Um Olhar Crônico Esportivo

Um espaço para textos e comentários sobre esportes.

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sexta-feira, maio 25, 2007

Supra-sumo da imbecilidade

O vice-presidente do Botafogo, Carlos Augusto Montenegro, declarou que vai processar Ana Paula de Oliveira por perdas e danos.

Valor a ser exigido: R$ 2.500.000,00 (dois milhões e quinhentos mil reais), segundo ele o que o seu time ganharia com a conquista da Copa do Brasil e outras coisas.

Idiota ele, não é? Deveria processar a moça por uns 30 milhões, considerando a conquista da Libertadores 2008 e o Mundial 2008.

Pensando bem, muito burro ele! Deveria processar a moça em 45 a 50 milhões, isso sim. Afinal, só o prêmio da FIFA para o campeão mundial passa dos dez milhões de reais.

É o que eu digo: 99,83% dos dirigentes de futebol são muito burros, ignorantes ao extremo, autênticas cavalgaduras.



Gomes

No Arena Sportv de hoje, o goleiro Gomes, do PSV e passagens recentes pela seleção, disse que a entrada dos atacantes do Botafogo na área, no segundo lance anulado, atrapalhou, sim, o goleiro do Figueirense.

Infelizmente não gravei o programa, mas ele explica como isso se deu, inclusive.


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quinta-feira, maio 24, 2007

Ana Paula, Cuca, Kaká...



Ana Paula

Ana Paula errou? Sim.

Ana Paula errou? Não.

O jogo que é apitado é o jogo visto pelo juiz e os dois auxiliares.
Partindo dessa ótica simples, e aqui usada com duplo sentido, fica claro que Ana Paula acertou nas duas marcações.

Na primeira, o computador analisou a imagem congelada e decretou "mesma linha", logo, condição legal.

Na segunda, a interpretação é livre. Eu acho que os jogadores impedidos atrapalharam o goleiro. Tem gente
que acha que não. Ana Paula interpretou ali, a uns 30, 35 metros do lance, que o goleiro foi atrapalhado pelo avanço em sua direção, e da bola, dos impedidos. Bandeirou, e agiu com correção.

Simples assim.

Mas... Bom, eis um "mas" para perturbar. Por que razão auxiliares andam levantando a bandeira em situações
em que o bom senso recomenda não levantar?
Acredito que por conta dos olhos eletrônicos e das cobranças exageradas que são feitas a partir do que esses olhos eletrônicos enxergam e gravam.

Fico com a impressão que estamos reféns olhar eletrônico da mídia e exageramos no tópico arbitragem.
Que eu saiba, o Brasil é o único país do mundo a ter comentaristas de arbitragem. Jogos comuns têm mais câmeras, ou no mínimo o mesmo número de câmeras que tem uma decisão de Champions League.

Talvez, quem sabem, por vivermos em uma sociedade corrupta e corruptora, com autoridades mais do que venais em todos os poderes e escalões, com a leniência e a impunidade campeando leves, livres e soltas, queiramos instalar no futebol um exemplo de perfeição e acerto moral. Pura abobrinha.


Cuca

Bom treinador, mas falta-lhe a "pegada" decisiva.
Demonstrou isso ao deixar o São Paulo.
Nas horas agá seus times deixam de cumprir o básico em alguma parte.
Não é questão de sorte ou karma, é questão de preparo, mesmo.
Precisa endurecer um pouco e mudar a cara de eterno choro.
Algo na linha do "ser mais positivo" e demonstrar isso, passar isso para os outros.
Hoje, como antes, sempre que o vejo na tv ele está passando uma sensação de "coitadinho".
Assim, fica díficil.


Kaká

Desse ano não escapa de ser eleito o melhor jogador do mundo.
Merecidamente.
Pena que tenha durado tão pouco sua passagem no São Paulo, depois de profissionalizar-se.


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segunda-feira, maio 21, 2007

Urgência urgentíssima & Post Scriptum

Urgente!

Tudo tem que ser imediato, nada pode esperar.

Apesar dos trânsitos congestionados por todo o mundo, vivemos sob o símbolo da velocidade, da rapidez, da urgência, do já e agora, aqui e agora.

O tempo de maturação não é suportado, é um atraso, a vida não pode parar.

Que vida?

