Um Olhar Crônico Esportivo

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terça-feira, maio 06, 2008

Ranking dos Balanços 2007 - Provisório I

Creio que esse título “Provisório” tem sua razão de ser.

É melhor fazer um post novo, provisório, do que ficar atualizando o anterior.

Para fechar esse quadro eu gostaria de dados, ainda, pelo menos do Botafogo, Internacional, Cruzeiro, Atlético PR, Coritiba, Sport, Goiás e Figueirense.

Creio que teríamos um panorama interessante.

Limitado, é claro, mas interessante.

Aproveito e coloco duas novas tabelas, ambas, a meu ver, muito importantes: as receitas operacionais do futebol sem as transferências de atletas e as rendas de bilheterias. Em ambas o Vasco da Gama não aparece, infelizmente, pois no balanço não há discriminação das receitas do futebol.

No caso das rendas de bilheteria, o asterisco no Grêmio e no Fluminense significa que, parece-me (não tenho certeza) haver renda de bilheteria oriunda de sócios-torcedores, contabilizada com outros nomes. Ainda no caso do Fluminense, o patrocínio da Unimed é bem maior do que aparece no Balanço. Isso ocorre porque o patrocinador paga diretamente os salários de vários atletas. Talvez seja o caso de dizer que complementa seus ganhos, pois os salários propriamente ditos são pagos pelo clube. Há quem critique, mas eu considero uma saída legal e que não deixa de ser benéfico para os credores do clube. Afinal, com bons jogadores as rendas aumentam e, com elas, a possibilidade de quitar dívidas.




Clube

Receita Operacional Total

Receita Operacional Futebol

Rec. Operac. Futebol sem Transferências

São Paulo

190.079

146.426

70.320

Corinthians

134.273

122.297

50.905

Grêmio

109.031

104.764

51.892

Flamengo

89.499

71.717

62.482

Palmeiras

83.889

65.146

44.617

Atlético MG

58.326

49.797

30.024

Santos

53.102

53.102

51.430

Vasco

51.079

37.017

Não especificado

Fluminense

39.335

32.528

31.182



Ranking sem as transferências


As receitas sem transferências de atletas, como eu disse, são importantes por serem, em boa parte, previsíveis e, mais importante, planejáveis.

Clube nenhum pode planejar a aparição e negociação de novos Lucas e Carlos Eduardo (Grêmio), Marcelo (Flu) ou Breno (São Paulo). Essas rendas, num mundo ideal, deveriam ser utilizadas na contratação de reforços ou em melhorias nas bases.


Clube

Rec. Operac. Futebol sem Transferências

São Paulo

70.320

Flamengo

62.482

Grêmio

51.892

Santos

51.430

Corinthians

50.905

Palmeiras

44.617

Fluminense

31.182

Atlético MG

30.024

Observem que há mudanças de posições entre os clubes, explicadas por uma fase ruim ou um trabalho que deixa a desejar nas categorias de base, principalmente.

O Palmeiras fugiu um pouco a esse modelo, pois sua renda com transferências deu-se com jogadores que já vieram formados. Santos e Fluminense parecem atravessar uma fase sem grandes negociações com revelações.




Ranking da Bilheteria


No caso das rendas de bilheteria, o asterisco no Grêmio e no Fluminense significa que, parece-me (não tenho certeza) haver renda de bilheteria oriunda de sócios-torcedores, contabilizada com outros nomes.


Clube

Renda com Bilheteria

Flamengo

14.612

São Paulo

12.464

Santos

9.579

Corinthians

8.393

Palmeiras

7.539

Grêmio

6.794*

Atlético MG

3.031

Fluminense

2.650*

Para vocês terem uma idéia da importância da Copa Libertadores, em 2006 o São Paulo chegou à final, quando perdeu para o Internacional, e a renda de jogos atingiu o valor de R$ 18.536.000,00, caindo para R$ 12.464.000,00 em 2007, quando o time foi eliminado nas oitavas-de-final pelo Grêmio. Além dessa perda significativa, teve ainda a perda das cotas de TV das quartas, semi e final, sem falar no eventual prêmio pelo título.

É bom observar, também, como esses valores são pequenos quando comparados às receitas do futebol sem as transferências de atletas. Os clubes, todos eles, podem e devem crescer nesse ponto, levando mais torcedores aos estádios.

Como fazer isso?

Bom, aí é tema para congresso interminável.




