Um Olhar Crônico Esportivo

Um espaço para textos e comentários sobre esportes.

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quarta-feira, janeiro 16, 2008

CBF e Clube dos 13, e agora?


Muito bem, o G14 vai cerrar sua porta, pressionado por dissensões e, sobretudo, pela conquista de seu objetivo primeiro (e para mim, na minha pobre, tosca e tupiniquim opinião, de todos o menos importante) e, percebe-se hoje, verdadeiramente único, a remuneração, ainda que parcial, pela cessão de atletas às seleções nacionais.

Parabéns, então, aos burocratas das federações por essa vitória – o fim do G14 e a criação da ECA – e por essa falsa derrota – a remuneração pela cessão de atletas – e parabéns aos dirigentes dos grandes clubes europeus por essa vitória... de Pirro.

Por aqui, todavia, como ficarão as coisas doravante?

O São Paulo, por exemplo, há anos vem cobrando, sistematicamente, uma dívida da CBF para com o clube, referente a salários de jogadores convocados. No último levantamento, antes ainda das convocações de Josué e Alex Silva, o valor já tinha passado dos 4 milhões de reais. Quando ainda girava no começo dos três milhões, o próprio Departamento de Contabilidade da CBF, ou algo que o valha, constatou que o dito cujo número era real e correto. Grande coisa...

Com o exemplo das ações tomadas pela metrópole, cabe esperar que a colônia tome idênticas medidas. Se acontecer, para alguma coisa útil terá servido a criação do G14. Resta saber, agora, qual será a postura do Clube dos 13, ainda o legítimo representante dos grandes clubes brasileiros.

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terça-feira, janeiro 15, 2008

ECA – Recuar um passo...


...para avançar dois?

Isso deve ser coisa do Confúcio, aproveitada ou surrupiada pelo Presidente Mao em seu “livro vermelho”, coisa que a galera com menos de 50 anos nem imagina o que tenha sido.

Essa, digamos, máxima, estava presente, também, em muitos textos que líamos na clandestinidade, justificando um monte de coisas e mais algumas coisas. Olhando o Brasil de hoje, acho que retrocedemos mil passos e avançamos nenhum, mas isso é outra história e não é para esse blog, com certeza.

Pois bem, o G14, ao que parece, fechará suas portas em fevereiro, oficialmente. Na prática, já fechou, com a criação pela FIFA e UEFA da ECAAssociação dos Clubes Europeus. A nova entidade, abençoada pelas duas matronas do futebol mundial, congregará nada menos que cem clubes, contra os atuais dezoito que fazem o G14, e terá também representantes das 53 federações nacionais associadas à UEFA. Um belo balaio de gatos, um belíssimo balaio de gatos. Com tanta gente para decidir e palpitar, ficará fácil manipular e controlar por quem tem poder, ou seja, as duas matronas.

Isso era tudo que os burocratas Blatter e Platini – que decepção – mais queriam, silenciar a oposição poderosa do G14, que já estava minado há algum tempo. Pelo menos um de seus membros, o Bayern de Munique, tentou sair do Grupo há um ano ou pouco mais e foi dissuadido disso pelos demais. Quando começa esse tipo de reação é hora, mesmo, de fechar as portas.

O G14 era independente e ultimamente batia forte de frente com as duas matronas por conta, principalmente, do excesso de jogos das seleções nacionais e da cessão de jogadores para as mesmas sem nenhuma compensação financeira. Lá, como cá, as federações enriqueciam às custas dos clubes. Para conseguir a adesão dos grandes clubes, os dois dirigentes maiores da burocracia do futebol prometeram ressarcir os clubes pela cessão dos jogadores. Futuramente.

A meu ver, uma péssima notícia para esse começo de ano. Acredito que há, realmente, excesso de jogos das seleções nacionais, há “datas FIFA” em excesso, não é correto levar jogadores que ganham fortunas e nada pagar por eles, enquanto são usados, sintomaticamente, para gerar fortunas para seus “empregadores” temporários.

