Feliz Natal!
Ontem, às 22:20, começou o verão.
Mero formalismo, já que nos termômetros ele começou faz tempo.
Com o começo oficial do verão o ano termina. Antes dessa passagem emblemática, porém, temos outra, que é a chegada do Natal.
Quando criança, era uma época mágica. Passávamos o ano inteiro à espera dessa data e tudo que se relaciona a ela: castanhas, nozes, panetones e presentes. A vida era simples na nossa ótica infantil, e mais simples ainda naqueles tempos distantes em que internet, por exemplo, não existia nem na ficção cientifica. Computador era chamado de cérebro eletrônico e também não existia, era coisa de livrinho de ficção científica. Sim, telefone já existia, por favor, né? Mas eram poucos e privilégios das boas casas comerciais e das famílias da elite econômica ou social (todo mundo sabe que essas elites nem sempre coabitam), sem falar que uma ligação para outra cidade era feita via telefonista. No decorrer de meados dos 70, impressionei-me com uma matéria em revista científica, dizendo que, caso o sistema telefônico americano ainda dependesse das telefonistas de outrora, sua operação precisaria de mais de 20 milhões de operators nos horários de pico. Santo computador!
O Natal tinha, também, aquele negócio bom de famílias reunidas e boas comidas, além de relativa abundância de refrigerantes. Lembro-me que sempre checava o estoque de vasilhames para guaraná e coca-cola, cuidando para que nenhum se quebrasse e reduzisse o abastecimento de tão preciosos líquidos.
Observação para as novas gerações: vasilhame era o nome dado às garrafas de qualquer coisa que precisavam voltar ao comércio e à indústria quando comprávamos novas unidades. hoje está voltando à moda e à prática do dia-a-dia em países pobres e atrasados, como a Alemanha. Nos países ricos e desenvolvidos, como é, felizmente, nosso caso, compramos tudo novo e jogamos tudo que é usado no lixo.
De volta ao Natal. Com o tempo, a gente cresce, vira adulto e aprende que Natal é mais que uma festa para ganhar presentes, comer e beber bem. Natal é confraternização, é boa vontade, é amor, é tudo isso que a gente vê nos anúncios e desejamos uns aos outros.
No que me diz respeito, desejo a todos vocês um
Feliz Natal, pleno de harmonia e amor.
E cheio de boas comidas, boas bebidas, boas risadas e também presentes, dados de coração, quando todos são bons e belos.
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