A Caravela vascaína começa a navegar
O primeiro bom fruto da gestão Dinamite no Vasco: o clube rescindiu seu contrato com a Reebok e assinou com a Champs.
Rescisão amigável, dentro das normas contratuais, de acordo com as quais a ainda fornecedora de material esportivo receberá uma indenização de 750.000 reais e terá um prazo de noventa dias para a venda dos estoques a partir do final do contrato.
Pelas informações de mercado, a Reebok pagava ao Vasco 3,5 milhões de reais por ano, pouco menos de 300.000 mensais.
O contrato com a Champs terá duração de 42 meses – três anos e meio, uma duração um pouco estranha, cuja razão não foi explicada – e um valor total de R$ 21.252.000,00 o que significa 506 mil reais por mês. Uma parte desse valor será na forma de materiais esportivos e outra parte em dinheiro. Embora não detalhado, o clube certamente receberá royalties sobre as vendas. Um bom contrato, sem a menor dúvida, assinado num momento em que o clube não está bem no principal campeonato que disputa. Um ponto positivo para a Champs, pensando em custos – um Vasco na ponta de cima da tabela custaria muito mais caro – e pensando, também, na ligação com o torcedor, que vai lembrar desse fato e ter uma boa imagem da empresa. Afinal, é na hora da necessidade que os verdadeiros amigos aparecem, não é verdade? Para o Vasco esse contrato é excelente, nem tanto pelos valores, que não são ruins, mas seriam melhores em outras circunstâncias, mas principalmente pelo impacto positivo sobre a torcida e o próprio pessoal interno, pois, apesar das dificuldades de momento, uma empresa grande e forte acredita no potencial e na capacidade de recuperação da instituição.
Como diz a propaganda do cartão de crédito, isso não tem preço.
Um ponto muito positivo levantado pelo vice de marketing, José Henrique Coelho, profissional elogiado por quem está no mercado, como por sinal foi dito neste Olhar Crônico Esportivo, será o lançamento de uma camisa oficial do clube de baixo valor de venda – cerca de R$ 40,00 – o que, certamente, permitirá ao torcedor de baixa renda comprar orgulhosamente um produto oficial e dessa forma contribuir com seu clube do coração.
Está nos planos, também, a criação de um terceiro uniforme a partir de campanha entre os torcedores pela internet, para a escolha do modelo. Atualmente, segundo Coelho, o Vasco vende 220.000 camisas por ano e a meta é aumentar muito esse número.
Voltando ao começo desse post: o destaque dado à forma amigável e comercialmente correta com que efetuou-se a rescisão do contrato, é ainda mais importante quando olhamos “fantasmas” do passado que atrapalham o presente: o clube enfrenta ações judiciais movidas por três antigos fornecedores de materiais esportivos: Penalty, Kappa e Umbro.
A Caravela vascaína começa a navegar e, ao que tudo indica, com boa direção e rumo certo.
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