Um Olhar Crônico Esportivo

Um espaço para textos e comentários sobre esportes.

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sexta-feira, novembro 03, 2006

Dinheiro de gente grande

Os grandes clubes europeus fazem seu caixa a partir de quatro grandes fontes: televisão, patrocínios, bilheterias e licensing de tudo imaginável. No Brasil, o caixa de nossos clubes sobrevive às custas da televisão, principalmente, seguida por patrocínios. Mais distante, bilheterias. E, como figura de ficção, o licenciamento. A outra grande e fundamental fonte de renda de nossos clubes é a transferência de jogadores.

Mas, vamos falar do que é importante e tem futuro: a televisão.

Em 2005, o São Paulo recebeu R$ 25.810.000,00 a título de pagamentos por direitos de transmissão de televisão. Esse valor corresponde a cerca de 9.400.000 euros (ou 11.700.000 dólares).

No mesmo ano, o Real Madrid recebeu 55 milhões de euros e o Barça 60 milhões de euros. Vão receber basicamente a mesma coisa ainda em 2007 – o Barça – e até 2008 o Madrid.

A partir de 2008 o Barça terá um novo contrato em vigor, válido por 7 anos, e pelo qual receberá 1 bilhão de euros. Bilhão, um bilhão de euros, isso mesmo, ou seja, algo como 140 milhões de euros por ano. Quase impensável, não? Esse contrato foi fechado com a empresa Mediapro, proprietária, entre outros negócios, da TV La Sexta.

O Real Madrid está em vias de fechar um contrato de 5 anos, de 2009 a 2013, inclusive, pelo qual receberá 600 milhões de euros. Do outro lado da mesa estão a TeleMadrid, emissora de tv controlada pelo governo madrilenho, e o Banco Caja Madrid. Portanto, a partir de 2009 mais 120 milhões de euros por ano nos cofres.

Uma conta rápida, pelo câmbio atual:

- Barça: 390 milhões de reais por ano, a partir de 2008

- Real Madrid: 330 milhões de reais por ano, a partir de 2009

É com essa realidade que estamos competindo e competiremos cada vez mais.



Obs.: é importante destacar que boa parte dessas informações vieram do blog Bate Pronto e do Fernando Cesarotti, do Estadão; conversei com dois blogueiros espanhóis a respeito, até porque queria confirmar que esses valores referem-se somente aos jogos da Liga, não incluindo a Champions League ou Copa da UEFA, como de fato ocorre e o Fernando também confirmou; amanhã postarei mais a respeito, com os valores que a UEFA repassa aos clubes; coisa de gente grande e faz o F C Porto lamentar, na abertura de seu balanço, não passar da fase de quartas-de-final na CL anterior, mas, ao mesmo tempo destacando esse fato no balanço.
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874 / 320 = 2,7

(874 gols por 320 jogos, resultando numa média de 2,7 gols por partida.)

Essa foi uma rodada com excelente média de gols: nada menos que 3,7 por jogo, puxada para cima pelo resultado fora do normal de Atlético Paranaense 6 x 4 Vasco da Gama. Mesmo assim, a média do campeonato permanece em 2,7 gols por partida. Uma boa média, sem dúvida.

O artilheiro da competição voltou a marcar e foi para 16 gols, numa média de meio gol por jogo. A feitura dos gols continua democraticamente distribuída. O líder da competição e dono do melhor ataque - 57 gols marcados, media de 1,8 por jogo – tem seu maior artilheiro com apenas 8 gols, e o goleiro Rogério Ceni já encostou nele, marcando ontem seu sétimo gol no campeonato e 67º na carreira.

As reclamações por conta da ausência de grandes artilheiros diminuíram, finalmente.

