Sobre nada e sobretudo sobre tudo
Drácula, Abramovich & Cia.
Roman Abramovich desembolsou 50 milhões de euros (quase 140 milhões de reais) e comprou o castelo que foi o lar do Príncipe Vlad, imortalizado por Bram Stocker como Conde Drácula.
O castelo fica na Romênia e foi construído em 1377, sendo habitado por Vlad – O Empalador – no século XV. Chupar ou não o sangue de suas vítimas, bem como transformar-se em morcego e correlatos, estão no terreno das lendas. Já o fato de empalar os inimigos, muitas vezes vivos, é fato e não lenda. Vlad foi produto de uma época terrível, quando aquela região da Europa era disputada por otomanos, cristãos e eslavos. Mesmo então, sua crueldade era famosa.
Abramovich, como dizia vovó, não dá ponto sem nó. Suspeita-se que sua intenção seja fazer no local um parque temático sobre o conde vampiresco.
E, para promover o novo investimento, nada melhor que apresentar o Chelsea da próxima temporada no castelo. Melhor ainda: fazer ali a pré-temporada do time. Dá para imaginar?
A mim, parece algo bem ao gosto e estilo de Mourinho.
Em tempo: considerando que sua fortuna é estimada em doze bilhões de dólares, gastar 50 milhões de euros foi uma ninharia para Abramovich.
Vale a pena?
Escrever outro post sobre Nilmar – o 16º pela conta da Iara Nunes – antes da decisão da FIFA, que pode sair já, ou já ter saído enquanto escrevo, ou daqui a pouco ou nunca?
Deixa quieto... Depois eu escrevo.
Prognósticos...
Os blogs, as páginas de jornais, os programas de rádio e tevê abundam em previsões e prognósticos sobre campeões de tudo e de todos.
Estou fora.
Não há, a rigor, nenhum time pronto (tem time que nem existe ainda!).
Não há, tampouco, nenhum que já tenha jogado, de fato, nesse ano.
Não há, portanto, base sólida, minimamente confiável, para previsões.
Agora, chutar pode, é claro, e a rapaziada tem chutado legal.
Chutes fortes, potentes... Alguns nem tanto, fraquinhos, ou pegos de canela, de esguelha, ou esgueia, como se diz mundo afora.
As bolas chutadas estão
Cuidado! Pode ser gol contra!
Pois é...
Alguns chutes resultarão em gols, é inevitável, mas isso ocorrerá mais por acaso que por fruto de trabalho, mesmo.
Eu, como grande trabalhador, proletário emérito, abster-me-ei de chutar e aguardarei pelos trabalhos. A partir deles poderei ter alguma idéia mais nítida e, então, arriscar uns prognósticos.
Ronaldo, vá para Neverland
Fosse eu Ronaldo e já estaria longe de tudo e de todos.
Talvez até longe do futebol.
Todavia, pensando em mais coisas que o simples volume do saco, prestes a estourar, com certeza, eu talvez optasse por dar uma banana à Europa, aos críticos, aos jornalistas, aos torcedores exacerbados. Nesse caso, mudar-me-ia para Neverland, fazendo companhia a David e Victoria, que receberam a graciosa oferta de Michael para estacionar por ali algum tempo. A nota não diz se o convite inclui as crianças Beckham ou não. Ronaldo, com certeza, poderia levar Ronald, seria ainda melhor recebido do que já será.
A doença infantil do anti-americanismo...
... volta a dar o ar de sua desgraça entre nós. Dessa feita por conta da nova investida ianque sobre o mundo do futebol.
Não ficarei espantado se, em dois anos ou menos, muros de clubes brasileiros amanheçam pixados o velho “ianques go home” dos anos sessenta, agora referindo-se a empresários e agentes de clubes americanos em busca de jogadores de futebol aqui para serem jogadores de soccer lá.
E por falar em soccer, numa das séries americanas que assisto, creio que em CSI, nova menção ao soccer. O curioso, e positivo, é que essas menções atuais dão-se num universo “macho”, saindo do velho estereotipo do soccer como jogo das meninas ou de “ladies”.
A maioria dos analistas tupiniquins segue desconhecendo essa sintomatologia e continuam achando, os analistas, que o futebol uma vez mais não vingará nos States.
Acordem! Vocês estão perdendo a hora e o trem da história.
Mas não fico surpreso.
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