Decembrinas...
Me perdoa Gabiru
Esse blog volta ao Gabiru, personagem do dia 2 de maio aqui mesmo, nesse Olhar Crônico Esportivo.
Naquele texto, falava da paixão arrependida da torcida colorada pelo jogador tão execrado, mas herói definitivo e perpétuo da maior conquista do time gaúcho, o título de Campeão Mundial de 2006. Foi dele o gol que colocou o Internacional na história do futebol pela porta maior dos vencedores. Dia 2 de maio foi o dia em que Gabiru foi afastado do Internacional. Não servia para os novos tempos e planos.
Agora, para minha tristeza, eu que não sou colorado e nada tenho a ver com o Gabiru, leio que ele não foi convidado para a festa de lançamento do filme “Gigante”, que conta e glorifica a história do título. Tampouco recebeu um dvd como presente.
Muito triste. Não bastasse a demissão, o esquecimento.
Que a direção do Internacional pegue o canto da torcida e, contrita e em fila, cante para ele no Salgado Filho:
“Uh uh uh,
Nos perdoe,Gabiru!”
Será justo, será muito justo, será justíssimo.
Salários: saber ou não?
Deve o torcedor saber quanto ganha um jogador ou o técnico de seu time?
Por exemplo, deve o corintiano saber se Mano Meneses ganha duzentos mil ou trezentos e sessenta mil, a lenda que se consolida nos corações e mentes?
Muita gente diz que não, o torcedor não deve saber, isso é assunto entre o empregador e o empregado. Acrescento eu a Receita Federal, onipresente e toda poderosa.
Mas...
O empregador é o clube, é certo, mas não é o torcedor o financiador e verdadeiro patrão de todos no clube? Ora, não é o torcedor que com seu pacote de pay-per-view, com sua audiência fiel aos jogos noturnos ou vespertinos, com suas compras de camisas, chaveiros e badulaques outros licenciados pelo clube e com sua contribuição na bilheteria que sustenta o clube e paga os salários de todos que lá trabalham?
Sim, é o torcedor o autor, o agente ativo, o responsável por tudo isso. Logo, por que não deve ele saber quanto está pagando a cada um de seus funcionários?
Ah, mas tem a segurança, nos dias que correm é perigoso divulgar o quanto ganha uma pessoa, só serve para atrair a atenção dos bandidos.
Hummmmmmmmmm...
Há controvérsias, há controvérsias. Bandido sabe muito bem quem tem e quem não tem grana, mesmo porque suas fontes não são colunistas desinformados e sim parentes e amigos muito bem informados. Esse é o melhor caminho e o mais utilizado, não matérias de jornais, revistas, sites e emissoras de rádio e televisão, nas quais os números são meras fantasias, quer para cima, quer para baixo.
Isto posto, por que, então, não saber quanto ganham atletas e treinadores?
Fonte Nova
Sete mortos e ninguém punido.
Infelizmente, não acredito que esse quadro vá mudar.
Sua primeira parte, infelizmente, jamais mudará. Não tem volta.
Quanto à segunda parte...
Apesar do discurso do governador de demolir a irrecuperável Fonte Nova, o Bahia já está pensando em voltar a jogar lá, usando apenas o anel inferior.
Tem lógica. Como deve estar no mesmo estado de podridão do anel superior, fica o consolo do tombo ser menor ou nem haver tombo.
Eu não duvido de mais nada.
Post Scriptum para Gabiru
O Presidente do Internacional, Vitorio Piffero, garantiu na noite de quinta-feira que Adriano Gabiru estará presente à festa pela conquista do título mundial. Disse que deve ter havido uma troca de telefones e ele não foi avisado logo de início.
Ok. Meno male.
Gabiru merece.
Herói é herói, mesmo que por um só minuto, afinal, para fazer história não se precisa de mais do que cinco ou dez segundos.
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