Mas cresceram assustadoramente em relação às arbitragens, onde, depois de algumas rodadas relativamente calmas, tivemos 3 jogos com decisões polêmicas: São Caetano x Fluminense, na 4ª-feira, e São Paulo x Ponte Preta e Botafogo x Internacional ontem à noite. Boa parte da chiadeira é devida a más atuações de bandeiras. Vendo os lances, quase todos os erros foram provocados por mal posicionamento dos assistentes. Creio que treinos e melhor preparação resolveriam esses problemas. Ana Paula Oliveira e Maria Elisa atuaram no jogo do São Paulo contra a Ponte Preta e não cometeram erros. Aliás, raramente cometem e quando isso acontece é em lances onde a dificuldade é grande.

Restam agora 6 rodadas, 18 pontos em jogo. A próxima rodada, finalmente, deverá trazer as primeiras definições do campeonato.

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quinta-feira, novembro 02, 2006

Personalidade: Rogério Ceni


“Acima de tudo, um goleiro precisa ter personalidade.”

Essa foi uma das primeiras frases de Rogério Ceni durante o programa Roda Viva, no qual ele foi o entrevistado por um grupo de jornalistas, e que foi ao ar, em transmissão ao vivo, dia 30 de outubro.

Mas, um pouco antes dessa frase, ele proferiu uma outra muito significativa:

“... no Brasil, basta ter opinião para ser polêmico.”

Não por coincidência, ter personalidade e ser polêmico são duas das mais visíveis e importantes características desse goleiro que já faz parte da história do futebol mundial, como o maior artilheiro nessa posição que nada tem a ver com o fazer gol e tudo a ver com o evitar gol.

Como não poderia ser diferente com pessoas dotadas desse perfil, Rogério é amado e detestado em idênticas proporções. No mundo do futebol, é difícil, quase impossível, alguém permanecer indiferente a ele.

Flash-back: creio que foi no Paulista de 1993, Telê Santana dirigia o São Paulo, Zetti era o titular e Rogério seu reserva, ainda um molecão. Telê foi expulso, assim como o preparador físico. Não lembro o que motivou as expulsões, mas, com certeza, foi por reclamação, pois Mestre Telê era implacável com árbitros omissos no combate à violência. O time ficaria acéfalo, sem orientação alguma vinda do banco. No burburinho da expulsão, acompanhei uma reunião entre Zetti e Rogério, à margem do amontoado de jogadores, árbitro e bandeiras. Jogo reiniciado, Zetti voltou para o gol e Rogério ficou à beira do gramado e dali, percebíamos claramente, sem dificuldade, simplesmente comandou o time do São Paulo com jogadores muito mais velhos. Para mim, foi uma situação marcante, inesquecível, definidora do caráter e personalidade de Rogério.

De volta aos dias atuais e à entrevista ao Roda Viva: Rogério pensa e fala o que pensa de forma articulada. Poderia ser um desses tecnocratas de alto escalão, treinados na academia e nos altos cargos para falar à imprensa. Poderia, também, ser um parlamentar, oposicionista ou situacionista, mas sempre pronto a falar e não se esconder.

“Hoje há menos desigualdade, mas num nível muito baixo, o povo empobreceu.”

Uma verdade dita sem meias palavras. Não votou pela reeleição do atual presidente, cujo governo criticou com firmeza, sem ser ofensivo. Na sua posição, se é importante falar e se expor, é importante, também, ter cuidado com as palavras, que podem ser interpretadas de diferentes maneiras, nem sempre corretas.

Faltou tempo e também mais entrevistadores para poder explorar mais e melhor sua participação. Voltando ao futebol, para ele os adversários mais terríveis, mais perigosos, foram Romário e Bebeto. E confessa que ao chegar em casa e assistir ao jogo que recém-disputou, muitas vezes se surpreende. Algumas por ter certeza que foi um jogo chato e de repente vê na telinha um jogo agradável. Outras, por achar o jogo eletrizante e vê-lo monótono na televisão. Não é só a visão do árbitro que difere radicalmente entre campo e televisão, mas a própria visão do jogador sobre o mesmo jogo pode ser diferente a partir de como e de onde assiste ao jogo.

