Pobre campeonato... Pobre?
Diego Cavalieri, Marcelo (Corinthians), Renan, Andrey, Felipe, Bruno, Cleber (CAP);
Ilsinho, Ângelo, Vitor, Denis, Marcelo, Eltinho
William, Evaldo, Alex Silva
Lucas, Cícero, Leandro Lima, Renato Augusto,
Soares, Marcos Aurélio, Welliton (Goiás), Wagner.
Numa rápida pinçada, puxando pela memória, dá para mostrar 24 novos jogadores de qualidade boa para excelente. Alguns, inclusive, com toda a pinta de futuros titulares da seleção principal, como Ilisinho e Lucas. Outro, Marcelo, já negociado por valor alto com um dos principais times do mundo.
Que outro campeonato no mundo todo pode mostrar metade ou até mesmo um terço desse resultado?
Nenhum.
Além desses jogadores novos, podemos listar mais um bom número de jogadores de excelente nível disputando o BR. Alguns, sem dúvida, já na reta final de suas carreiras, mas uma grande quantidade na faixa de 25 a 30 anos.
Olho para tudo isso e depois leio e ouço críticas fortes à qualidade técnica do campeonato. O próprio técnico campeão aponta a mesma coisa. Portanto, quem sou eu para discordar?
Bom, sou apenas um chato teimoso. E reluto muito em acompanhar tão doutas considerações, mormente depois de assistir – ou tentar assistir – a jogos de campeonatos europeus, extremamente chatos e pobres tecnicamente, embora ricos em dinheiro, recursos, organização e etc e tal. Nos clássicos nacionais quase sempre temos bons jogos, mas fora deles é meio triste, o que explica a abundância de jogadores tupiniquins por tudo quanto é lugar.
O Campeonato Italiano, por exemplo. Basta ver um jogo do Milan e, mesmo com Kaká em campo, perde-se toda a vontade de ver um outro. É horrível.
O Campeonato Francês é o que tem a maior verba de televisão entre todos, mas o futebol apresentado é indigente, apesar do grande número de africanos e sul-americanos. Um time, bem montado e bem treinadinho, vence tudo e dispara. Mas não passa disso, pois na Champions League, invariavelmente, é eliminado antes da final. O Espanhol é, de todos, o melhorzinho, com dois grandes times e dois ou três coadjuvantes de peso. O Campeonato Inglês pode ser interessante, em especial para quem gosta de atletismo. Não cativa.
No BR, todavia, com todos seus problemas & mazelas, frequentemente assiste-se a bons jogos, que nos mantêm presos à poltrona. Claro, há muito jogo vagabundo, mas em quantidade que, sinceramente, me parece menor que a observada na Liga Espanhola.
Poderia ser melhor, poderíamos ter mais e melhores jogadores atuando por aqui, mas é difícil competir com a força do euro. A mesma força que traz diretores e olheiros dos times europeus ao Brasil e Argentina, onde vêm observar a carne exposta, como num açougue ou numa carniceria, em busca de boas peças para compor seus elencos por um custo financeiro baixo, gerando, quase sempre, excelentes custos-benefícios.
Perdemos jogadores até mesmo para campeonatos europeus de menor expressão, para onde vão em busca do efeito-vitrine, sonhando com algum destaque e a transferência para uma das grandes equipes. Em condições normais e se não existisse a mentalidade colonizada que impera também nessa Comissão Técnica atual da Seleção Brasileira (até prova em contrário), boa parte desses jogadores permaneceriam em seus clubes brasileiros por mais alguns anos.
Por “condições normais” citadas no parágrafo anterior, entenda-se pagamentos em dia e boas condições de trabalho, além de segurança.
Então, sim, o BR poderia ser melhor, tecnicamente, donde se infere que o atual campeonato não foi muito bom nesse quesito. Mas...
Não exageremos, senhoras e senhores, não exageremos.
Se não foi tão bom, longe esteve de ter sido tão ruim.
.Marcadores: BR e Futebol Tupiniquim
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