Um Olhar Crônico Esportivo

Um espaço para textos e comentários sobre esportes.

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sábado, agosto 11, 2007

Comentários esparsos, mas importantes

Antes de mais nada, pessoal, fiquei onze dias sem conseguir acessar nada que tenha “blogspot” no endereço. Um mistério. Ou seja, sequer conseguir ver o que andei postando nos meus blogs, o que prejudicou, por exemplo, responder aos comentários. Não impossibilitou, claro, mas deixou mais difícil.

Gigi

Não uso acento. Já os temos em excesso na última flor do Lácio.

Sobre o futebol do passado e o do presente, ando pensando e pensativo.

A rigor não tenho grandes saudades do passado, exceto pelo fato de que tínhamos mais florestas. Fora isso, o passado é apenas um lugar para visitar, pegar alguns recuerdos e voltar rapidinho. O presente me satisfaz e o futuro me interessa.

Todo mundo idealiza o passado. Nele, Maradona foi um deus que nunca errou e nunca perdeu um jogo. Bullshit! Nem Pelé conseguiu isto! Como vivi a época de Pelé, Gerson, Rivelino, Tostão e outras feras, lembro com extrema clareza de como a imprensa e as torcidas eram impiedosas com eles. Hoje, são reverenciados como seres próximos da perfeição. Tirando Pelé, o resto é exagero, essa é a verdade. Então, em parte por isso, não acho o presente tão ruim. Não sinto falta de Kaká e Ronaldinho por aqui. Gostaria de tê-los, mas vivo bem sem eles. Continuo com preguiça de ir ao estádio, mesmo dispondo de algumas, digamos, regalias. Prefiro usufruir do dinheiro que pago e ver os jogos pela tv. Creio que esse ano irei ao Morumbi bem menos do que fui em 2006, muito menos do que fui em 2005.

O futebol de hoje tem diferenças marcantes em relação ao de outrora, portanto não cabe bem fazer comparações de qualidade. Muitas vezes, uma coisa não é melhor que outra, mas apenas diferente. E, também muitas vezes, somos reativos ao diferente, apegamo-nos demais ao que já conhecemos e gostamos.

Tudo isso para dizer que não acho o atual Campeonato Brasileiro nem pior, nem melhor que outros. Ah, mas não temos grandes jogadores resolvendo os jogos. Sim, é verdade, mas isso obriga as equipes a dependerem do coletivo ao invés da individualidade. Ah, mas o Pato foi embora sem ter jogado um Grenal! Bom, azar dele, então, mas sorte dele por ter ido. Dezessete anos e já está com a vida resolvida, e eu com o triplo da idade ainda estou penando. Hehehe

Reclamações demais, satisfações de menos. Tirar proveito do que tem pode ser visto como conformismo, mas também pode ser visto como sabedoria.

Prefiro pensar que é sabedoria.

Retranca?

Não, o São Paulo não joga na retranca, lamento discordar dos catedráticos.

O São Paulo tem excelentes atacantes, ao menos em tese, e é um time ofensivo que, no momento, passa por uma fase mais defensiva, enquanto a parte ofensiva do time está na oficina, em manutenção.

Peças importantes como Souza e Leandro não entraram bem em 2007. aloísio, jogador fundamental, sofreu com contusões seguidas e suspensões. Em seu melhor momento no ano, sofreu a contusão que o mantém fora do time até agora. Hugo entrou bem e logo depois desandou. Borges também sofreu com contusões seguidas e, finalmente, Dagoberto chegou, mas ainda não se encaixou a contento no time. E vice-versa.

Com essa somatória de problemas e probleminhas, o ataque deixou de render e o meio-campo também sofreu suas perdas, principalmente com Ilsinho em fase menos esplendorosa e já sentindo a mudança que afinal chegou, e, na esquerda, Junior com problemas de contrato e depois contusão. Jadilson desandou, para dizer o mínimo, e Jorge Wagner foi se ajustando, mas sem a fluência de Junior em 2006.

