Rolando por aqui e ali
Eleição nos USA – o efeito “Márcio Braga”
Mais que depressa, a direção da campanha do candidato democrata Barack Obama, desmentiu categoricamente que já tivesse pronto o discurso de posse, respondendo à acusação feita pelo candidato republicano, John McCain. A denúncia do republicano foi feita a partir de matéria veiculada no New York Times.
É grande a preocupação entre os dirigentes da campanha democrata em evitar toda e qualquer coisa que passe uma imagem ou, ainda pior, um sentimento de “já ganhou”.
Segundo fontes ouvidas pela sucursal deste Olhar Crônico Esportivo em Washington, DC, o próprio candidato, Barack Obina, ops, desculpem, Barack Obama, fez esta recomendação aos seus assessores, preocupado com o efeito das palavras do presidente Márcio Braga antes do jogo contra o Clube Atlético Mineiro.
Cá como lá, no futebol e na política, e na verdade em qualquer outra coisa, pode-se cantar vitória antes do tempo.
Minha avó dizia que não se podia contar com o ovo... na galinha.
Euforia desmedida
Dizem que o presidente corintiano Andrés Sanches irá para a Europa nos próximos dias, em busca de reforços para o time em 2009.
O primeiro nome é Deivid, o centroavante que joga no Fenerbahce e está em recuperação de cirurgia.
Deivid tem contrato com o time turco até 2010 ou 2011, e ganha um salário muito elevado para os padrões brasileiros.
Creio que o melhor a fazer nesse momento seria fechar o Campeonato da melhor forma possível, ou seja, com o título, sem dispersar esforços e muito menos criando ou dando margens à criação de fatos e fofocas que possam desestimular a equipe.
Tomando o anti-exemplo de treinador famoso, o Corinthians não pode brincar no Brasileiro da Série B nesse momento. Conquistar o título é uma meta importante para terminar a temporada ainda melhor, e uma coisa é certa: os adversários do time do Parque São Jorge vão entrar em campo com a faca nos dentes, em busca de pontos preciosos para subir ou para não cair.
NASCAR ameaçada
Os tentáculos venenosos do Crash de 2008 atingiram a mais popular categoria automobilística dos Estados Unidos.
Ao contrário de outras categorias pelo resto do mundo, dentro do mais legítimo espírito americano e parte integrante do american way of life, a NASCAR cresceu e manteve-se intimamente ligada à indústria automobilística americana.
“O que ganha no domingo, vende na segunda.”
Uma relação direta, umbilical, mais explícita e ativa que na Europa, por exemplo.
Chrysler, Ford e GM sustentaram regiamente a NASCAR por décadas. A categoria que nasceu nas estradas de terra, no meio de fazendas de algodão no Sul dos Estados Unidos, onde a rapaziada apostava para ver se o mais veloz era um Buick ou um Chevrolet, integrou-se ao sonho americano e tornou-se, mais que uma competição, uma referência.
Agora porém, The Big Three passa por dificuldades. Os problemas já sentidos há muito tempo, desde a invasão japonesa nos anos 70 e o aumento no preço do petróleo, encarecendo a manutenção dos carrões, estão muito mais sérios. As outrora poderosíssimas indústrias lutam para sobreviver. O dinheiro para a NASCAR está curto e as equipes sentem o baque.
A NBA atravessa um momento ruim (há poucos dias este Olhar Crônico Esportivo falou da saída de atletas para a Europa e da recusa de outros que estão jogando na Espanha, por exemplo, de se transferirem para times da NBA), inclusive com cortes de pessoas e despesas, devido ao declínio no número de assinaturas para a temporada. Alguns patrocinadores de times passam por dificuldades financeiras e o banco que dá nome à arena de Filadélfia foi incorporado por outro para não fechar. Breve, a arena terá novo nome. Ou não.
O Comitê Olímpico americano perdeu o patrocínio da GM, no valor total de 1 bilhão de dólares para alguns anos. E a Divisão Cadillac cancelou seu tradicional patrocínio no tradicional e miliardário Másters de Golfe.
Sintomas de um mal maior que chegou com força à NASCAR, cujas equipes dependem integralmente de patrocinadores. Cada carro dessa categoria é um out door ambulante, com marcas diversas lutando por espaço e visibilidade. Esses autênticos anúncios móveis respondem por 80% do orçamento das equipes. Em outros esportes, como o já citado basquete, um baque desse tipo é sentido com menor intensidade, graças às receitas vindas dos direitos de transmissão. Nesse momento, duas equipes, que previam colocar seis carros nas pistas, estão correndo atrás de patrocinadores. Ainda não conseguiram e a próxima temporada começará pouco antes do final do inverno, em quatro meses.
O Crash colocou a NASCAR numa baita fria.
Não só ela, como já deu para ver.
E o soccer nosso de cada dia?
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Marcadores: Corinthians, Flamengo, Outros Esportes, Rolando pelo Mundo
2 Comments:
At 7:56 PM, Anônimo said…
Emerson,
Tenho achado estranho no noticiário sobre o crash a falta de informações sobre o que está acontecendo com as bolsas dos países do lado debaixo do Equador. Se no Brasil que se preparou com reservas de US$ 200 bilhões, a coisa está preta o que será de economias mais débeis como as de Argentina, Uruguai, Venezuela (o preço do petróleo está em queda)? Ou tanto faz o tremendo esforço feito pelo Brasil? O resultado será o mesmo?
At 12:30 PM, Emerson said…
Sul do Equador, Maurício?
Rapaz, sei lá se ainda há algum tipo de vida ao Sul do Equador no hemisfério ocidental, África incluída, é claro.
Em termos de bolsa de valores a única que conta e tem peso é a de São Paulo.
Os efeitos do Crash em economias como a da Argentina e da África do Sul, só vão se manifestar pesadamente em 2009. Aliás, será o nosso caso também.
Apesar dos esforços do governo, é possível que o plantio da safra de verão 2008/2009 seja afetado. Isso ocorrendo, teríamos um efeito dominó “do mal”. Quando a produção de comida diminui, os efeitos propagam-se em cascata de forma perversa.
Esse é somente um dos incontáveis dados e sinais para prevermos um futuro complicado a curto e médio prazo.
Quanto à Venezuela...
Chávez jogou fora os bilhões do petróleo com sua megalomania e seu bolivarianismo primitivo.
A economia vai mal, o povo vai pior e ele precisa de petróleo a US$ 95 para se sustentar.
Se as atuais cotações forem mantidas nessa faixa de 65 dólares o barril, ele quebra.
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