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7 Comments:

  • At 6:13 PM, Blogger DERLY. said…

    Caro emerson passei para deixar uma
    ótima noticia,o igreja informa que existe a possibilidade do antonio sair do hospital no sábado e passar o
    dia das mães em casa,tomara,pois o
    nosso sobrinho é um guerreiro,abraço.

     
  • At 7:35 PM, Anonymous Anônimo said…

    Emerson, há um detalhe interessante em relação aos dados sobre a arrecadação com bilheteria.

    O Flamengo aponta a receita líquida na venda de ingressos de pouco mais de 14 milhões, conforme você colocou no post. Porém no relatório adminstrativo, publicado junto com o balanço, a diretoria indica que a receita bruta de bilheteria foi superior a R$ 20 milhões.

    Certamente, a diferença entre esses valores devem correspoder a algum percentual a que o Maracanã tem direito por sediar os jogos do clube.

    No caso do São Paulo, não sei se o valor divulgado se refere a arrecadação bruta com ingressos, mas se for o caso, a diferença entre os dois clubes neste quesito passa a ser ainda mais significativa.

    Neste caso, vale também observar o potencial de que o Flamengo possui para realizar um investimento em uma arena própria. Se tomarmos como base as receitas extras e despesas que o São Paulo tem com o Morumbi, o Flamengo poderia amortizar os investimentos de um estádio em um prazo bastante razoável.

    Outro ponto que vale especular, é se valeria a pena o Flamengo ter entrado na briga pela concessão do engenhão. Considerando uma eventual queda de público em função da localização e das condições de acesso desse estádio, ainda assim acredito que nas mãos do Flamengo e olhando como um negócio, o resultado seria bastante positivo para o clube e, certamente, bem mais do que está sendo para o Botafogo.

    Parabéns pelo Blog.

     
  • At 8:00 PM, Blogger Emerson said…

    Eu vi a nota introdutória, Renato, e o total de bilheteria superior a 20 milhões de reais, sem dúvida impressionante.

    Lancei o valor de 14 milhões por ser o valor contabilizado.
    Infelizmente não há uma nota explicando a razão para os descontos de quase 30%.
    Talvez por acordos judiciais, como o feito com o TRT que envolve 15% de todas as receitas? É possível.

    Com valores desse porte, sem dúvida, o clube daria conta de pagar os custos de construção de uma arena moderna de bom porte, mas para isso as rendas de marketing, sobretudo, deveriam ser capazes de cobrir a totalidades dos custos operacionais e outros.
    Não falo de TV porque a médio e longo prazo a renda do marketing pode e deve superar a da TV.

    O problema é que quando se pensa numa arena para 50.000 pessoas, digamos, já estamos falando em 500 a 700 milhões de reais de custos efetivos. O planejamento para a arena corintiana contava com mais de duzentos milhões de aporte em venda de cativas e camarotes, o que permite viabilizar, mas cobra um preço mais adiante.

    Eis um assunto - mais um - para congressos intermináveis.

    :o)

     
  • At 12:11 AM, Anonymous Anônimo said…

    Emerson, o faturamento do Fluminense está abaixo do real. A Unined não deposita o patrocinio nas contas do Flu. Pois devido a inumeras ações e dividas tal dinheiro nunca chegaria ao seu destino. Por isso fica impossivel dizer qual é o real valor do Patrocinio e do faturamento do Futebol.


    João Luiz

     
  • At 12:15 AM, Blogger Emerson said…

    É verdade, João Luiz.

    Eu comentei sobre o lance da bilheteria - aliás, confere, é isso mesmo? - e na sequència esqueci esse comentário sobre a relação Unimed/Fluminense.

     
  • At 11:36 AM, Anonymous Anônimo said…

    da pra ver que os clubes brasileiros sao totalmente dependente da venda de atletas para o exterior, para sobreviverem.
    o sp deveria começar a pensar em agradar sua torcida quanto for ao estadio, nos só temos comodidade na compra de ingresso quando o jogo nao é tao atrativo, o sp deveria ter um controle de qts torcedores vao ao estadio qts sao fies realmente ao clube, e começar a dar um favorecimento a eles nos jogos que reuninem multidao, que fica impossivel comprar um ingresso de forma facil.

     
  • At 8:39 PM, Anonymous Anônimo said…

    Emerson, acho que uma grande receita que os clubes não exploram é do sócio torcedor. Como corinthiano, vejo o absurdo de o Corinthians só ter criado agora esse plano e ainda por cima com muitas falhas. Uma coisa que eu não entendo é o do por que não liberar ao sócio torcedor o direito de voto igual ao do sócio comum. Acredito assim que muitos torcedores fariam a adesão ao projeto.

     

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