Acredito, firmemente, que a razão de ser do futebol é o clube e não a seleção.

A criação da ECA – que não se perca pelo nome – é muito mais que um passo atrás: é toda uma caminhada atrás. Com o agravante de não haver nenhuma caminhada adiante no futuro.

Eis os componentes do G14:

Ajax e PSV; Barcelona e Real Madrid; Liverpool e Manchester United; Olympique Marseille e Paris Saint-Germain; Internazionale, Milan e Juventus; Bayern Munchen e Borussia Dortmund; Porto.

A esse grupo original juntaram-se: Arsenal, Bayer Leverkusen, Lyon e Valencia.

RIP.


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Pesquisa Datafolha – Respondendo comentários


1 – Comentário não identificado:

“E a história que diz que no Estado de Minas o Flamengo tem mais torcida que o Galo, é mentira?!”

Sim, é mentira, ou melhor, é uma inverdade.

No estado de Minas Gerais os dados da pesquisa apontam:

Cruzeiro – 29%

Atlético Mineiro – 18%

Flamengo – 9%

Corinthians – 7%

São Paulo – 3%

Palmeiras – 2%

Vasco – 2%

Santos, Botafogo, Fluminense – 1%

Curiosamente, o próprio América Mineiro não atingiu 1% de citações.

2 – Comentário do Murilo Toledo, e também do Gabriel e Pedro Morais:

Murilo, a pesquisa aponta, especificamente no Rio Grande do Sul, 48% de torcedores do Grêmio e 36% de torcedores do Internacional. Confesso que esses números surpreenderam-me um pouco, pela distância de 12 pontos percentuais entre os dois grandes e também pela somatória, pois 13% declararam não torcer por nenhum time, resultando em 97% do total. Ou seja, Guarani de Bagé, Caxias, Juventude, Brasil de Pelotas e outros, somados, ficaram com 3% da torcida gaúcha.

3 – Do Ribeirinho Lopes: “Internacional tem mais torcida que o Grêmio , porque tem muita torcida no Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, redutos colorados, gaúchos que foram para lá.”

Ribeirinho, por coincidência, tenho passado boa parte dos últimos anos trabalhando nas fronteiras agrícolas do Centro-Oeste, Norte e Nordeste, ou seja, justamente para onde foram os gaúchos que deixaram o Rio Grande do Sul na nova onda migratória (a primeira foi para Santa Catarina e a segunda para o oeste do Paraná). Pela minha observação, sempre achei colorados e gremistas em bases iguais. Essa pesquisa só traz a divisão por estados no caso dos maiores, mais populosos, mas traz a divisão por região geográfica, juntando Norte e Centro-Oeste, onde estão os estados que você citou, e outros, como Rondônia, com muitos gaúchos também. Nesse caso, e confesso-me surpreso, ela aponta 2% de torcedores do Grêmio contra 1% de torcedores do Internacional, contrariando, assim, o que você disse.


4 – Roger, sou visitante do Rio Grande do Sul desde os anos 70. Tenho a felicidade de conhecer o estado inteirinho, de cabo a rabo, todos os quadrantes (menos Mostardeiros e São José do Norte... ainda). Além disso, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul são minhas praias, também. E toda a gauchada (no bom sentido, pelamordedeus) que por lá andou desbravando terras e plantando soja, o que permitiu-me ganhar uns cobres gravando tudo adoidado. Por tudo isso, eu sempre tive uma percepção de igualdade entre as duas torcidas. Nunca fiquei só no meio de gremistas, nunca só no meio de colorados. Por toda parte, era sempre um quadro multi-colorido. :o) Por tudo isso, fiquei surpreso, sim, com esses números.