A vida do futebol, por exemplo.

Nesse esporte, um alto grau de desconhecimento dos mecanismos que regem a formação, vida e morte de uma equipe, alia-se à pressa por resultados não menos que perfeitos e cria o campo ideal para colheitas tão terríveis como desastrosas. A pressa e a angústia manifestam-se mais que em qualquer outro período da história, repercutem, alcançam tudo e todos, e alimentam falsas crises. Ora, uma falsa crise bem alimentada transforma-se em uma crise verdadeira, robusta, bonita, saudável. Saudável para ela, crise, mas doentia, quiçá mortal, para o organismo em que se instala.

O mais perfeito exemplo de uma crise falsa que cresceu, virou verdadeira e levou o organismo à morte é a campanha palmeirense no ano do rebaixamento. O time vinha bem sob o comando de Celso Roth. Alguns resultados negativos foram o bastante para, num efeito bola de neve, engordar um ao outro e a mais um e a mais outro, até que o impensável aconteceu e o Palmeiras caiu.

Não acredito nisso para o São Paulo, é claro. Mas ao ler e ouvir torcedores e jornalistas falando e escrevendo sobre esse time, fico em dúvida.

Jornalistas com acesso a fontes dentro do clube são munidos de informações, todas negativas, e, até por amor à profissão, publicam, fazendo o jogo de uma facção que desconheço, mas aposto que existe. Torcedores iludidos seguem o provedor de “verdades” como os ratos seguiram o flautista de Hamelin. O som das críticas é tão inebriante como o som da flauta, e encontra seguidores às pencas. Nada mais fácil, por sinal.

As críticas são ferozes em sua maioria, duras. Tentar contemporizar ou explicar alguns acontecimentos serve apenas para exacerbar ainda mais a crítica e seus formuladores. Nada presta, nada vale, a não ser a satisfação imediata do desejo, seja ele a queda de um treinador ou a conquista de um título. Perde-se de vista a relatividade das coisas, perde-se de vista, também, o outro, esse ser terrífico, odiado, que nada mais é do que nós mesmos refletidos.

Pelo andar da carruagem é provável que o São Paulo seja derrotado pelo Palmeiras. Se isso acontecer, presenciaremos o final de um ciclo vencedor. Final antecipado e fora de hora, sem dúvida. E um final em total desacordo com a tradição que um dia já teve o São Paulo.

Será a vitória das forças da mesmice, da pressa e, gostem ou não, fique quem lê e pensa dessa forma ofendido ou não, será a vitória da intolerância.

Mas, tudo bem, ninguém repara nisso, pois todo mundo se comporta da mesma forma.

E a vida nos dias que correm é assim mesma, apressada, querendo o máximo pelo mínimo já.


Post scriptum


Muricy é um excelente treinador.

Dez entre dez equipes brasileiras gostariam de tê-lo no comando. Se puder trabalhar, ele vai dar conta dessa situação, sem necessidade de contratar outro. Mas, para isso, ele precisa de tranquilidade, o que não significa ausência de pressão. Todo profissional e particularmente os dessa área, convivem com a pressão. Ela é benéfica até certo ponto. Quando passa, torna-se fonte de problemas e não de motivação.


Ainda sobre o Muricy, vou transcrever a opinião de um amigo:

"O Muricy está um pouco confuso taticamente, mas é uma característica de seu trabalho. Ele treina e testa. Se der certo continua, caso contrário a mudança ocorrerá. O Muricy acredita em treinamento, em repetição, bem ao estilo Telê Santana. No fim dá certo, desde que tenha respaldo."

O autor desse trecho que citei é o César Augusto, corintiano da gema.

É isso.

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domingo, maio 20, 2007

Péssimos & Péssimas...


Péssimo jogo do São Paulo, péssimo resultado, péssima arbitragem, péssima transmissão.

Que coleção!


Péssima transmissão

Começando pelo final: compro o pacote do Campeonato Brasileiro e do Campeonato Paulista. Sou cliente fiel, compro desde o primeiro ano. Sou cliente adimplente. Sou um bom cliente. Não satisfeito, admiro a Globo e seu sistema. No meu círculo de amizades sou um dos poucos que a defende. Ainda no domingo passado fiz essa defesa, quando o GP da Espanha foi tirado do ar para a transmissão da missa com o Papa.