Para minha surpresa, Navarro Montoya foi um exemplo de elegância e precisão no chute para ele. Rogério viu-o em ação num São Paulo x Boca, no La Bombonera, no começo dos anos 90. Admirou-se com os chutes bem colocados do colombiano, e com o detalhe de chutar com a esquerda as bolas que tinham por endereço o lado direito e vice-versa. Aliás, essa é uma coisa importante nessa figura: ele sempre reverencia seus mestres, principalmente Zetti, Telê e seus preparadores, a começar por Roberto Rojas.

Uma coisa que ele não gosta é o fato da crítica de um lance ser feita por pessoas que nunca souberam o que é jogar no gol, o que leva à verdade indiscutível que o goleiro é criticado quando erra e também quando não erra.

E a entrevista seguiu, outros pontos foram levantados, dúvidas foram desfeitas, num programa agradável. Eu confesso que esperava menos de Rogério nessa situação. Subestimei-o. Não é fácil ser entrevistado ao vivo, mas ele passou incólume pela prova.

Rogério passa uma imagem de arrogância e auto-suficiência que não correspondem à realidade. E, pior ainda, é tido como mau-caráter por pessoas que nunca sequer conversaram com ele, quanto mais conviver. Uma coisa maluca, pois o que mais salta aos olhos na convivência com Rogério Ceni é, justamente, seu caráter. Luiz Felipe Scolari tinha dúvidas a seu respeito antes da Copa de 2002. Sua convocação, justíssima, deu-se mais pela opinião dos demais membros da Comissão Técnica da Seleção. Ao final da Copa, ele confessou ter ficado admirado com o comportamento exemplar de Rogério e sua perfeita integração ao grupo de jogadores, destacando o excelente convívio entre Marcos, Dida e ele. Da mesma forma que Scolari, Parreira também gosta e admira essa faceta de Rogério, sempre participativo e colaborando ao máximo.

Para mim, Rogério Ceni é um dos melhores goleiros do mundo, não tanto por uma estonteante habilidade sob as traves, mas pelo conjunto de suas qualidades, onde defender bem é uma delas. As outras são a reposição de bola – ainda ontem, o goleiro titular do Real Madrid, Casillas, foi sofrível nesse quesito – e a habilidade e capacidade em jogar com os pés, exercendo muitas vezes a função de um verdadeiro líbero, auxiliando e desafogando a defesa quando pressionada pelo adversário. Nesse ponto, não há hoje no futebol mundial nenhum goleiro de destaque tão bom como ele.

E ainda por cima é um grande cobrador de faltas.

P.s.: confesso que não ia escrever a respeito, mas acabei fazendo por sugestão de algumas pessoas; a entrevista rendeu mais material do que aproveitei aqui, mas o texto ficaria ainda mais longo se usasse tudo.

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quarta-feira, novembro 01, 2006

Time de preferência dos brasileiros - Maio/06

Essa pesquisa passou despercebida na época, provavelmente em função da proximidade da Copa do Mundo. Apesar do tempo decorrido desde então, vale a pena vê-la, até para termos uma base para comparar com o próximo levantamento.


”A mais recente pesquisa do Datafolha sobre o time de futebol preferido dos brasileiros mostra empate: 15% se declaram torcedores do Flamengo e 13% dizem que seu time preferido é o Corinthians.

Em relação à pesquisa anterior sobre o tema, realizada em fevereiro deste ano, a preferência pelo Flamengo, que era de 17%, oscilou dois pontos percentuais para baixo. O Corinthians se manteve com o mesmo percentual obtido no levantamento anterior.


Os demais times também oscilaram dentro da margem de erro (2%) ou se mantiveram no mesmo patamar verificado em fevereiro.

O São
Paulo se manteve com 8% e o Palmeiras oscilou de 6% para 7%.

O Vasco oscilou de 5% para 4%, percentual idêntico obtido pelo Grêmio, que na pesquisa anterior obtinha 3%.

Santos, Cruzeiro e Internacional atingem 3%; o time do litoral paulista oscilou um ponto para baixo, a equipe mineira repete o mesmo percentual obtido anteriormente e os gaúchos oscilaram um ponto para cima.

Vêm a seguir Atlético-MG (2%), Fluminense, Botafogo-RJ e Bahia (1%, cada).

