Acordo isolado
Na Espanha, o Sevilla deixa o acordo com a empresa Audiovisual Sports e fecha um contrato com a Santa Mónica Sport para negociar seus direitos televisivos pelas próximas 3 temporadas, a atual inclusive. A Audiovisual representa os demais 19 clubes da Liga. O Sevilla acredita que conseguirá melhores resultados com essa negociação em separado.
Bom, para mim é difícil comentar sobre a medida, se o Sevillla acertou ou não. Mas foi uma medida interessante e que pode ser didática, tanto para os demais clubes espanhóis como para de toda a Europa. E para nós também. Valerá a pena acompanhar os desdobramentos desse caso, principalmente por ser o Sevilla um time que disputa a condição de terceira força numa Espanha em que Barça e Madrid são incontestáveis. Essa medida é válida pelos jogos da Liga Espanhola, não incluindo, portanto, os jogos da UEFA (Champions e Copa da UEFA).
Nosso futebol profissional engatinha no novo mundo globalizado.
O calendário brasileiro, em dissonância com o resto do mundo, elimina as equipes das excursões e torneios de verão na Europa e Ásia. Deixa-se de lado um bom faturamento e, ainda melhor, a chance de expor as marcas brasileiras ao mundo, sem falar no intercâmbio em campo com os times considerados como as grandes forças do futebol mundial.
A tentativa de criar uma liga para gerir os destinos de nosso futebol gorou. O que é natural, dada a indigência administrativa de que são vítimas a maioria dos clubes. sem contar que muitos deles são dependentes de empréstimos feitos pelas federações e pela confederação, perdendo sua independência, submetendo-se aos desejos de dirigentes que não têm, os principais, pelo menos, nenhuma ligação real com o futebol. Ou melhor, ligação real eles até têm... E não só real...
A negociação com a tv, no caso brasileiro o sistema Globo, não tem sido das piores. O profissionalismo reinante no lado da tv é uma bênção para esse bando de dirigentes amadores e despreparados, pois graças a ele os valores pagos são condizentes com nossa realidade, nosso mercado, nossa possibilidade. A união dos clubes dá-lhes força, sem dúvida, nos embates em que o dinheiro entra em cena. Não só o dinheiro. Comenta-se, e eu não duvido, que a Globo não gosta do formato de pontos corridos para o campeonato e faz gestões para muda-lo, o que só interessaria a clubes despreparados, amantes das gangorras dos “mata-mata”. Mas essa força não chega a ser das maiores. Os interesses reunidos sob uma mesma bandeira são muito diferentes.
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Marcadores: Marketing e Dinheiro
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