Timemania mudará em 2010
Vamos relembrar algumas regras da Timemania, antes de falar sobre essa mudança e a importância do marketing de cada time para garantir sua renda ou mudar de grupo, para cima ou para baixo.
A divisão do bolo total apostado será feita da seguinte forma:
- 46% para os prêmios;
- 22% para os clubes participantes;
- 20% para custeio e manutenção do serviço;
- 3% para o Ministério do Esporte;
- 3% para o Fundo Penitenciário Nacional – FUNPEN;
- 3% para o Fundo Nacional de Saúde;
- 2% para finalidades diversas previstas em leis;
- 1% para a securidade social.
O total de 22% destinado aos clubes será dividido em duas partes: 2% para a categoria “Time do Coração” e 20% para distribuição direta entre os 80 clubes participantes, divididos em 4 grandes grupos.
Grupo I – os 20 times que estão na Série A do Campeonato Brasileiro.
Grupo II – os 20 times que estão na Série B do Campeonato Brasileiro.
Grupos III e IV – clubes participantes da série C e outros, selecionados a partir de critérios técnicos e mercadológicos.
Essa parcela de 20% do bolo total terá a seguinte divisão:
- 65% para os clubes do Grupo I;
- 25% para os clubes do Grupo II;
- 10% para os clubes dos Grupos III e IV.
“Time do Coração” – ao fazer seu prognóstico, o apostador poderá identificar o seu “time do coração”. O valor total desses dois por cento, será dividido entre todos os participantes dos Grupos I, II e III, de acordo com o percentual de preferência como “time do coraçao”, premiando, assim, os times que tiverem mais torcedores apostando. Alguns times receberão, portanto, valores bem razoáveis, enquanto outros receberão quantias irrisórias. A cada um conforme o peso de sua torcida entre os apostadores.
Essa é a distribuição básica dos recursos.
Agora, porém, surgiu um fato novo na Timemania, desconhecido ou pouco entendido pela maioria dos participantes: “A partir de
Essa medida, quase com certeza, será muito benéfica para times de grandes torcidas como Bahia, Vitória, Remo, Paysandu e alguns outros, que estão na segunda e até na terceira divisão. Por outro lado, já se configura ameaçadora para muitas equipes que hoje estão na primeira divisão, mas têm torcidas pequenas. Para esses times, principalmente, haverá a necessidade de trabalhar muito bem sua imagem, buscando ampliar sua presença entre os vinte times mais apostados.
João Gonçalves Filho, vice-presidente financeiro do Figueirense, queixou-se dessa regra, até então desconhecida, pois imaginava, como todos os demais, que os grupos da CEF seriam sempre formados pelos participantes das séries A e B do Campeonato Brasileiro. Diante da mudança, ele disse que agora será preciso estudar maneiras de aumentar a força e presença do Figueirense em todo o estado de Santa Catarina, deixando de ficar restrito apenas à região da capital, Florianópolis.
Somente ter torcida grande não será suficiente, se o time se arrastar em campo e os recursos forem administrados como vêm sendo há muito tempo, na maioria dos clubes. Haverá necessidade de trabalho inteligente, sério e planejado, tanto a curto como a médio e longo prazo, mantendo a torcida junto ao time, de fato. Podemos chamar a isso de fidelização do cliente.
Tratar o torcedor como cliente?
Que loucura...
Será?
.
Marcadores: Marketing e Dinheiro, TimeMania
1 Comments:
At 2:02 PM, Anônimo said…
Emerson, boa tarde.
Ótimo texto, abrangendo, mais uma vez, assuntos poucos explorados pela mídia convencional.
Sobre a questão da configuração dos grupos a partir do time dos apostadores, sou contra. Entendo, que mesmos os pequenos/médios fazendo campanhas de marketing ou melhorando a Gestão do clube, não se conseguirá competir com as grandes torcidas.
A meu ver, o número de apostadores, dentro de um intervalo considerável, será fixo e como o apostador não muda de time, a participação dos times também será fixa. Sendo assim, seria muito possível um clube passar por um caos administrativo e mesmo assim ser premiado com as maiores receitas do Timemania.
Claro que o time que mais leva apostadores para a loteria deveria ter um benefício em detrimento aos demais, no entanto, o Timemania, que deveria ser uma forma de direcionar os clubes para administrações mais sustentáveis, não cria nenhum incentivo a melhores gestões quando não leva em conta, como deveria, o critério técnico.
Abraço
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