Que vergonha...
Gosto da Copa Libertadores.
Paixão antiga, começou no distante 74, quando o São Paulo ficou com o vice-campeonato. No decorrer desses anos vi inúmeros jogos por essa competição, muitos deles ao vivo, muitos de outros times que não o São Paulo. Acostumei-me, e me penitencio por isso, às cenas de pedradas, arbitragens inomináveis, pressões, lixo no gramado, violência em campo, etc.
Todavia, nos últimos anos a UEFA Champions League passou a fazer parte do nosso dia-a-dia. Hoje, chego a mudar reuniões e atividades para ter o final de tarde livre e assistir a algum confronto da Champions. Às vezes não vale a pena, mas geralmente vale, até porque escolho a dedo o que vou assistir. Gosto da organização, gosto do hino, gosto dos gramados e dos estádios, gosto até de alguns times. A Champions League, agora, é o meu parâmetro para competições continentais.
A Copa Santander Libertadores de América é uma competição continental. É transmitida para dezenas de países. Compactos dos jogos são apresentados em quase todos os países em que o futebol tem importância. A Libertadores é a cara de nossa Latino América, particularmente da América do Sul. Infelizmente, mostramos ao mundo e a nós mesmos, a nossa pior cara, a nossa cara mais feia e lamentável.
Uma cara que nos envergonha.
Em Medellín, na Colômbia, Jorge Wagner não conseguiu cobrar escanteio direito. Pedras e outros objetos foram atirados contra ele em todas as cobranças. Para poder fazer a jogada, policiais eram obrigados a postar-se atrás deles com os escudos erguidos. Tal e qual nos velhos filmes de Hollywood retratando as guerras de antes de Cristo. Quem vê essas cenas hoje, constata que nossa evolução é pífia ou inexistente.
Os jogadores reservas não puderam fazer aquecimento no local para isso destinado, devido às pedradas. Recolheram-se ao banco.
Lixo no gramado, nas proximidades de uma das áreas e
Até quando, CONMEBOL?
Tudo isso repete-se ano após ano, e a Confederação nada faz para coibir e punir esses atentados à segurança, à beleza do jogo e ao fair-play preconizado pela FIFA.
Até quando, dona CONMEBOL, até quando?
Post scriptum
Muito melhor fariam os clubes brasileiros se deixassem de lado a picuinha com relação à disputa de jogos na altitude e concentrassem suas energias na resolução dessa verdadeira barbárie.
Pedradas podem afetar a segurança e a saúde dos atletas muito mais que jogar a 3.600 m acima do nível do mar.
Lixo no gramado atrapalha a cobrança de escanteio, jogada importante para o São Paulo, por exemplo.
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Marcadores: Libertadores 2008, Palavra do Editor
4 Comments:
At 6:40 AM, Anônimo said…
Pois é, Emerson. O pior é que tem gente que acha isso charmoso, folclórico e inerente a competição Libertadores da América. Eu prefiro chamar de amadorismo. Algo próximo de um campeonato de várzea, para falar na língua da sua realidade de paulista. Aqui no Rio, eu compararia com o futebol de praia, aonde a porrada estanca invariavelmente, com o time visitante sofrendo todas as ofensas e agressões possíveis por parte da torcida do time local.
É uma pena essa minha comparação com a maior competição interclubes do nosso continente, mas ontem, você mesmo teve a prova de que a comparação procede.
Um abraço,
Rod.
At 10:59 PM, Ailton Gomes said…
Realmente uma vergonha.`Principalmente se fizermos uma comparação com a Copa dos Campeõs da Europa, onde mesmo com alguns jogos muito "pegados" não se vê atitudes como essas que acontecem na América do Sul.
At 12:05 PM, Roberto C. Limeira de Castro said…
O Brasil tem 50% do PIB, 50% do Território, 50% da População e quase três vezes o número de Federações, sendo uma Confederação tanto, quanto a Conmebol.