5 – John Dias, mesmo olhando rapidamente as tabelas disponíveis, o que você fala é verdadeiro em parte. O Cruzeiro só aparece em Brasília, com 2% de menções, além de Minas Gerais. Já o Botafogo aparece bem em Brasília, com 3%, 1% no Ceará, 2% na Bahia, 2% em Santa Catarina e 1% em Minas Gerais. O Fluminense repete os números do Botafogo, exceto na Bahia, com 1% e no Ceará, onde não aparece. O Internacional aparece com 8% das indicações de Santa Catarina e 1% no Paraná. Fora isso, mais 1% no combinado Norte/Centro-Oeste. Já o Santos tem uma presença mais nacional, com 6% das indicações do Paraná, 1% de Minas Gerais, 2% em Santa Catarina, 1% na Bahia, no Ceará e no Distrito Federal.

Portanto, você não viajou praticamente nada, de maneira geral. Apenas não considerou o Santos que tem há muito tempo uma boa presença nacional.


6 – Ao Tricolaço: você tocou num ponto importante.

Na minha visão, a princípio, todo torcedor é um consumidor indireto e importante.

Por que?

Porque assiste aos jogos pela televisão e, dessa forma, faz parte da massa crítica que atrai e motiva os anunciantes.

Por outro lado, como você destacou bem, é muito pequena, ainda, a quantidade de torcedores que são consumidores diretos dos produtos oferecidos pelos clubes, desde os próprios jogos, nos estádios, até as camisas, passando pela alimentação nos estádios, agendas, chaveiros, presentes diversos, etc, etc, etc.

Mesmo no caso do São Paulo, que tem avançado bastante nessa busca de mais fontes de renda, há muito ainda por fazer.

A nova administração corintiana já está correndo atrás dessas fontes de renda.

A direção do Flamengo ainda está apanhando um bocado, assim como outros clubes. Os dois gaúchos já faturam bem há tempo, assim como o Atlético Paranaense. Em todos esses casos, porém, há muito ainda por avançar.



7 – Ricardo Couto e Silva, no rodapé mesmo dessa página que você acessou, clique no ícone para fazer o download completo das tabelas. São 15 tabelas em pdf, chatas de ver, impossíveis (para mim, que sou uma anta nisso) de copiar e poder enxergar e trabalhar decentemente. Cada página – tab1 a tab5 – tem três tabelas. Todavia, você não vai ver os percentuais inferiores a 1%, pois o Datafolha não publicou esses números. Sabemos que eles existem porque no final ainda tem o item “Outros”, que tiveram tão poucas menções que sequer mereceram uma linha à parte.

8 – Ricardo, tua análise sobre o futebol na Bahia é interessante e, pelo que eu conheço, condiz com a realidade. O Hélio Arcanjo, de Irecê, pode falar algo a respeito, também. De certa forma, o mesmo processo aconteceu com os times do interior de Minas Gerais. O interior paulista nunca teve grande invasão radiofônica das emissoras do Rio de Janeiro, mesmo durante os anos trinta e quarenta, e isso, de certa forma, permitiu um maior crescimento dos times interioranos. Isso é apenas uma visão que eu tenho, precisaria de muita pesquisa e trabalho de campo para fundamentá-la melhor.

9 – Marcos R., pelo que pude ver a torcida do Galo está bem distribuída também no interior mineiro. Acho que isso do Flamengo ter mais torcida que o CAM no interior é mais um mito ou uma “pilha” para irritar os atleticanos. Lembrando que o interior mineiro tem presença forte dos times cariocas apenas no Leste. Boa parte do Sul e mais o Triângulo têm maior penetração dos times de São Paulo.

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Pesquisa Datafolha – Alguns comentários


A primeira coisa a ser comentada nessa pesquisa é o número de entrevistas – quase doze mil pessoas – e sua distribuição geográfica: 24 estados e mais o Distrito Federal. Apenas Roraima e Amapá não foram incluídos. Assim mesmo, esses números não impedirão críticas diversas aos resultados, a mais comum das quais é sempre a contestação dos números percentuais de cada torcida. Às vezes é mesmo difícil acreditar em resultados de pesquisas que contrariam nossas crenças profundas, mas é assim que funcionam as pesquisas. Nossas percepções são sempre limitadas pela geografia, hábitos de vida e círculo de amizades. A pesquisa ignora tudo isso e mostra muito mais da realidade do que conhecemos.