A defesa foi o único setor que se manteve firme e sem problemas, pois mesmo com contusões e suspensões, além de convocações, o setor tem quatro zagueiros de primeira linha, sem falar do eficiente Edcarlos. E Rogério atrás.

O que restou a Muricy, portanto, foi aproveitar essa base sólida e reforçá-la ainda mais, criando a ilusão de um time defensivo. Todavia, ao olhar as estatísticas do campeonato, até duas rodadas atrás o São Paulo era o segundo maior finalizador do campeonato, atrás apenas do Cruzeiro.

Mau finalizador, sem dúvida, mas só finaliza, bem ou mal, quem ataca.
E, para atacar, não dá para ficar atrás, na retranca.

Simples assim.


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quinta-feira, agosto 09, 2007

E as expectativas?

Pois é, e as expectativas?

Confesso que, no íntimo, esperava por um jogo mais bonito do que esse que fizeram Botafogo e São Paulo. Todavia, ao contrário de muitos torcedores e jornalistas, não coloco o jogo de ontem na lista dos feios porque nossos melhojres jogadores estão na Europa. Ate porque já nos cansamos de ver jogos feios entre grandes equipes européias, recheadas com o que de melhor produz o terceiro-mundo em matéria de pé-de-obra. Tivemos, isso sim, um jogo intensamente disputado onde ninguém quis ceder o mínimo espaço ao outro.

E jogar futebol sem espaço é coisa complicada.

Lentamente, estou começando a rever alguns conceitos que trago comigo há muitos anos, em relação ao futebol que vi nos anos setenta. E onde o futebol já começava a passar por uma transformação que, de certa forma, já permitia antever a realidade de hoje.

Os futebolistas são cada vez mais atletas e cada vez menos artistas, graças à evolução das diferentes ciências aplicadas ao dia-a-dia do futebol, principalmente a preparação física. A conseqüência direta disso é a diminuição dos espaços em campo, porque os jogadores correm mais e correm mais por mais tempo. Portanto, se tomarmos quatro fatores: espaço, tempo, velocidade e resistência, veremos que dois são imutáveis, o espaço de jogo e o tempo, e outros dois são variáveis e com valores crescentes, a velocidade e a resistência dos jogadores. Ora, isso leva, naturalmente, a um reforço, a uma maior marcação. O jogador habilidoso que recebe uma bola tem menos tempo e menos espaço para trabalhá-la.

A resposta a isso precisa ser dada pela tática e pelo aperfeiçoamento na troca de bolas. O problema é que esse aperfeiçoamento, buscado por todos, é alvo difícil de ser atingido. Ele pressupõe jogadores com grande consciência e obediência tática, o que vem com uma evolução no comportamento e formação dos jogadores e muito treinamento com equipes estáveis.

Opa!

Equipes estáveis?

Sim, não só estáveis como dispondo de alguns jogadores-chave capazes de dar fluência ao jogo. Justamente os jogadores que menos tempo permanecem numa equipe, indo embora do time e do país tão logo despontam.

Botafogo x São Paulo

Os dois times marcaram forte. O ataque botafoguense é hoje bem melhor que o tricolor, e tem como característica o toque envolvente e jogadas inteligentes feitas por jogadores habilidosos. Mas bateu na marcação são-paulina, muito difícil de ser ultrapassada. Alex Silva, Breno e Miranda são jogadores dotados de excelente técnica e naturalmente adaptados à zaga. Os três têm altura, melhorada com boa impulsão e ótima colocação, assim como têm porte físico e são velozes. Tecnicamente, o melhor deles ainda é Miranda, mas os outros dois ainda estão em evolução, pois são muito jovens para zagueiros – como, aliás, é jovem o próprio Miranda. A par disso, os volantes do São Paulo são excelentes marcadores e os atacantes têm sua parte nesse mérito, pois frequentemente atrasam, pelo menos, a saída de bola adversária, o que sempre dá tempo à defesa para se arrumar melhor. Por fim, e no fim, um goleiro raro. Definitivamente, Rogério Ceni não é um grande defensor de bolas. Ele é bom, pega bem, mas suas maiores qualidades são a visão do jogo, o comando da defesa, a colocação e a fantástica habilidade em jogar, e também defender, com os pés. Presta-se tanta atenção às suas cobranças de faltas e pênaltis que perde-se de vista o conjunto de suas qualidades. Assim, Dodô, André Lima e Jorge Henrique, mais Lúcio Flávio e Joilson, não conseguiram jogar o que habitualmente jogam.

