Rio de Janeiro, Mississipi e arbitragem
Diga em voz alta:
Um Mississipi.
Diga novamente, sem titubear ou pensar.
Meio chato, né?
Então, diga em voz alta, ou melhor, no volume normal de conversa:
Rio de Janeiro
Repita, por favor...
Pronto. Um Mississipi e Rio de Janeiro têm, milésimos a mais, milésimos a menos, a duração de um segundo.
Um segundo ou 1 segundo.
Diga de novo, qualquer das duas.
Agora, pegue uma fita ou um dvc ou um jogo no televisor...
Opa, foi falta!
Volte a fita ou o dvd até um pouco antes do lance em questão.
No momento X do lance, diga Rio de Janeiro.
Demorou, não demorou?
Você acaba de descobrir que o árbitro tem apenas e tão somente uma fração de segundo, talvez um décimo, talvez dois décimos, para processar o lance todo em sua mente e apitar. Porque se ele não apitar em menos de meio segundo – a metade do tempo que você gasta para falar Rio de Janeiro – ele já complicou e se complicou. Situação similar ocorre com o bandeira, naturalmente.
Vamos lá, você já está craque, espere o próximo lance e diga Rio de Janeiro e imagine-se no campo apitando a falta no final dessa eternidade de um segundo.
É assim que é, o árbitro vê alguma coisa e age. Quanto mais novo, mais ele hesitará e mais ele errará. Quanto mais experiente, mais seguro ele estará do que enxerga e apitará. Mesmo assim, ele errará. Mas também acertará, é claro, na maioria das vezes.
Árbitro não pensa, apita.
Ou não, como diria o amigo Ricardo CRF citando Caetano Veloso.
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Marcadores: Arbitragem
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