Um Olhar Crônico Esportivo

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domingo, outubro 07, 2007

Cooperativa de Árbitros e Aula de Arbitragem



Cooperativa dos Árbitros

No último dia 4, quinta-feira, foi lançada na sede da Federação Paulista de Futebol a COAFESP – Cooperativa de Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo.

A entidade é presidida por Silas Santana e congrega todos os 534 árbitros filiados à FPF.

Para os árbitros, a Cooperativa será importante em vários aspectos, entre os mais importantes eles próprios destacam:

- seguro de vida;

- plano de saúde, extensivo aos familiares;

- plano de previdência;

- convênio com universidade.

Além desses pontos, todos relacionados com a segurança do árbitro e respaldo para sua família, a COAFESP também irá encarregar-se de receber as taxas de arbitragem e repassá-las, de imediato, para os destinatários.

“...para os árbitros, o primeiro resultado real será na hora de receber as taxas de arbitragem. Atualmente, demoram cerca de um mês para receber a quantia que é de direito após cada partida. Com a intermediação da Coafesp, o repasse será imediato. “É um sonho nosso e só depende da gente para dar tudo certo”, afirmou a tesoureira do órgão e árbitra assistente Aline Lopes Lambert.”

A primeira assembléia contou com a presença de 55 dos 534 árbitros filiados.

(Fonte: matéria no site do Sindicato dos Árbitros do Estado de São Paulo e conversa pessoal do editor do Um Olhar Crônico Esportivo com Roberto Perassi, diretor da Escola de Arbitragem Flávio Iazetti, da Federação Paulista de Futebol.)

Comentário rápido sobre uma aula de arbitragem

Tive o prazer de assistir uma palestra-aula sobre arbitragem do Perassi. Fiquei impressionado e tomei a decisão de fazer um curso mais profundo sobre arbitragem. Não o da Federação, claro, que demora muitos meses e é destinado a quem vai, de fato, arbitrar jogos. Por isso, tem restrições físicas e etárias, naturalmente. Mas farei um curso mais simples, com o objetivo de entender mais e melhor o que se passa num campo de jogo.

Ao final de sua palestra, o Perassi mostrou um teste da FIFA com 24 situações de jogo,todas das Copas 2006 e 2002. Bom, vendo as imagens gravadas em plano aberto, e depois em plano fechado – o luxuoso auxílio de uma poderosa lente com não menos poderoso zoom – e ainda tendo o fantástico tempo de cinco a seis segundos para decidir e depois escrever (o árbitro, num jogo, tem que decidir em menos de um segundo, ou seja, a decisão tem que ser quase instantânea, coisa que a quase totalidade dos críticos não leva em consideração), errei uma interpretação (foi falta penal e não achei falta) e 3 interpretações entre tiro livre direto e indireto. Se no aspecto técnico fui bem, para um leigo, e já sabendo de antemão que a maioria dos lances seriam mesmo faltosos, bastando prestar atenção às duas imagens, no aspecto disciplinar fui muito mal: de vinte e duas situações passiveis de penalização com cartões, acertei exatamente a metade: onze. Dei vermelho onde era amarelo e amarelo onde era vermelho, além de não dar cartão amarelo onde era pra dar e dar um amarelo onde não era necessário.

Olhem, a coisa é braba, e isso porque eu estava tranqüilo, sem pressões, sem desconforto, sem correr no sol ou na chuva ou no frio, vendo a imagem e depois sua repetição “de pertinho” e em slow motion, ainda por cima. Claro, nunca estudei arbitragem, nunca fui treinado, nunca fui árbitro, mas, assim mesmo, deu para sentir que o negócio é complicado demais, muito difícil.

Tudo, praticamente, depende de interpretação.

Voltarei ao assunto mais pra frente.

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