Um Olhar Crônico Esportivo

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sábado, outubro 27, 2007

Há pouco mais de um ano...


Hoje à tarde terei uma prova assaz difícil: comentar o jogo Brasil x França, pela Copa do Mundo de 2006.

Não, não estou louco, estou duas vezes são, na verdade e digo porque. A primeira: irei comentar como teste e treinamento num curso que estou fazendo. A segunda não loucura já é explicada pela primeira: é só uma provinha, tendo como base de estudos aquela partida.

Tentarei ser honesto e comentar com a cabeça da época, a cabeça de quem imaginava, mas não sabia o resultado. Dentro da minha honestidade de propósitos, fui atrás de comentários que fiz no dia desse jogo:


225. Boa noite, povo.

Desculpem a caixa alta a seguir, não é grito:

EU ESPERO QUE TENHA CHEGADO AO FIM A ERA PARREIRA/ZAGALLO/FELIPÃO/PARREIRA.

BASTA!

QUERO UM TREINADOR DE TIME.
NAO QUERO UM FORMADOR DE FAMILIA.
NAO QUERO UM CONTADOR DE LETRAS.
NAO QUERO UM ENGESSADOR.

QUERO UM TREINADOR - AQUELE CARA QUE TREINA UM TIME, QUE TREINA VARIOS TIMES PARA O MESMO TIME.

Mas, infelizmente, não temos treinador no Brasil.

Desculpem a caixa alta acima, eu também detesto isso, mas às vezes é bom.

Emerson | E - mail | Homepage | 01/07/06 18:39:31



221. Tudo sobre o jogo de hoje ja´foi dito antes, basta rememorar ou acessar o arquivo desse blog. O Lédio chegou a ser atacado por escrever o que achava sobre essa seleção. Vários blogueiros levantaram esses pontos, houve discussões, etc e tal.

A derrota de hoje começou há muito tempo.
Quando Parreira engessou um grupo e dele não abriu mão.

Por que? Foi o que perguntei ao Lédio. Por que? Eu não sei a resposta, acho que tampouco ele. Talvez nem o Parreira saiba.

Afinal, por que o Pekerman deixou Messi no banco e colocou Julio Cruz?

Por que Parreira insistiu com Cafu?
Entrou com Juninho, mas nunca treinou essa formação! Caraca, eu nada entendo de futebol, mas até um ignorante do assunto como eu sabe que um time, uma formação, tem que ser treinada! Ora, o Parreira não é ignorante, longe disso. Nem o é o Pekerman.

Por que esses caras agem assim, contrariando a lógica e o senso comum?

Eu adoraria conhecer essa resposta.

Emerson | E - mail | Homepage | 01/07/06 18:47:12



199. Ânimo, galera, ânimo!

Há males que vêm para bem. E esse é um caso típico.
Sem dúvida alguma, continuamos a ter os melhores jogadores do mundo. Precisamos, agora, mudar os conceitos que orientam o futebol brasileiro no seu nível mais alto: a seleção.

Hoje, por exemplo, o Zidane regeu a orquestra francesa, livre, leve e solto. Ora, se um treinador deixa um cara como esse solto, numa final de Mundial, de Libertadores, num jogo-chave do BR, o cara perde o emprego. Mas o Parreira diz que o Brasil não faz marcação individual. Ah, fala sério! Quanta prepotência!

Não é mais por aí, não. O Zidane dá dois chapéus em seguida, quase, e o melhor marcador do futebol brasileiro ficou no banco, nunca cogitou-se de sua entrada. E por aí vai, por aí vai...

Emerson | E - mail | Homepage | 01/07/06 19:32:29

(Comentários no post "Feliz 2010 - parte II", no blog Jogo Aberto, do Lédio Carmona, logo após o final do jogo; os comentários, na época, eram numerados em ordem decrescente.)



Bom, acho que esses três comentários são o bastante para colocar-me no caminho certo. O que eu escrevi no calor da hora, assim como trocentos outros brasileiros, revela-se mais e mais correto a cada nova lavagem de roupa suja. Podemos dizer que o chute inicial foi dado por Ricardo Teixeira, ao criticar os treinos ou o que quer que tenha sido aquela coisa, em Weggis, além de festas e bebedeiras. Jornalistas famosos, hoje, falam do clima de – perdão pela expressão, mas não há outra – putaria na mesma bucólica e aprazível Weggis. Clima que era perceptível pela telinha, que insistia em mostrar ousadas moçoilas tupiniquins que se mostravam e mostravam tudo que tinham a oferecer. Treinamento mesmo, que era necessário, não teve.

Virou lugar-comum criticar Cafu e Roberto Carlos. Não concordo. Se eles não renderam o que deles se esperava a culpa não é deles e sim de quem os convocou e escalou. O Brasil não teve padrão de jogo em nenhum momento, coisa que hoje, final de outubro de 2007, já começando uma nova Copa do Mundo, tampouco tem. A vitória “estrondosa” sobre o poderoso e desfalcado Equador em pleno Maracanã é boa prova disso.

Pouca coisa mudou desde Weggis. O mau humor do antes afável Parreira foi substituído pela truculência do nunca afável Dunga. Tanto um como outro, na minha modesta opinião, nada entendem do futebol brasileiro.

Pouca coisa mudou... desde sempre.


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2 Comments:

  • At 11:04 PM, Blogger Unknown said…

    Se o Brasil... "SE" o Brasil tivesse ganhado o mundial ninguém ficava sabendo que os treinamentos de Weggis foram vendidos pela cbf.

     
  • At 4:44 AM, Anonymous Anônimo said…

    Qual é esse curso de comentarista? É aberto, já precisa ser jornalista? Poderia mandar informações para vgssantos@yahoo.com.br? Obrigado!

     

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