Um ponto importante, porém, é a faixa etária a partir da qual a pesquisa foi iniciada: 16 anos de idade. Uma parcela importante da população ficou fora da pesquisa: os jovens entre 10 e 16 anos, justamente eles que são extremamente ativos no tocante ao futebol, tanto consumindo, por intermédio dos pais, como assistindo e levando os mais velhos aos estádios. A direção de marketing do São Paulo aposta suas fichas nessa camada, que não é volúvel, mas é influenciável e, portanto, cresce ao sabor de vitórias e maior presença de mídia. Vale destacar que a preferência clubística determinada pelo convívio familiar, tem perdido importância, principalmente nas grandes cidades e principalmente nos últimos anos. Não tenho uma base científica para isso, e falo baseado em experiência pessoal, nos relatos lidos e ouvidos e baseado, também, no comportamento como um todo das populações urbanas.

Outros itens que convém os críticos levarem em consideração são a margem de erro de dois pontos percentuais para cima ou para baixo - importante: margem de erro máxima – e o grau de confiabilidade da pesquisa, de 95%. Ou seja, a pesquisa Datafolha é bastante confiável.

Quantos torcedores existem?

Essa é uma pergunta importante, talvez a mais importante.

Não gostam de futebol ou não tem interesse, 17% dos homens entrevistados e 45% das mulheres, resultando numa média de 32% de brasileiros acima de 16 anos que não têm interesse algum pelo esporte que consagrou Odvan. Esse dado da pesquisa é bastante interessante.

Outra informação não menos interessante é que 26% dos entrevistados – 14% dos homens e 37% das mulheres – declararam não torcer por nenhum time. Esse dado, curiosamente, é bastante consistente em ordem de grandeza com outras pesquisas realizadas em diferentes momentos, desde o final dos anos oitenta. É importante salientar que ele não é a mesma coisa que o anterior – não gostar ou não ter interesse por futebol – pois, mesmo nesses casos, uma pequena parcela acabava declarando-se torcedor, ou “torcedor”, de algum time. Entre as pessoas que declararam “nenhum interesse” por futebol, 9% disseram-se, também, torcedoras do Flamengo, contra 6% do Corinthians e 3% do São Paulo e Vasco. Palmeiras, Grêmio e Cruzeiro tiveram 2% cada, e Inter, Santos, Atlético Mineiro, Botafogo, Fluminense e Bahia tiveram 1% cada dessas menções.

Número de torcedores

Em 1996, aproximadamente 31,6 % da população brasileira tinha menos de 15 anos de idade. A estimativa para hoje é que cerca de 28% da população tenha menos de 16 anos de idade. Para calcular o tamanho dessa faixa, podemos arredondar a estimativa da população brasileira hoje em 188 milhões de habitantes, segundo o IBGE:

“Relógio Populacional” – Popclock – do IBGE:

Estimativa da População para o dia 14/1/2008 às 21 horas e 39 minutos:

187.978.109 habitantes

Se tirarmos desse total os 28% de jovens com menos de 16 anos, restarão 135,4 milhões de habitantes. É esse, portanto, o universo de brasileiros acima de dezesseis anos de idade, de ambos os sexos. Desse número, devemos tirar outros 35,2 milhões de pessoas que não torcem por nenhum time. Ficaremos, dessa forma, com um universo de 100,2 milhões de torcedores de futebol, todos acima de 16 anos de idade. Ou, simplesmente, 100 milhões de torcedores, por mera coincidência numérica.