O ataque tricolor, meias incluídos, não é ruim em tese, muito pelo contrário, até. Porém, por motivos vários, ainda não se acertou nessa temporada. Contusões, suspensões, má fase técnica, tudo se juntou e vem impedindo, sistematicamente, uma boa formação. Isso facilitou o trabalho da defesa botafoguense, incluindo aqui seus volantes. Tal como o São Paulo, o Botafogo também marcou forte e marcou mais adiantado em boa parte do jogo, reduzindo ainda mais os espaços. Isso obrigou o São Paulo a recorrer aos chutões da defesa para a frente, porque, por não ter meio-campistas habilidosos e em boa fase, e pela presença da marcação adiantada do adversário, não tinha como sair tocando a bola com passes bem executados.

O time da casa estava mais nervoso que o visitante, o que, num jogo importante, badalado e cercado de expectativas, é normal. Isso refletiu-se em atitudes mais ríspidas e em algumas faltas duras, fugindo à característica do time, que não joga tão duro, normalmente. Uma entrada dura e desnecessária de Luciano Almeida sobre Reasco provocou a fratura da tíbia da perna esquerda do jogador equatoriano, que pela primeira vez, assim como Breno e Borges, jogava no Maracanã. Triste estréia. A gravidade do lance só impactou o time do São Paulo no intervalo. O lance mais grotesco do jogo, sem dúvida, foi a falta, também desnecessária, de Túlio sobre Leandro, em outra zona “morta” do campo, tal como o local em que foi feita a falta sobre Reasco. Nesse segundo caso, o zagueiro Renato Silva já acompanhava Leandro, rente à lateral, de costas para a área, e Túlio precipitou-se, derrubando o atacante e passando por cima dele. No caminho, um chute com o pé esquerdo no rosto do atacante no chão e outro com o pé direito. Tudo isso a poucos metros do assistente e não muito distante do próprio árbitro, que sacou o cartão vermelho imediatamente. Fiquei surpreso com esse lance, pois considero Túlio um dos melhores jogadores do campeonato, volante excelente, e sobretudo por ele ser um cara inteligente e articulado. Mas ontem estava nervoso demais. Se foi ou não provocado por Leandro nem vem ao caso. Futebol é jogo cheio de provocações e catimba, desde os jogos nos “recreios” das escolas até as decisões de Copas do Mundo. Isso está no DNA desse esporte e um profissional aprende, antes de tudo, a não dar atenção a isso. Exceto quando há um quadro de nervosismo mal administrado.

E os gols?

Pois é, tivemos gols, nada menos que dois.

O primeiro foi feito pelo zagueiro Alex Sliva, que, como já disse, além de alto tem boa impulsão e venceu a marcação do bom zagueiro Juninho, cabeceando a bola em cobrança de escanteio de Jorge Wagner.

O segundo nasceu de uma roubada de bola de Junior, numa má saída do Botafogo. Na seqüência, com a defesa desarrumada, a bola chegou a Leandro que chutou cruzado da entrada da área. Muitos dizem que Junior cometeu falta ao roubar a bola. Outros tantos dizem que a jogada foi legal. Por tudo que eu vi, fiquei com a impressão de jogada legal, com o lateral pegando a bola e ocorrendo o choque, na seqüência, com o zagueiro. O árbitro, a poucos passos, considerou normal.