Mas hoje esse pessoal pisou na bola. Quando o locutor anunciou que haveria cobrança de pênalti no jogo de São Januário, eu mesmo mudei de canal, tirei do jogo do São Paulo e coloquei no jogo do Vasco, no jogo do Romário. Ok, ele correu, bateu, marcou, foi todo mundo pra cima dele e pronto. Voltei pro jogo do meu time.

Mas... Cadê o jogo do meu time?

Estava fora, em seu lugar aparecia um bando de gente cercando o Romário. E assim permaneceu por longos minutos. Depois, fizeram a grande gentileza de voltar com o jogo do São Paulo, mas deixando uma janela que ocupava o canto inferior esquerdo e matava completamente a transmissão.

Essa palhaçada, esse atentado, um verdadeiro roubo ao meu direito – pago – de ver o jogo do meu time, durou 16 minutos. Nada menos que 1/3 do segundo tempo, ou 1/6 do jogo inteiro.

Ver um bando de gente cercando um cara, e depois ver o presidente do Vasco e sua barriga ocupando a tela da minha tv foi um pouco demais para o meu humor. Enquanto a palhaçada se desenrolava, liguei para a Sky e reclamei.

Sei lá pra que...


Péssima arbitragem

Essa péssima arbitragem começou no jogo do Náutico contra o Atlético Mineiro, em Belo Horizonte, domingo passado. O time foi prejudicado pela arbitragem e perdeu o jogo. Hoje, entraram em campo no Estádio dos Aflitos mais mordidos que nunca.

A casa b... do futebol escalou um árbitro desconhecido e inexperiente, vindo diretamente do Amazonas, estado onde se joga futebol portentoso.

No segundo tempo Aloísio sofre uma entrada cretina de um jogador do Náutico e sua excelência nada marca. Aloísio reclama e é expulso, cartão vermelho direto, sem a prévia do amarelo! Pouco depois, Dagoberto, que era caçado em campo, sofre falta, reclama e é amarelado.

E com o vermelho de Aloísio o São Paulo perdeu o jogo.


Péssimo resultado

Pois é, uma derrota agora era algo a ser evitado. Por conta da ameaça de crise, para solidificar uma boa posição na tabela, para dar
confiança e tranqüilidade ao grupo.


Péssimo jogo

O Náutico sufocou o São Paulo na primeira metade do primeiro tempo. demorou para o São Paulo tomar pé da situação e acalmar o jogo. Como de hábito, o São Paulo recorreu à velha tática do chutão para a frente, daí a demora e dificuldade em tomar conta do jogo. Borges nada conseguiu fazer no ataque, ficou no vestiário, Aloísio voltou em seu lugar. Até ser expulso sem motivo.

A defesa falhou novamente, mesmo com três zagueiros. Marcel, cansado e já com substituição pedida, cruzou livre da esquerda para Acosta, machucado, só fazendo figuração, entrar livre e marcar.

Simploriamente, esse foi o jogo. Gastar mais vela com esse defunto é atraso de vida.


Péssima perspectiva

Esse item da família “péssima” é novo, não está na relação acima.

A cornetagem já começou contra Muricy. A falsa crise gerada pelas derrotas contra São Caetano e Grêmio começa a ganhar contornos sérios de verdadeira. Os “crisemakers” já começam a bater nos peitos inflados e dizer em alto e bom som: “Eu avisei” ou “Eu já sabia”...

Essa crise construída é a crise da água mole em pedra dura...

Tanto bateram que furaram a pedra. O furo é pequeno, mas furo pequeno contra água forte vira furo grande bem depressa.

Eu avisei!

Pois é, também uso essa expressão.

Eu avisei que o exagero doentio iria acabar provocando uma crise real.

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Post scriptum

Do outro lado tinha um adversário, algo que costuma ser mais que "mero" detalhe. O Náutico jogou como se fosse uma decisão. Jogaram hoje o que deveriam ter jogado quando perderam para o Grêmio e não subiram para a 1a Divisão em dezembro de 2005. O time se aplicou com verdadeira sanha na marcação. Tirou espaços do São Paulo e impediu a construção de jogadas. E abusou da violência, embora o SP tenha feito mais faltas. Se o time não relaxar, poucas equipes irão vencer no Aflitos.

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