Essa, portanto, é a base de cálculo para termos os tamanhos de cada grande torcida brasileira. Usando os números Datafolha, podemos projetar:

Flamengo 17 Milhões de Torcedores acima de 16 anos

Corinthians 12

São Paulo 8

Palmeiras 6

Vasco 6

Grêmio 4

Cruzeiro 3

Internacional 3

Santos 2

Atlético Mineiro 2

Seleção Brasileira 2

Botafogo 2

Fluminense 1

Bahia 1

Sport 1

Vitória 1

Sobram 29 milhões de torcedores com mais de 16 anos que não estão nas torcidas de nenhum desses 15 clubes e mais a Seleção. Desse total, 1% declarou times que não alcançaram base suficiente para constar na relação, que teve, além dos já citados, também:

Atlético Paranaense

Ceará

Coritiba

Santa Cruz

Fortaleza

Remo

Payssandu

Portuguesa (Lusa)

Náutico

Paraná

Goiás

ABC

Figueirense

XIII de Campina Grande

Vila Nova - GO

Avaí

Sampaio Correa

Villa Nova - MG

CRB

CSA

Ponte Preta

América - RJ

Guarani

Criciúma

América - MG

São Caetano

Juventude

Gama

Londrina

Ferroviário

Botafogo - PB

Joinville

Comentário final

Nenhuma pesquisa é perfeita e retrata a realidade com absoluta exatidão. Por outro lado, vivendo em sociedades de massa, as pesquisas são as ferramentas que melhor retratam essas mesmas sociedades. São espelhos próximos da exatidão. Digamos que estamos num set de gravação e a maquiagem feita com o auxílio desses espelhos será quase perfeita, mas vai escapar um pontinho aqui e outro acolá que deveriam ter sido cobertos com uma base e não o foram, o que só percebemos quando a câmera fecha em close e as pequenas imperfeições aparecem. Todavia, nos planos médios e abertos ela é perfeita.

Pensando em termos de marketing, a maior falha dessa pesquisa é não ter coberto a faixa etária que vai dos dez aos dezesseis anos de idade. Todo profissional de marketing sabe que a rapaziada que está nessa idade é consumista e influenciadora ao extremo do consumo dos pais. Em termos de futebol, é muito raro um garoto ou garota já dentro dessa faixa trocar de time. Sua escolha está feita e vai acompanhá-lo ou acompanhá-la até o fim dos tempos.


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segunda-feira, janeiro 14, 2008

Torcidas - Pesquisa Datafolha Janeiro 2008

Para não perdermos tempo, vou transcrever os resultados da pesquisa e oportunamente espero comentá-la.
Preferi começar pela Metodologia, pois as pesquisas são sempre muito questionadas, e nada melhor para questionar com base ou simplesmente aceitar, do que saber como, onde e quando a pesquisa foi realizada.


Metodologia

A pesquisa do Datafolha é um levantamento por amostragem com abordagem em pontos de fluxo populacional com cotas sexo e idade e sorteio aleatório dos entrevistados. O conjunto da população com 16 anos ou mais do país é tomado como universo da pesquisa e dividido em quatro sub-universos que representam as regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Norte/Centro-Oeste.

Em cada sub-universo os municípios são agrupados e sorteados de acordo com seu porte.

Desta forma a pesquisa fornece resultado para o Brasil, regiões e natureza dos municípios que podem ser generalizados dentro de certos limites estatísticos.

Nesse levantamento realizado entre os dias 26 e 29 de novembro de 2007, foram realizadas 11741 entrevistas em 390 municípios nas seguintes unidades da Federação : São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Bahia, Alagoas, Sergipe, Ceará, Distrito Federal, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Maranhão, Goiás, Tocantins, Pará, Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazonas e Rondônia.

A margem de erro máxima decorrente desse processo de amostragem é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%. Isto significa que se fossem realizados 100 levantamentos com a mesma metodologia, em 95 os resultados estariam dentro da margem de erro prevista.


Essa pesquisa é uma realização da Gerência de Pesquisas de Opinião do Datafolha.


