Em Madrid, Ramón Calderón, presidente do Real, comunicou que o clube fechou novo contrato para a venda de seus direitos de transmissão por televisão.
Calderón não revelou o grupo com o qual foi fechado o acordo, mas divulgou o valor: 800 milhões de euros por sete anos, de 2008 a 2014. Disse, também, exagerando um bocado, que é o “contrato mais importante na história do esporte mundial”. Nos próximos dias será divulgado o nome do santo milagreiro que vai desembolsar tanto dinheiro.
Em São Paulo, ficou para amanhã a resposta da Globo à proposta apresentada pela Record para a compra dos direitos de transmissão do Campeonato Paulista a partir de 2008 (algumas vozes dizem que a proposta valeria já para 2007). Essa história veio à tona de forma estranha. Os clubes, à exceção do São Paulo, e a Federação, já tinham fechado verbalmente com a proposta da Globo, ignorando a proposta da Record. Para justificar tal decisão, disseram já haver um contrato assinado a respeito. Mentira. Ou engano. Uma coisa ou outra, não deixa de ser grave e estranho, principalmente se pensarmos que as pessoas que decidem sobre isso são adultos já entrados em anos, conhecimento e sabedoria, supostamente. E que, também supostamente, deveriam defender com unhas, dentes, pontapés, tapas e até palavras o direitos de seus clubes ganharem alguns caraminguás a mais, principalmente nesses tempos bicudos de parcas receitas e altas receitas. A resistência à assinatura com a Globo e a insistência em ouvir a proposta da Record partiram do São Paulo e de seu presidente, Juvenal Juvêncio, em mais um choque contra a Federação e, agora, também contra a Globo. É bom lembrar que o clube foi o único a não apoiar a reeleição de Ricardo Teixeira, na CBF, de quem cobra, sistematicamente, dívida já superior a 4 milhões de reais por conta de salários de jogadores convocados para defender seleções brasileiras. Para completar o quadro de enfrentamento, J Juvêncio pediu ao presidente da república que aproveite estádios já existentes, depois de reformas, para a Copa 2014, ao invés de simplesmente construir 12 novas praças esportivas por valores muitas vezes maiores que a simples reforma.
Para quem não acompanhou o caso: os clubes e a Federação já tinham concordado, por maioria, com a proposta de 40 milhões de reais feita pela Globo. A proposta da Record é de 70 milhões, por ano, para o período 2008 a 2010.
A apresentação dessa proposta pela Record indica, claramente, que o mercado está receptivo ao futebol e disposto a pagar por ele. O canal Sportv, de sinal fechado, fechou a venda de seu “pacotão” Futebol 2007: nada menos que seis cotas, no valor de 19 milhões cada uma, totalizando 114 milhões de reais.
Hummmmmmmmmmmmmmmm...
Tudo isso acontece com o que deveria ser o mais profissional dos esportes praticados no Brasil.
. Marcadores: Marketing e Dinheiro
2 Comments:
At 5:30 PM, Anônimo said…
Os clubes vão sair ganhando com essa disputa. Ainda bem, mas espero que saibam aproveitar o dinheiro arrecadado. Abs e apreça no Blogoleada.
At 11:36 PM, Anônimo said…
Fala, Emerson. Olha eu aqui, finalmente. Só para te ajudar, a decisão final será na ouuuuuutra quinta-feira. Parabéns pelo blog e pelo haras!!!
Postar um comentário
<< Home