O árbitro...

De maneira geral foi bem. Nada a destacar, exceto por esse lance do qual nasceu o segundo gol. Mas se parte dos críticos tem dúvidas a respeito, fica difícil acusar o árbitro de alguma coisa. Nesse ponto, aliás, houve um toque nítido de braço na bola na área botafoguense que ele sinalizou como não-intencional. Se fosse o caso de “querer errar”, teria sido fácil marcar pênalti no lance, ao invés de mandar seguir. Quanto à expulsão... O lance foi tão grotesco que nem merece comentários. O cartão vermelho nem pode ser chamado de justo, e sim de automático.

E agora?

Agora é tocar em frente.

Cabe ao São Paulo não se iludir e trocar as chuteiras por saltos altos.

Cabe ao Botafogo dar seqüência ao excelente trabalho feito até aqui.

Ainda restam 20 rodadas, 20 jogos para cada time.

É muito campeonato pela frente.

Nada está decidido.

Mas...

Mas é muito difícil cachorro grande largar um osso saboroso que já está em sua boca.




Scout Um Olhar Crônico Esportivo

Faltas


O São Paulo cometeu um total de 23 faltas – 10 no 1º tempo e 13 no 2º tempo, assim distribuídas:

6 na Defesa

11 no Meio

6 no Ataque

O Botafogo cometeu 21 faltas no total, das quais 9 no 1º tempo e 12 no 2º tempo, assim distribuídas:

4 na Defesa

12 no Meio

5 no Ataque


As faltas do São Paulo foram cometidas por:


Jorge Wagner – 4

Hernanes – 4

Borges – 3

Leandro – 3

Miranda – 2

Josué – 2

Alex Silva, Richarlyson, Dagoberto – 1 cada

Não identifiquei os autores de 2 faltas

Faltas cometidas pelo Botafogo:
André Lima - 3
Dodô - 3
Leandro Guerreiro - 3
Túlio - 3
Luciano Almeida - 2
Joilson - 1
Não identifiquei os autores de 6 faltas.


Escanteios


5 para o São Paulo e 3 para o Botafogo

Finalizações


12 para o Botafogo e 8 para o São Paulo

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quarta-feira, agosto 08, 2007

Ronaldo versus Ricardo

Ronaldo é um dos melhores jogadores que já vi em atividade. Mas tem pouco a ver com grandes atacantes do passado, ele é moderno, é do final do século XX e começo do século XXI. Independentemente de seu grande futebol, admiro em Ronaldo sua persistência, seu esforço, sua dedicação para voltar a jogar futebol em alto, altíssimo nível. Ele foi o maior jogador da Copa do Mundo de 2002 disparado. A eleição do goleiro alemão foi patética, não pelos gols tomados de Ronaldo na grande final, mas simplesmente porque é incompreensível que alguém em sã consciência pudesse não votar em Ronaldo como o melhor jogador da Copa. Bom, vá lá, talvez em Rivaldo, quem sabe, mesmo assim...

Falar de seu futebol é desnecessário, seja aqui ou num blog nepalês. Ronaldo é Ronaldo e ponto.

E hoje ele rebateu recentes declarações de Ricardo.

Ricardo? Qual Ricardo?

Ah, é verdade, esse um precisa ser apresentado: Ricardo Teixeira, presidente hereditário e semi-eterno da Confederação Brasileira de Futebol. Esse mesmo que você está pensando.

Pois é... Então, esse Ricardo soltou algumas frases num jantar com jornalistas e jogou sobre os ombros dos jogadores a responsabilidade sobre a campanha vergonhosa na Alemanha em 2006. Frases soltas, insinuações, no names, please. Naturalmente, os holofotes voltaram-se para Ronaldo, até porque o tal Ricardo falou de seu peso.

