Ranking dos Balanços 2007 - Provisório I
Creio que esse título “Provisório” tem sua razão de ser.
É melhor fazer um post novo, provisório, do que ficar atualizando o anterior.
Para fechar esse quadro eu gostaria de dados, ainda, pelo menos do Botafogo, Internacional, Cruzeiro, Atlético PR, Coritiba, Sport, Goiás e Figueirense.
Creio que teríamos um panorama interessante.
Limitado, é claro, mas interessante.
Aproveito e coloco duas novas tabelas, ambas, a meu ver, muito importantes: as receitas operacionais do futebol sem as transferências de atletas e as rendas de bilheterias.
No caso das rendas de bilheteria, o asterisco no Grêmio e no Fluminense significa que, parece-me (não tenho certeza) haver renda de bilheteria oriunda de sócios-torcedores, contabilizada com outros nomes. Ainda no caso do Fluminense, o patrocínio da Unimed é bem maior do que aparece no Balanço. Isso ocorre porque o patrocinador paga diretamente os salários de vários atletas. Talvez seja o caso de dizer que complementa seus ganhos, pois os salários propriamente ditos são pagos pelo clube. Há quem critique, mas eu considero uma saída legal e que não deixa de ser benéfico para os credores do clube. Afinal, com bons jogadores as rendas aumentam e, com elas, a possibilidade de quitar dívidas.
Clube | Receita Operacional Total | Receita Operacional Futebol | Rec. Operac. Futebol sem Transferências |
São Paulo | 190.079 | 146.426 | 70.320 |
Corinthians | 134.273 | 122.297 | 50.905 |
Grêmio | 109.031 | 104.764 | 51.892 |
Flamengo | 89.499 | 71.717 | 62.482 |
Palmeiras | 83.889 | 65.146 | 44.617 |
Atlético MG | 58.326 | 49.797 | 30.024 |
Santos | 53.102 | 53.102 | 51.430 |
Vasco | 51.079 | 37.017 | Não especificado |
Fluminense | 39.335 | 32.528 | 31.182 |
Ranking sem as transferências
As receitas sem transferências de atletas, como eu disse, são importantes por serem, em boa parte, previsíveis e, mais importante, planejáveis.
Clube nenhum pode planejar a aparição e negociação de novos Lucas e Carlos Eduardo (Grêmio), Marcelo (Flu) ou Breno (São Paulo). Essas rendas, num mundo ideal, deveriam ser utilizadas na contratação de reforços ou em melhorias nas bases.
Clube | Rec. Operac. Futebol sem Transferências |
São Paulo | 70.320 |
Flamengo | 62.482 |
Grêmio | 51.892 |
Santos | 51.430 |
Corinthians | 50.905 |
Palmeiras | 44.617 |
Fluminense | 31.182 |
Atlético MG | 30.024 |
Observem que há mudanças de posições entre os clubes, explicadas por uma fase ruim ou um trabalho que deixa a desejar nas categorias de base, principalmente.
O Palmeiras fugiu um pouco a esse modelo, pois sua renda com transferências deu-se com jogadores que já vieram formados. Santos e Fluminense parecem atravessar uma fase sem grandes negociações com revelações.
Ranking da Bilheteria
No caso das rendas de bilheteria, o asterisco no Grêmio e no Fluminense significa que, parece-me (não tenho certeza) haver renda de bilheteria oriunda de sócios-torcedores, contabilizada com outros nomes.
Clube | Renda com Bilheteria |
Flamengo | 14.612 |
São Paulo | 12.464 |
Santos | 9.579 |
Corinthians | 8.393 |
Palmeiras | 7.539 |
Grêmio | 6.794* |
Atlético MG | 3.031 |
Fluminense | 2.650* |
É bom observar, também, como esses valores são pequenos quando comparados às receitas do futebol sem as transferências de atletas. Os clubes, todos eles, podem e devem crescer nesse ponto, levando mais torcedores aos estádios.
Como fazer isso?
Bom, aí é tema para congresso interminável.
.
Marcadores: Balanços;, Marketing e Dinheiro, Rankings
7 Comments:
At 6:13 PM, DERLY. said…
Caro emerson passei para deixar uma
ótima noticia,o igreja informa que existe a possibilidade do antonio sair do hospital no sábado e passar o
dia das mães em casa,tomara,pois o
nosso sobrinho é um guerreiro,abraço.