Citam outros times 9%. Dizem não ter um time de preferência 26%.

A seleção brasileira é citada como time de preferência por 3% dos entrevistados.

O Flamengo lidera sozinho no Nordeste, com 21%; o Corinthians tem 8% nessa região. Já no Sudeste, ocorre o inverso: o alvinegro paulista, com 18%, fica à frente do time carioca, que obtém 13%. Nas regiões Norte e Centro-Oeste o Flamengo atinge 19% e o Corinthians fica com 14%. No Sul, Grêmio (21%) e Internacional (19%) empatam.

A pesquisa permite a análise em separado dos resultados de três estados: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Em São Paulo, o Corinthians lidera, com 33% no estado como um todo. O time também é o líder na capital (34%), em outros municípios da Região Metropolitana (30%) e no interior (33%). O segundo time no coração dos paulistas é o São Paulo, que obtém 19%, chegando a 24% na capital. O Palmeiras obtém 12% no estado e chega a 15% na Região Metropolitana, capital excluída.


No Rio de Janeiro, o Flamengo obtém 43%, ficando bem à frente de Vasco (16%), Fluminense (10%) e Botafogo (7%).

Em Minas Gerais, o Cruzeiro bate o Atlético no estado como um todo (26% a 15%), mas verifica-se empate em Belo Horizonte (38% a 37%). No interior o Cruzeiro obtém 22%, e o Atlético, com 8%, fica numericamente atrás do Flamengo, que atinge 12%.

Faltando poucos dias para o início da Copa do Mundo na Alemanha, o interesse dos brasileiros pelo futebol aumentou um pouco em relação a Fevereiro: a taxa dos que dizem ter muito interesse pelo esporte subiu de 31% na pesquisa anterior para 35% no levantamento realizado nos dias 23 e 24 de maio. Inversamente, a taxa dos que dizem não ter qualquer interesse por futebol caiu de 35% para 31%, e a dos que dizem ter um pouco de interesse se manteve em 34%. A taxa dos que dizem ter muito interesse por futebol só não é maior do que a verificada em julho de 2002 (40%), pouco depois do Brasil ter conquistado o pentacampeonato disputado na Coréia e no Japão, e empata com a registrada em junho daquele ano (37%).

O Datafolha entrevistou 6.000 brasileiros, a partir dos 16 anos de idade, nos dias 23 e 24 de maio de 2006. A margem de erro máxima, para o total da amostra, é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.


São Paulo, 29 de maio de 2006.”

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Números absolutos

Considerando uma população em 2006 estimada pelo IBGE em 187 milhões de habitantes, esses percentuais dão-nos as seguintes projeções em milhões de torcedores:

Flamengo – 28

Corinthians – 24

São Paulo – 15

Palmeiras – 13

Vasco e Grêmio – 7,5 cada

Santos, Cruzeiro e Internacional – 5,6 cada

Atlético MG – 3,7

Botafogo, Fluminense e Bahia – 1,9 cada


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segunda-feira, outubro 30, 2006

Atualizações vazias


Estranhou o título?

Tem lá sua lógica, garanto.

Vou falar de Nilmar e TimeMania, assuntos já muito falados aqui nesse blog.

Vamos lá.


Nilmar

- segue em recuperação no Corinthians; o presidente do Lyon disse que vai leva-lo de volta, mas não sei se o seu treinador está ao par ou de acordo; afinal, Nilmar era o terceiro reserva e tudo que conseguirá num retorno será a mesma posição, onde Fred é o titular e voltará a ser depois de recuperado;

- o Internacional andou sonhando em tê-lo para a disputa do Mundial; má idéia, pelo custo, pelo impacto negativo junto ao grupo e, finalmente, pela inutilidade; com sorte e, acho eu, muita temeridade, Nilmar voltará a tocar na bola no final desse novembro; entre tocar na bola e estar em condições de disputar um Mundial nos primeiros dias de dezembro há uma distância e uma discrepância grandes demais;