Então, Ricardo, ou melhor, Dr. Ricardo, que é como os sevandijas costumam tratá-lo, quer dizer que sua fantástica Comissão Técnica, dona de salários inimagináveis para comuns mortais, não tem responsabilidade, é isso? Ora, ora, ora, lá estavam Parreira, Zagallo, Américo Faria, Moracy e mais um monte de gente. A pequenina e simpática Weggis foi transformada num happening, num quase Woodstock da nova era, só que futebolístico. Beldades brasilianas, as mesmas de sempre, circulavam com os seios, os mesmos de sempre, à mostra. O campo era invadido. Ingressos eram vendidos. Dinheiro grosso circulava. Uma grande equipe de vídeo acompanhava a intimidade da seleção minuto a minuto, dividindo o hotel, o refeitório, o banheiro, tudo enfim, todo o tempo, gravando as cenas para o vídeo apoteótico do hexa. E muito mais...

Então, Dr. Ricardo, como dizem seus borra-botas, nada disso tudo influiu, mas o peso do Ronaldo e uma eventual chegada de madrugada num dia de folga foram decisivos para o fracasso?

Ah, por favor, fala sério. Poupe meus ouvidos de tamanha lavoura de abobrinhas.

Já ia esquecendo: uma de suas abóboras foi dizer que a seleção precisa encontrar um “novo Ronaldo” para 2010. Como para bom entendedor meia palavra basta, isso significa que o mui ilustre presidente da cbf descartou Ronaldo na seleção brasileira. Coisa perigosa essa, Ricardo, digo, Dr. Ricardo.

Ronaldo é Ronaldo e eu acredito mais nele do que num burocrata desconhecido e estranho ao mundo do futebol.

Por isso, fico com as palavras que ele disse na Itália:

"Minha volta dependerá também daquele presidente (Ricardo Teixeira) entender que não é sua Seleção. A Seleção Brasileira é do povo que dela tira felicidade e orgulho. Se os torcedores me quiserem, para eles estarei sempre disponível", disse Ronaldo, em declaração reproduzida pela imprensa italiana.”

É isso. Eu fico do lado de Ronaldo.

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Alta expectativa

Alta expectativa

Essa quarta-feira amanheceu um pouco diferente.

Um dia útil a mais, claro, bem no meio da semana.

Nas brincadeiras, é o dia em que o humor tenebroso da segunda e chato da terça, dá lugar a um humor nem sim nem não. Claro, porque amanhã já será a quinta, véspera da gloriosa sexta-feira.

Mas hoje é quarta, o dia do humor nem sim nem não, certo?

Nem sim, nem não (agora com vírgula).

Hoje é dia de grande jogo. Dia de jogão. Não será no Morumbi, como estamos acostumados, mas será num palco ainda mais fantástico, por ter muitos anos a mais de história, o Maracanã.


Botafogo x São Paulo


Quem é favorito?

Quem vence?

Quem está melhor?

Qualquer resposta é válida e verdadeira.

Se um alvinegro bater no peito e gritar “Fogão vencerá!”, estará certo.

Se um são-paulino bater no peito e berrar “Vai Tricolor!”, estará certo, também.

O crítico pode dizer qualquer coisa e estará certo.

Porque é um jogo imprevisível, ou seja, poderemos ter qualquer resultado.

Inegavelmente, estarão em campo os dois melhores times do Brasil, nesse momento. E como todo mundo já disse, vou repetir: o Botafogo joga mais bonito, o São Paulo joga mais competitivamente. Os dois jogam bem, cada um ao seu jeito e estilo.

Essas horas que antecedem um grande jogo são demoradas.

Os sessenta minutos parecem durar cento e vinte, às vezes cento e oitenta.

A televisão só fala nisso.

A mesma coisa nas rádios.

Jornais e internets, então...

E o tempo não passa.

As discussões virtuais crescem, esquemas de jogo são armados e demonstrados, qualidades e defeitos levados às alturas e às “baixuras”, o telefone toca e ao invés de uma conversa sobre serviço, é sobre o jogo.