At 7:35 PM, Anônimo said…
Emerson, há um detalhe interessante em relação aos dados sobre a arrecadação com bilheteria.
O Flamengo aponta a receita líquida na venda de ingressos de pouco mais de 14 milhões, conforme você colocou no post. Porém no relatório adminstrativo, publicado junto com o balanço, a diretoria indica que a receita bruta de bilheteria foi superior a R$ 20 milhões.
Certamente, a diferença entre esses valores devem correspoder a algum percentual a que o Maracanã tem direito por sediar os jogos do clube.
No caso do São Paulo, não sei se o valor divulgado se refere a arrecadação bruta com ingressos, mas se for o caso, a diferença entre os dois clubes neste quesito passa a ser ainda mais significativa.
Neste caso, vale também observar o potencial de que o Flamengo possui para realizar um investimento em uma arena própria. Se tomarmos como base as receitas extras e despesas que o São Paulo tem com o Morumbi, o Flamengo poderia amortizar os investimentos de um estádio em um prazo bastante razoável.
Outro ponto que vale especular, é se valeria a pena o Flamengo ter entrado na briga pela concessão do engenhão. Considerando uma eventual queda de público em função da localização e das condições de acesso desse estádio, ainda assim acredito que nas mãos do Flamengo e olhando como um negócio, o resultado seria bastante positivo para o clube e, certamente, bem mais do que está sendo para o Botafogo.
Parabéns pelo Blog.
At 8:00 PM, Emerson said…
Eu vi a nota introdutória, Renato, e o total de bilheteria superior a 20 milhões de reais, sem dúvida impressionante.
Lancei o valor de 14 milhões por ser o valor contabilizado.
Infelizmente não há uma nota explicando a razão para os descontos de quase 30%.
Talvez por acordos judiciais, como o feito com o TRT que envolve 15% de todas as receitas? É possível.
Com valores desse porte, sem dúvida, o clube daria conta de pagar os custos de construção de uma arena moderna de bom porte, mas para isso as rendas de marketing, sobretudo, deveriam ser capazes de cobrir a totalidades dos custos operacionais e outros.
Não falo de TV porque a médio e longo prazo a renda do marketing pode e deve superar a da TV.
O problema é que quando se pensa numa arena para 50.000 pessoas, digamos, já estamos falando em 500 a 700 milhões de reais de custos efetivos. O planejamento para a arena corintiana contava com mais de duzentos milhões de aporte em venda de cativas e camarotes, o que permite viabilizar, mas cobra um preço mais adiante.
Eis um assunto - mais um - para congressos intermináveis.
:o)
At 12:11 AM, Anônimo said…
Emerson, o faturamento do Fluminense está abaixo do real. A Unined não deposita o patrocinio nas contas do Flu. Pois devido a inumeras ações e dividas tal dinheiro nunca chegaria ao seu destino. Por isso fica impossivel dizer qual é o real valor do Patrocinio e do faturamento do Futebol.
João Luiz
At 12:15 AM, Emerson said…
É verdade, João Luiz.
Eu comentei sobre o lance da bilheteria - aliás, confere, é isso mesmo? - e na sequència esqueci esse comentário sobre a relação Unimed/Fluminense.
At 11:36 AM, Anônimo said…
da pra ver que os clubes brasileiros sao totalmente dependente da venda de atletas para o exterior, para sobreviverem.
o sp deveria começar a pensar em agradar sua torcida quanto for ao estadio, nos só temos comodidade na compra de ingresso quando o jogo nao é tao atrativo, o sp deveria ter um controle de qts torcedores vao ao estadio qts sao fies realmente ao clube, e começar a dar um favorecimento a eles nos jogos que reuninem multidao, que fica impossivel comprar um ingresso de forma facil.
At 8:39 PM, Anônimo said…
Emerson, acho que uma grande receita que os clubes não exploram é do sócio torcedor. Como corinthiano, vejo o absurdo de o Corinthians só ter criado agora esse plano e ainda por cima com muitas falhas. Uma coisa que eu não entendo é o do por que não liberar ao sócio torcedor o direito de voto igual ao do sócio comum. Acredito assim que muitos torcedores fariam a adesão ao projeto.
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