- Orlando da Hora, procurador de Nilmar, anda dizendo a quem queira ouvir e a quem não queira, também, que no Corinthians ele não joga mais; diz que há interessados no jogador aqui no Brasil (só podem ser daqui, pois no exterior ele não tem mercado, pelo menos agora), mas os valores que passam por sua cabeça e pela de seu agenciado são fora de nossa realidade;

- nesse momento, e sujeito a chuvas & trovoadas, creio que Nilmar volta para o Lyon e para a reserva; se baixar o facho e a pedida, volta em fevereiro para disputar a Libertadores por um dos 6 times brasileiros;

- terminando: o presidente do Lyon anda soltando os cachorros na FIFA por conta dos 8 milhões de euros devidos pelo Corinthians (MSI); e já diz em alto e bom tom que FIFA e CBF são “amiguinhas” e se protegem.


TimeMania

- as autoridades oficiais e clubísticas andam apavoradas com a perspectiva da Justiça do Trabalho chamar para si toda a verba dessa loteria;

- mesmo que consigam uma regulamentação reservando x% para acertos trabalhistas, é certo que qualquer advogado conseguirá puxar para seu cliente a verba total;

- ao mesmo tempo, às autoridades fiscais do governo soa como profundamente desagradável qualquer tentativa de diminuir sua fatia nessa receita;

- ou seja, nada novo, ainda;

- alguns clubes, em dia com o Fisco, não querem participar da TimeMania se, para isso, tiverem de reconhecer, e aceitar, pendências em fase de julgamento; não são valores muito elevados, mas os clubes julgam que podem vencer suas demandas.


Portanto, no quartel de abrantes, continua tudo como dantes, sem futuro definido, seja do jogador, seja da loteria e dos clubes. Em matemática, conjunto vazio, mas atualizado.

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domingo, outubro 29, 2006

837 / 310 = 2,7

Mais uma rodada se foi. Restam somente 7, agora.

O número de gols caiu nessa rodada para apenas 25, ou 2,5 por jogo, mas a média de 2,7 gols por partida manteve-se inalterada. Portanto, mesmo com alguns times “negando fogo”, o campeonato continua interessante.

Se pensarmos nos belos gols presenciados, ele é mais que interessante.

Embora ainda restem 21 pontos em jogo, é muito provável que o título fique com o São Paulo mesmo, e o Santos ocupe a segunda ou terceira posição. Isso acontecendo, teremos, em 4 anos, 4 campeonatos, 4 diferentes campeões: Cruzeiro, Santos, Corinthians e, provavelmente, São Paulo. Mas não é esse o foco desse comentário e sim a presença de dois times entre os primeiros de forma consistente nesses anos: Santos e São Paulo. Outros times, como os campeões Cruzeiro e Corinthians, apresentaram fortes variações de comportamento, assim como o Palmeiras.

Essa inconstância de grandes clubes, associada à ausência de forças como Flamengo e Vasco, tem contribuído, creio eu, em boa parte com o descontentamento que muitos torcedores apresentam com o sistema de pontos corridos. Se essas equipes estivessem entre os ponteiros dos últimos anos, as disputas pelos títulos não teriam sido tão restritas a poucas equipes e não teríamos casos como Cruzeiro e São Paulo disparando na frente e reduzindo, na opinião da mídia, o interesse pelo campeonato.

Em 2007 Flamengo, Grêmio e talvez o Vasco, voltam à Libertadores. O Internacional estará presente uma vez mais, assim como São Paulo e Santos. Se essas seis equipes – reunindo sete títulos mundiais – formarem e mantiverem bons times para a disputa do BR 2007, teremos um campeonato em tudo diferente do atual, até porque é difícil pensar que Corinthians e Palmeiras apresentem-se tão negligentes, ou indigentes, como nessa temporada, e mais a presença dos Atléticos de Minas e Paraná.

A perspectiva, portanto, é uma competição imprevisível e carregada de altas doses de emoção.

Para que matar tudo isso com o retorno em 2008 das batidas e desacreditadas fórmulas mata-mata, que ora voltam à ordem do dia em discussões pela net e colocações sutis, ou nem tanto, em colunas de jornais?

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