Um Olhar Crônico Esportivo

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quarta-feira, dezembro 27, 2006

Player periférico

Nos Estados Unidos, a média de salário dos jogadores de baseball da Major League cresceu 9% nesse ano e atingiu o patamar de US$ 2,699,292 – equivalendo, portanto, a 225.000 dólares/mês.

Este foi o maior crescimento percentual dos últimos 5 anos e, segundo Bob DuPuy, COO da MLB, é um reflexo do crescimento da indústria do esporte como um todo e também do nível de talentos nos campos.

Não por coincidência, a Nike anunciou os resultados do seu segundo trimestre fiscal, com um faturamento bruto de 3,8 bilhões de dólares, e um lucro de 10% sobre esse valor, totalizando, portanto, 380 milhões de dólares no trimestre, com um bom crescimento tanto sobre o mesmo trimestre no ano anterior, como, também, sobre o trimestre anterior.

Baseball não é futebol, mas é parte do mesmo mundo em que está o futebol e que cresce aceleradamente em todo o mundo e em praticamente todos os esportes. Esses valores acima transcritos dão uma idéia de nossa pequenez.

Econômica e socialmente, o Brasil segue sendo mero player periférico, de importância nula ou muito pequena em todos os segmentos e mercados. Mesmo onde somos grandes, como na soja, não somos tão importantes por sermos bobos. Nem nesses casos somos players de peso. A RPC, por exemplo, nos faz de bobos – com a devida e humilhante complacência do governo do companheiro – e o mesmo já fazem muitos outros, a começar pelos hermanos.

E no futebol não é diferente.

Estamos relegados à condição de meros coadjuvantes, nada mais que fornecedores de pé-de-obra para os mercados internacionais. Uma leitura rápida pelo noticiário dos clubes nessa entressafra dá uma idéia exata do que somos e para onde poderemos ir.

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