Um Olhar Crônico Esportivo

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terça-feira, setembro 05, 2006

O melhor da TimeMania


Tão bom ou melhor, muito melhor que a receita financeira, é a possibilidade aberta para a transformação em empresas dos departamentos de futebol dos clubes com isonomia fiscal e tributária. Ou seja, o futebol do clube vira empresa e paga os mesmos impostos e taxas que são pagos atualmente, com alíquotas muito menores que as praticadas para as empresas em geral.

Esse ponto é visto com simpatia pela própria diretoria do São Paulo.

Entre os muitos obstáculos para a implantação do “clube-empresa” no Brasil, os custos fiscais estavam entre os mais sérios e desestimulantes.

O caminho do futuro passa pela profissionalização e pela implantação da estrutura, prática e gestão empresarial nos times de futebol.



Obrigações


Considero a TimeMania um projeto inteligente, do tipo ganha-ganha.

Será financiado pelo povo, mas não por obrigação. Aposta quem quer e como quer. Essa será mais uma loteria em meio às demais. Quem apostar, provavelmente, em boa parte será amante do futebol e, portanto, com sua aposta estará prestando uma ajuda para seu time e seu esporte.

O pulo-do-gato da TimeMania é a manipulação dos recursos. Ou melhor, a não-manipulação, pois eles irão dos bolsos dos apostadores para os cofres da CEF e destes para os cofres do Tesouro. Dirigentes corruptos e/ou incompetentes não terão como pôr suas mãos sobre os valores que seus times “receberão”.

E as contrapartidas? Não existem?

Sim, existem, menos talvez do que seria o ideal, mas ainda assim um passo adiante.

A principal delas: a obrigatoriedade de pagar os impostos novos em dia: impostos, contribuições para o INSS e FGTS. Um atraso de sessenta dias e adeus TimeMania. Portanto, o dinheiro dos torcedores ajudará diretamente as contas públicas e o INSS, além de forçar a continuidade dos pagamentos pelos participantes, evitando, dentro do possível, novos calotes.

O prazo máximo para quitação das dívidas foi reduzido para 180 meses, um avanço, sem dúvida.

Se nada fosse feito, os clubes continuariam não pagando, aumentando suas dívidas. E, conhecendo o Brasil, dificilmente medidas drásticas seriam tomadas, ainda mais com os políticos que por aqui pululam.

Enfim, não foi ótimo, mas foi bom, muito bom. E isso já é, sim, alguma coisa. Aliás, muita coisa.

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