Entretanto, com dirigentes amadores e regionalistas doentios, o Brasil entra com apenas 16% dos clubes e do potencial econômico.
Enquanto, essa integração continental de fancaria privilegiar apenas os clubes do Rio e São Paulo e desprezar 100 milhões de torcedores do Brasil e principalmente, a economia, essa Copinha não passará disso. Um acordo entre Cariocas, Paulistas e Argentinos para ganhar tudo.O sul tem um PIB (US$199.140,00, maior que a Venezuela (US$180.358,00);São Paulo (US$427.678,23, duas vezes a Argentina(US$216.324,00);O Rio de Janeiro (US$142.941,00)maior que a Colômbia(US$130.928,00);O Leste (MG-ES)(US$141.060,00), maior que o Peru (US$90.048,00); O Nordeste (US$143.560,00, equivalente ao Chile (US$145.841,00);O Meio Norte (PI-MA-PA-AP)(US$47.040,00), superior ao Equador (US$40.892,00);A Amazônia Ocidental (US$31.718,00), superior ao Uruguai(US$19.308,00) e Paraguai (US$ 9.110,00) juntos;E finalmente, o nosso Centro-Oeste (US$124.792,00) superior ao PIB do Peru(US$90.308,00)já citado uma vez e mais a Bolívia (US$10.301,00). Pergunta-se, porque não se integra esses mercados fabulosos na economia futebolística continental? Qual a razão da participação de apenas 04 Federações brasileiras e a exclusão dos clubes de 23 Federações? Que raio de integração continental é essa? A resposta é: Incompetência e fraude dos Clubes e Estados beneficiados. E a última pergunta é: Porque toda a dita Imprensa Livre brasileira silencia diante de tanta fraude? Pensem nisso! Quem despreza o econômico não está interessado nos resultados econômicos, mas, apenas na sua pseudo-esperteza de levar vantagem fraudulenta em tudo.
At 12:07 PM, Roberto C. Limeira de Castro said…
O Brasil tem 50% do PIB, 50% do Território, 50% da População e quase três vezes o número de Federações, sendo uma Confederação tanto, quanto a Conmebol.
Entretanto, com dirigentes amadores e regionalistas doentios, o Brasil entra com apenas 16% dos clubes e do potencial econômico.
Enquanto, essa integração continental de fancaria privilegiar apenas os clubes do Rio e São Paulo e desprezar 100 milhões de torcedores do Brasil e principalmente, a economia, essa Copinha não passará disso. Um acordo entre Cariocas, Paulistas e Argentinos para ganhar tudo.O sul tem um PIB (US$199.140,00, maior que a Venezuela (US$180.358,00);São Paulo (US$427.678,23, duas vezes a Argentina(US$216.324,00);O Rio de Janeiro (US$142.941,00)maior que a Colômbia(US$130.928,00);O Leste (MG-ES)(US$141.060,00), maior que o Peru (US$90.048,00); O Nordeste (US$143.560,00, equivalente ao Chile (US$145.841,00);O Meio Norte (PI-MA-PA-AP)(US$47.040,00), superior ao Equador (US$40.892,00);A Amazônia Ocidental (US$31.718,00), superior ao Uruguai(US$19.308,00) e Paraguai (US$ 9.110,00) juntos;E finalmente, o nosso Centro-Oeste (US$124.792,00) superior ao PIB do Peru(US$90.308,00)já citado uma vez e mais a Bolívia (US$10.301,00). Pergunta-se, porque não se integra esses mercados fabulosos na economia futebolística continental? Qual a razão da participação de apenas 04 Federações brasileiras e a exclusão dos clubes de 23 Federações? Que raio de integração continental é essa? A resposta é: Incompetência e fraude dos Clubes e Estados beneficiados. E a última pergunta é: Porque toda a dita Imprensa Livre brasileira silencia diante de tanta fraude? Pensem nisso! Quem despreza o econômico não está interessado nos resultados econômicos, mas, apenas na sua pseudo-esperteza de levar vantagem fraudulenta em tudo.
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