Opinião Pública - Time de Preferência



Pesquisa realizada pelo Datafolha entre os dias 26 e 29 de novembro mostra estabilidade quanto às torcidas dos clubes de futebol brasileiros. Flamengo, time de preferência de 17%, e Corinthians, o preferido de 12%, seguem sendo os times com mais simpatizantes entre os brasileiros com idade a partir dos 16 anos. A pesquisa foi realizada dias antes do fim do campeonato brasileiro deste ano, em que o Corinthians foi rebaixado para a série B, e o São Paulo, time preferido de 8% dos brasileiros, conquistou o título pela quinta vez.

Flamengo e Corinthians seguem no topo de ranking de torcidas

Pesquisa realizada pelo Datafolha entre os dias 26 e 29 de novembro mostra estabilidade quanto às torcidas dos clubes de futebol brasileiros. Flamengo, time de preferência de 17%, e Corinthians, o preferido de 12%, seguem sendo os times com mais simpatizantes entre os brasileiros com idade a partir dos 16 anos. A pesquisa foi realizada dias antes do fim do campeonato brasileiro deste ano, em que o Corinthians foi rebaixado para a série B, e o São Paulo, time preferido de 8% dos brasileiros, conquistou o título pela quinta vez.

Em relação à pesquisa anterior sobre o tema, realizada em agosto, os percentuais obtidos por esses três times permaneceram idênticos.

O percentual dos que torcem para o Palmeiras sofreu uma variação negativa, dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, tendo passado de 8% para 6%, taxa que é hoje a mesma da que se refere aos torcedores do Vasco (eram 5% no levantamento anterior).

Citam o Grêmio como time de preferência 4%; Cruzeiro e Internacional (RS) atingem 3% das menções, cada. Santos, Atlético (MG) e Botafogo (RJ) são citados por 2%, cada, e Fluminense, Sport, Bahia e Vitória ficam com 1% das preferências, cada.

Foram ouvidos 11786 brasileiros em 390 municípios do país, a partir dos 16 anos de idade, e a margem de erro máxima, para os resultados que se referem ao total de entrevistados, é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

O Corinthians continua sendo o time com maior torcida em São Paulo, tanto no Estado como um todo quanto na capital.

Comparando-se os dados da pesquisa atual com os de levantamento realizado em março, observa-se que entre os moradores do Estado de São Paulo o percentual dos que declaram o Corinthians como time de preferência oscilou dois pontos para baixo, de 31% para 29%, enquanto a taxa dos que torcem para o São Paulo oscilou dois pontos para cima (de 19% para 21%). Assim, o tricolor paulista obtém a maior taxa desde 2000. Palmeiras e Santos também oscilaram positivamente: o time alviverde variou de 12% para 13% e a equipe do litoral passou de 6% para 7% das preferências.

Entre os que moram na capital paulista, a oscilação no percentual de torcedores do Corinthians, nesse caso em relação a levantamento realizado em agosto, foi de um ponto para baixo (de 31% para 30%), e a taxa dos que declaram torcer para o São Paulo se manteve idêntica à registrada anteriormente (21%). Oscilaram um ponto para baixo Palmeiras (de 14% para 13%) e Santos (de 6% para 5%).

No Estado do Rio de Janeiro, o Flamengo é o primeiro colocado com quase três vezes o percentual obtido pelo segundo colocado. São 46% que declaram torcer para o rubro-negro, ante 16% que torcem para o Vasco. Botafogo e Fluminense atingem 9%, cada. Na capital os resultados são parecidos: Flamengo é o time preferido de 43%, afirmam torcer para o Vasco 18%, citam o Fluminense como time do coração 11% e declaram torcer para o Botafogo 9%.

Em Minas Gerais, o Cruzeiro é o primeiro colocado no Estado, mas empata com o Atlético na capital. Quando se leva em consideração o total de entrevistados em Minas, a equipe celeste atinge 29% das preferências, nove pontos a mais do que o percentual obtido por seu maior rival, que fica com 18%. Entre os que moram em Belo Horizonte, porém, a diferença fica dentro da margem de erro da pesquisa para a cidade, que é de cinco pontos, para mais ou para menos: Cruzeiro tem 38% e o Atlético fica com 34%.

