Cooperativa de Árbitros e Aula de Arbitragem
Cooperativa dos Árbitros
No último dia 4, quinta-feira, foi lançada na sede da Federação Paulista de Futebol a COAFESP – Cooperativa de Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo.
A entidade é presidida por Silas Santana e congrega todos os 534 árbitros filiados à FPF.
Para os árbitros, a Cooperativa será importante em vários aspectos, entre os mais importantes eles próprios destacam:
- seguro de vida;
- plano de saúde, extensivo aos familiares;
- plano de previdência;
- convênio com universidade.
Além desses pontos, todos relacionados com a segurança do árbitro e respaldo para sua família, a COAFESP também irá encarregar-se de receber as taxas de arbitragem e repassá-las, de imediato, para os destinatários.
“...para os árbitros, o primeiro resultado real será na hora de receber as taxas de arbitragem. Atualmente, demoram cerca de um mês para receber a quantia que é de direito após cada partida. Com a intermediação da Coafesp, o repasse será imediato. “É um sonho nosso e só depende da gente para dar tudo certo”, afirmou a tesoureira do órgão e árbitra assistente Aline Lopes Lambert.”
A primeira assembléia contou com a presença de 55 dos 534 árbitros filiados.
(Fonte: matéria no site do Sindicato dos Árbitros do Estado de São Paulo e conversa pessoal do editor do Um Olhar Crônico Esportivo com Roberto Perassi, diretor da Escola de Arbitragem Flávio Iazetti, da Federação Paulista de Futebol.)
Tive o prazer de assistir uma palestra-aula sobre arbitragem do Perassi. Fiquei impressionado e tomei a decisão de fazer um curso mais profundo sobre arbitragem. Não o da Federação, claro, que demora muitos meses e é destinado a quem vai, de fato, arbitrar jogos. Por isso, tem restrições físicas e etárias, naturalmente. Mas farei um curso mais simples, com o objetivo de entender mais e melhor o que se passa num campo de jogo.
Ao final de sua palestra, o Perassi mostrou um teste da FIFA com 24 situações de jogo,todas das Copas 2006 e 2002. Bom, vendo as imagens gravadas em plano aberto, e depois em plano fechado – o luxuoso auxílio de uma poderosa lente com não menos poderoso zoom – e ainda tendo o fantástico tempo de cinco a seis segundos para decidir e depois escrever (o árbitro, num jogo, tem que decidir em menos de um segundo, ou seja, a decisão tem que ser quase instantânea, coisa que a quase totalidade dos críticos não leva em consideração), errei uma interpretação (foi falta penal e não achei falta) e 3 interpretações entre tiro livre direto e indireto. Se no aspecto técnico fui bem, para um leigo, e já sabendo de antemão que a maioria dos lances seriam mesmo faltosos, bastando prestar atenção às duas imagens, no aspecto disciplinar fui muito mal: de vinte e duas situações passiveis de penalização com cartões, acertei exatamente a metade: onze. Dei vermelho onde era amarelo e amarelo onde era vermelho, além de não dar cartão amarelo onde era pra dar e dar um amarelo onde não era necessário.
Olhem, a coisa é braba, e isso porque eu estava tranqüilo, sem pressões, sem desconforto, sem correr no sol ou na chuva ou no frio, vendo a imagem e depois sua repetição “de pertinho” e em slow motion, ainda por cima. Claro, nunca estudei arbitragem, nunca fui treinado, nunca fui árbitro, mas, assim mesmo, deu para sentir que o negócio é complicado demais, muito difícil.
Tudo, praticamente, depende de interpretação.
Voltarei ao assunto mais pra frente.
Marcadores: Arbitragem
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