Problemas à vista
...soluções a prazo?
Só se for a longo prazo.
Está na coluna Painel da Folha de S.Paulo de hoje:
“Prato feito. A oposição do Clube dos 13 não gostou do tom da convocação que todos os times receberam para reunião na quinta. Segundo o comunicado, na pauta está a aprovação de decisões da comissão que negocia com a Globo e a assinatura do contrato de TV. Afirma que o correto seria votação do tema.
Rebeldes. Flamengo, São Paulo e Corinthians ameaçam não assinar o contrato. Discordam da cláusula de preferência à Globo na renovação, condenada pela Secretaria de Direito Econômico. A entidade só pode representar comercialmente os clubes que derem o seu aval à entidade.”
Um dirigente de um dos clubes oposicionistas dentro do Clube dos 13, disse a esse blogueiro ontem à noite:
“Eles mandaram simplesmente uma convocatória para assinar o contrato referente à venda dos direitos de transmissão. Não é assim, assunto como esse tem que ser votado antes de mandar todo mundo assinar.”
À oposição formada por São Paulo, Flamengo e Botafogo, pelo menos nessa questão juntaram-se o Corinthians e o Palmeiras, embora essa adesão palmeirense seja vista como passageira.
Esse Olhar Crônico Esportivo, entretanto, não acredita que esses clubes na oposição levem a contestação à frente, exceto no caso do São Paulo. O motivo é simples: todas as outras quatro agremiações já pegaram grandes adiantamentos de suas cotas de TV referentes ao corrente ano. A esse respeito, basta rever o post “A Globo e os adiantamentos”, publicado em 20 de março, onde esse blog conta exatamente isso: todos os grandes clubes já haviam recebido adiantamentos de suas cotas, exceto o São Paulo.
Somente o Corinthians, de acordo com seu documento “Demonstração da Dívida” de 29/2/2008, aponta uma dívida com o Clube dos 13 no valor de R$ 10.472.000,00 que vem a ser o valor que o clube teria a receber da entidade nesse ano – 50% do que receberão seus parceiros de Grupo I (Flamengo, Palmeiras, São Paulo e Vasco).
Pelo visto, o clube do Morumbi estará sozinho, uma vez mais, na luta por novas regras na distribuição da verba dos direitos de transmissão.
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Marcadores: Botafogo, Clube dos Treze, Flamengo, Palmeiras, São Paulo, TV, Vasco
4 Comments:
At 1:12 PM, Anônimo said…
Olá Emerson, eu sou o mesmo anônimo que fez comentários sobre as demonstrações financeiras dos Clubes, sempre acompanhei seu Blog, principalmente depois da sua análise sobre a Timemania, cheguei até o seu Blog por meio do Blog do Paulinho, no Blog do Paulinho ele fez críticas a sua análise, que, ao meu ver, a sua opinião estava e está corretíssima no que se refere ao pagamento e correção monetária das dívidas impagáveis dos maiores devedores, mudando agora de assunto, agora é uma pergunta que tenho a lhe fazer sobre a oposição dos times no clube dos treze, li em algum lugar da Internet que eles, os clubes de oposição, na verdade não são contra a renovação automática com a Globo, e sim contra os critérios na divisão das cotas de TV, ou seja, Flamengo e São Paulo reivindicam valores maiores devido as suas torcidas e exposição na maior na mídia, e não como você afirma no texto:"Discordam da cláusula de preferência à Globo na renovação...".
Ats,
Guto
At 6:07 PM, Emerson said…
Olá, Guto.
Bom, primeiro, obrigado pela leitura do OCE.
Segundo, essa afirmativa quanto ao direito de preferência é da coluna Painel. Eu deveria ter deixado mais claro quando termina a transcrição e começa o meu texto, pois a aspa acaba passando meio despercebida.
Terceiro: o direito de preferência é meio complicado, sim, mas por conta de uma informação que recebi na noite de ontem e ainda não conferi. Mas, sim, é verdade, começa a haver uma oposição a essa cláusula, ou pelo menos à forma como ela é redigida.
Quarto: essa informação sobre as vontades da oposição é verdadeira. Eu mesmo a ouvi, mas em off, e respeitei, claro. Tempos depois, o R Perrone divulgou-a.
A oposição concorda em manter as receitas antigas, ou receitas-base, tal como estão, mas quer que as novas receitas sejam distribuídas a partir de novos parâmetros, principalmente audiência e poder de consumo associado a ela.
Ou seja, os clubes que estão na oposição querem uma distribuição baseada em critérios técnicos e não políticos, ou, para ser mais exato, mais técnicos e menos políticos.
Em síntese, é isso. Com essa resposta eu praticamente antecipei um post.
:o)
At 6:53 PM, Anônimo said…
Essa nova distribuição das novas receitas por critérios de visibilidades maior na mídia vai criar um abismo ainda maior entre grandes e pequenos, corremos o risco inclusive de nos tornarmos um campeonato Inglês, Italiano ou Espanhol já que poucos irão ficar com muito e muitos com pouco. Temos ainda outro problema no Brasil onde a visibilidade de um clube é imposta pela mídia, quantas vezes assistimos jogos na TV aberta ou fechada que não valia nada, enquanto acontecia um jogo decisivo sem transmissão. Alguns grandes só o são por pura imposição da mídia. O seu São Paulo mesmo é uma demonstração disto, não enche estádio quando o elenco não é bom, como agora, porém, continua sendo transmitido na TV.
Ats,
Guto
At 7:31 PM, Emerson said…
Guto, já deu pra perceber o tamanho do imbróglio, né?
As emissoras guiam-se por motivos comerciais, sem maiores paixões que não a dos números no faturamento.
Não concordo com tua visão sobre o crescimento de torcidas, a do SP em especial, dar-se por conta da TV.
Uma torcida cresce porque um clube tem um time vencedor, o que o SP vem tendo de forma consistente desde os anos 70, primeiro em âmbito estadual, depois nacional.
Quanto à distribuição das verbas, os argumentos da oposição no C13 não são desprezíveis.
Por isso, essa história vai longe, vai dar muito pano pra manga.
Abraços
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