Algo parecido acontece entre os gaúchos. No Estado do Rio Grande do Sul o Grêmio é líder isolado, com 48%; o Internacional conta com 36% das preferências. Em Porto Alegre, o tricolor gaúcho atinge 48%, apenas cinco pontos percentuais a mais do que o rival colorado, que obtém 43%, e ocorre um empate, em razão da margem de erro, de exatamente cinco pontos, para mais ou para menos.

Nos demais Estados que permitem uma análise dos resultados em separado (Paraná, Santa Catarina, Bahia, Pernambuco e Ceará) os times locais enfrentam forte concorrência de forasteiros, principalmente do Flamengo. Com exceção de Pernambuco, os locais assumem a liderança apenas quando se leva em consideração os entrevistados que moram nas capitais.

No Paraná, times paulistas se destacam: entre os que moram no Estado, 15% declaram torcer para o Corinthians e 10% para o Palmeiras. O Atlético fica com 7%, percentual idêntico ao obtido pelo São Paulo, o Coritiba com 6%, mesmo percentual registrado pelo Flamengo e pelo Santos e o Paraná conta com 3% das preferências, a exemplo do que ocorre com o Grêmio. Já entre os que moram em Curitiba, Atlético atinge 22%, Coritiba fica com 17% e Paraná com 10%. Corinthians e Palmeiras atingem, na capital, percentuais que representam um terço do que conquistam no Estado como um todo: 5% no caso do time alvinegro e 3% no que se refere à equipe alviverde, que tem percentual idêntico ao obtido por Flamengo e Grêmio. O São Paulo obtém 4% na capital paranaense.

Entre os moradores de Santa Catarina, Flamengo (16%) e Grêmio (13%) dividem a liderança. Corinthians e o Internacional de Porto Alegre atingem 8%, cada. Avaí e Figueirense atingem 2%, cada, e Criciúma é citado por 1%. Em Florianópolis, Figueirense vai a 16%, Flamengo obtém 12% e Avaí fica com 8%, mesmo percentual obtido pelo tricolor gaúcho. O Criciúma é citado, mas não chega a atingir 1% na capital catarinense.

O Bahia é o líder isolado entre os moradores de Salvador, com 40% das preferências, 18 pontos à frente do Vitória, que atinge 22%. No Estado como um todo, porém, o Bahia fica com 16%, disputando a preferência com o Flamengo, que chega a 21%. O Vitória é o time declarado de 8% dos baianos, que também torcem para, entre outros times, o Corinthians (7%), o Vasco (6%), o São Paulo e o Palmeiras (5%, cada).

Entre os moradores do Ceará, o Flamengo atinge 17% das menções. Fortaleza e Ceará atingem 8%, cada, percentual idêntico ao dos que citam o Corinthians como time do coração e próximo ao dos que citam São Paulo e a seleção brasileira (7%). Na capital cearense, os locais Fortaleza (18%) e Ceará (14%) disputam a preferência com o rubro-negro carioca (13%).

Já o Sport lidera entre os moradores de Pernambuco, com 21%, e no Recife, com 34% das preferências. No Estado como um todo, vêm a seguir, entre outros, Corinthians (8%), Santa Cruz, Flamengo (7%, cada), São Paulo, Palmeiras (5%, cada) e Náutico (4%). Na capital pernambucana Santa Cruz atinge 15% e Náutico fica com 11%, enquanto Palmeiras obtém 3% e Flamengo, Corinthians e São Paulo ficam com 2%, cada.

No Distrito Federal, o Flamengo atinge 31% das preferências, percentual que é menor apenas do que o que obtém em seu próprio Estado. O Gama atinge apenas 1%, atrás de, entre outros, Vasco (11%), São Paulo (7%), Corinthians (6%) e Palmeiras (5%).


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