Rolando pelo mundo da bola
Flamengo x Petrobrás S09E02
Traduzindo: Season 2009 Episode 02
Segundo nota da coluna Painel, a Petrobrás, na carta enviada ao Flamengo, contrapropôs renovar o patrocínio aplicando a inflação de 2008 ao valor de 16 milhões de reais, confirmado pela Petrobrás como total do patrocínio.
Dependendo do índice a ser usado pela empresa e pelo comportamento da economia nesse último trimestre do ano, o valor proposto pela Petrobrás deverá girar ao redor de 18 milhões de reais.
Este blog trabalha com uma previsão - sujeita a chuvas e trovoadas - de uma inflação acumulada de 13% para esse ano. Oficialmente, é claro.
Tomando-se esse valor como um dado concreto, fica reforçada a opinião já manifestada: o Flamengo não deveria ter dado partida a essa negociação de forma tão prematura.
Pelo menos não antes do São Paulo definir seu novo patrocinador e o valor do contrato.
Este, leitoras e leitores estimadíssimos, foi só o segundo episódio dessa série.
Outros virão.
Post scriptum: esse texto já estava pronto, mas não publicado (preguiça de sexta e preguiça sabatina), quando o André Luiz postou um comentário extremamente interessante e muito revelador no post anterior; seu comentário diz muito mais e melhor do que todos esses posts; um alerta, por sinal também feito por ele e que esse OCE também já destacou: situações como essa que ora vive o CRF, são comuns a praticamente todos os clubes brasileiros; nem mesmo São Paulo e Internacional, tidos e havidos como exemplares nessa área, deixam de fazer suas bobagens.
The African Newcastle
O consórcio nigeriano confirmou a proposta de compra do Newcastle United, que disputa a Premier League, de acordo com informação da BBC.
Segundo outras fontes e comentários, o valor da proposta ficou mesmo em 350 milhões de libras – equivalentes a 447 milhões de euros ou 617 milhões de dólares.
Mas a situação está longe de definição. Agora tem também um consórcio sul-africano interessado na compra do clube.
Segundo nota publicada pelo Lance, esse consórcio traria Kevin Keegan para treinar a equipe em troca de 10% das ações do clube. O valor que os sul-africanos estão dispostos a bancar não foi revelado, mas partindo-se do pedido do atual dono do clube – 400 milhões de libras – Keegan transformar-se-ia num milionário (mais ainda do que provavelmente já é) do dia para a noite.
Afinal, 40 milhões de libras é dinheiro pra burro, mesmo com crise na economia.
Quanto?
A bagatela de 51 milhões de euros ou, em dólares valorizados pela quebradeira, 70 milhões das verdinhas de Tio Sam.
Estão entendendo um dos porquês dessa quebradeira que começou em Wall Street?
A economia mundial estava, está, ainda, piradinha.
Goodbye, Mr. Dollar...
Hello, Mr. €uro!
Parece incrível, mas ainda antes do estouro dessa crise vários atletas que disputavam a NBA mudaram-se para a Europa – segundo matéria da Folha de S.Paulo nada menos que 12 jogadores. Hoje, em função dos problemas com a economia americana, agora agravados pelo estouro da crise, times europeus pagam melhor em euros, ainda mais valorizados que os dólares. O fato de que dez das trinta equipes da NBA fecharam a última temporada no vermelho ajuda a entender ainda melhor.
Completando o quadro, atletas que já estão jogando na Europa, recusaram propostas de times da NBA, optando por permanecer no Velho Mundo. Entre eles o pivô Thiago Splitter que joga na Espanha, no Tau Cerámica, e recusou uma proposta do San Antonio Spurs. Segundo a matéria, ele ganharia no time americano 850,000 dólares em seu primeiro ano.
Muito dinheiro?
Ainda de acordo com a matéria da Folha, na Espanha ele ganha 4 vezes esse valor.
Além do euro valorizado, muitos clubes europeus responsabilizam-se pelo pagamento dos impostos cobrados sobre os salários. Esse foi um dos motivos que levou o ala-armador Josh Childress a deixar o Atlanta Hawks e ir para o grego Olympiakos, onde vai ganhar 7 milhões de dólares por ano, praticamente o dobro do salário médio da NBA. É bom recordar que Childress tinha mercado nos Estados Unidos, pois ficou entre os Top 10 na eleição dos melhores reservas da liga.
Outro armador, Earl Boykins, foi para o Virtus Bologna em troca de um salário anual de 3,5 milhões de dólares. Mais um armador: Juan Carlos Navarro, um dos líderes da seleção espanhola, atual campeã mundial e vice olímpica, deixou o Memphis, onde ganhou na temporada passada menos de U$ 1 milhão, por um contrato de cinco anos com o Barcelona por US$ 18 milhões. Navarro ficou somente um ano na NBA, tempo suficiente para ficar entre os melhores calouros.
Outros que se foram: o espanhol Jorge Garbajosa, o argentino Carlos Delfino e o porto-riquenho Carlos Arroyo e mais o ala russo Andrey Kirilenko, um dos mais bem pagos do Utah, que está em negociação.
Pelo jeito, 2009 será um ano muito interessante no esporte.
A crise que estourou em Wall Street já cruzou o Atlântico há muito e seus efeitos piores serão sentidos no próximo ano.
Por enquanto, a economia européia ainda está em movimento acelerado, mas inercial. Em algum momento do próximo inverno ela precisará religar as turbinas, digamos, para continuar a movimentar-se com boa velocidade, mas, nesse momento, sentirá o drama da falta do combustível para isso acontecer.
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