Um Olhar Crônico Esportivo

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quarta-feira, março 28, 2007

"Cada um pensa de um jeito"


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Segue a transcrição parcial da coluna do Tostão, publicada hoje, 28 de março, na Folha de S.Paulo.




Cada um pensa de um jeito

Discordo com freqüência do que comentam na TV sobre marcação de faltas e pênaltis e falhas de goleiro e zagueiro


S EM QUERER ser melhor nem ensinar nada a ninguém -quero apenas opinar-, discordo com freqüência dos comentaristas de partidas ao vivo da TV sobre a marcação de faltas, pênaltis e sobre falhas de goleiros e zagueiros.
O defensor não pode encostar e o atacante cair para dizerem que foi falta. Apesar de não existir na regra nenhuma diferença entre falta dentro e fora da área, pênalti só deveria ser marcado quando fosse evidente. Lance que precisa da televisão para dizer que foi pênalti, não é pênalti, nem falha do árbitro. É pênalti virtual, da TV. Para contrariar quase todos, Leonardo Moura, no jogo contra o Vasco, mesmo por trás, tentou tocar na bola e cometeu falta. Carrinho é bem diferente. Deveria ter recebido cartão amarelo, e não vermelho. Nenhum árbitro europeu o expulsaria. Não é questão de estilo. É marcar o que é certo.
Nos gols de bolas cruzadas, de bolas paradas ou não, falam muito que foi falha dos defensores e/ou dos goleiros. Se a bola cruzada forte, de curva, cai entre dois zagueiros e na entrada da pequena área para o companheiro que chega de frente para cabecear, não dá tempo para os defensores e para o goleiro evitarem o gol.
Todo goleiro precisa jogar um pouco fora do gol para chegar antes do atacante quando a bola é lançada nas costas dos zagueiros. O goleiro é o líbero. Mas, de vez em quando, um atacante, por sorte ou por criatividade, surpreende e faz o gol jogando a bola por cima do goleiro. Aí, dizem que foi falha do goleiro por estar adiantado.
Na Copa do Mundo de 2006, se Dida estivesse um pouco mais à frente contra a França, ele poderia ter saído do gol e chegado antes de Henry, após o cruzamento de Zidane. Por outro lado, na Copa de 2002, se o goleiro da Inglaterra não estivesse fora do gol no momento em que Ronaldinho bateu a falta, não teria tomado o gol por cobertura. Porém as chances de sair um gol por cobertura são muito menores do que as que ocorrem quando o goleiro fica na linha do gol. Parece até que fui goleiro para falar sobre o assunto. Sou apenas um observador de detalhes técnicos, metido a entender de futebol.

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3 Comments:

  • At 5:04 PM, Blogger Iara Alencar said…

    Ola Emerson!!
    consegui ser a primeira aqui hoje, eu nao consigo entender estas marcações de faltas, penalidades, escanteios que so a tv mostra.

    Pior!! depois eles falam com tanta veemencia, que para os simples mortais como eu, acabamos entendo que o arbitro errou.

     
  • At 8:30 PM, Anonymous Anônimo said…

    Eu não consigo entender como a Globo, versão TV aberta, consegue ter tantos narradores e comentaristas que nada acrescentam de útil à transmissão. É estarrecedor constatar que alguns deles acompanham menos futebol e sabem menos sobre as equipes em campo do que nós, que o fazemos por hobby, e não profissionalmente. Sergio Noronha, por exemplo, chega a ser constrangedor.
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    Bom, não foi pra fazer este comentário bobo que vim aqui. Na verdade queria mesmo era perguntar se você sabe de quanto é o patrocínio do São Paulo e qual seria e de quanto seria o segundo maior patrocínio do país.
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    Agradeço desde já pela informação que certamente virá. :o)

    Abraço,
    Victor

     
  • At 8:18 AM, Blogger Emerson said…

    Victor, no momento os patrocínios do São Paulo e do Corinthians são os maiores do Brasil, com pequena vantagem para o da LG.
    Pelo que sei, em 2007 o valor estará por volta de 18 milhões de reais.

    O do Flamengo é grande, também, ou seria, mas o clube não recebe devido às dívidas com o Fisco.

     

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