Arre! Quero trabalhar para o tempo passar mais depressa!

:o)


Post scriptum:

E, imaginem, o jogo nada decide!
Depois dele, cada time ainda terá 20 jogos até o final do campeonato.
Viva o Campeonato por Pontos Corridos!


Post scriptum II:

Dinarte, prazer em tê-lo a bordo.
Esqueci de citar, mas copiei o anúncio do cervejeiro do Barão.
:o)


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Emprego dos Sonhos...

... de muita gente.



Não é o meu caso, da cerveja gosto apenas e tão somente do primeiro copo e nada mais. E um copo desses a cada quatro ou cinco meses já está bom demais.

Portanto, não sou candidato a esse emprego. Quem quiser que entre na fila.

:o)


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terça-feira, agosto 07, 2007

Foto da bandeirinha que não saiu na Playboy

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Quando vi essa foto não resisti.


Soube, na hora, que tinha que postá-la aqui, no Um Olhar Crônico Esportivo.
Mesmo que isso viesse a desagradar gregos, troianos e a Liga das Senhoras Católicas.
Não importa.
Essa foto não poderia ficar fora desse blog.

:o)

Obrigado ao César Feitoza, que publicou-a na lista SPNet.
O que é bom a gente copia.
hehehehe


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domingo, agosto 05, 2007

Assim se faz futebol no Brasil

(Matéria publicada no O Estado de S.Paulo, em 4 de agosto de 2007.)




Nada de perdão para jogador do Juventude

Alex Alves recorreu da punição por uso de inibidor de apetite. Perdeu

Almir Leite

O Juventude está na zona de rebaixamento, tem um dos ataques menos efetivos do Campeonato Brasileiro, mas daqui a 19 dias as coisas poderão começar a melhorar. No dia 23 termina a suspensão por doping de Alex Alves e o clube de Caxias do Sul terá o direito de escalar novamente seu atacante. Alex pegou com 120 dias por ter testado positivo para sibutramina, um controlador de apetite. Como Dodô, inicialmente punido por uso de femproporex, também um inibidor de apetite. Alex recorreu ao STJD. Como Dodô. Mas o artilheiro do Juventude não teve a mesma sorte do artilheiro do Botafogo. Sua suspensão foi mantida.

O curioso é que Alex Alves faz parte de um grupo de jogadores pegos no antidoping nos últimos meses por consumir um suplemento alimentar que continha sibutramina por erro do laboratório que produziu o produto (e que acabou descredenciado pela Anvisa). Dois deles, Fininho e Adans, do Veranópolis gaúcho, foram absolvidos. Mas Alex e Walker, pego quando jogava pelo Náutico - e atualmente desempregado -, tiveram de pagar 120 dias.

Alex foi condenado em duas instâncias no tribunal da Federação Gaúcha (o doping ocorreu em jogo do Estadual) e no dia 12 de julho teve a pena mantida pelo Pleno do STJD - o mesmo que anteontem perdoou Dodô. “É tudo muito estranho’’, disse ao Estado o presidente do Juventude, Iguatemy Ferreira Filho. “De um lado tem o Botafogo e o Rio; do outro, Juventude e Caxias do Sul. Bem, é fácil de entender. Só posso supor que foi uma decisão política (a absolvição de Dodô).’’

Claro que fatores como a atuação dos advogados também contam - o próprio Alex Alves, não localizado ontem, já andou reclamando a atuação do clube. Mas Ferreira Filho vê só um motivo para a manutenção da pena de seu jogador e o perdão ao botafoguense. “O tribunal usa dois pesos e duas medidas’’, critica o dirigente. “No julgamento do Dodô, três auditores eram torcedores do Botafogo. Fica bem complicado.’’

A revolta de Ferreira Filho é maior porque nem o pedido para transformar parte da pena de Alex (60 dias) em pagamento de cestas básicas, como em outros casos, foi atendido. “Nem analisaram. É assim que se faz futebol no Brasil.’’


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