Um Olhar Crônico Esportivo

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domingo, outubro 29, 2006

837 / 310 = 2,7

Mais uma rodada se foi. Restam somente 7, agora.

O número de gols caiu nessa rodada para apenas 25, ou 2,5 por jogo, mas a média de 2,7 gols por partida manteve-se inalterada. Portanto, mesmo com alguns times “negando fogo”, o campeonato continua interessante.

Se pensarmos nos belos gols presenciados, ele é mais que interessante.

Embora ainda restem 21 pontos em jogo, é muito provável que o título fique com o São Paulo mesmo, e o Santos ocupe a segunda ou terceira posição. Isso acontecendo, teremos, em 4 anos, 4 campeonatos, 4 diferentes campeões: Cruzeiro, Santos, Corinthians e, provavelmente, São Paulo. Mas não é esse o foco desse comentário e sim a presença de dois times entre os primeiros de forma consistente nesses anos: Santos e São Paulo. Outros times, como os campeões Cruzeiro e Corinthians, apresentaram fortes variações de comportamento, assim como o Palmeiras.

Essa inconstância de grandes clubes, associada à ausência de forças como Flamengo e Vasco, tem contribuído, creio eu, em boa parte com o descontentamento que muitos torcedores apresentam com o sistema de pontos corridos. Se essas equipes estivessem entre os ponteiros dos últimos anos, as disputas pelos títulos não teriam sido tão restritas a poucas equipes e não teríamos casos como Cruzeiro e São Paulo disparando na frente e reduzindo, na opinião da mídia, o interesse pelo campeonato.

Em 2007 Flamengo, Grêmio e talvez o Vasco, voltam à Libertadores. O Internacional estará presente uma vez mais, assim como São Paulo e Santos. Se essas seis equipes – reunindo sete títulos mundiais – formarem e mantiverem bons times para a disputa do BR 2007, teremos um campeonato em tudo diferente do atual, até porque é difícil pensar que Corinthians e Palmeiras apresentem-se tão negligentes, ou indigentes, como nessa temporada, e mais a presença dos Atléticos de Minas e Paraná.

A perspectiva, portanto, é uma competição imprevisível e carregada de altas doses de emoção.

Para que matar tudo isso com o retorno em 2008 das batidas e desacreditadas fórmulas mata-mata, que ora voltam à ordem do dia em discussões pela net e colocações sutis, ou nem tanto, em colunas de jornais?

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