois de nascido, e outra no final da segunda-feira.

O nome do garotinho é Kazumba, em homenagam ao espertíssimo e jovem lateral-esquerdo que Muricy lançou

contra o Botafogo, no Morumbi. O pênalti que ele sofreu foi convertido por Rogério Ceni no 1.500º gol Tricolor nos Campeonatos Brasileiros.

Merece o nome num bezerro do Sítio das Macaúbas.


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